na correria
passo
meu dia
paro
sento
corro o mouse
na tela do
computador
leio seu nome
nos lábios
um sorriso
me denuncia
quarta-feira, 28 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
Disfarce
quando você passa
finjo cara de mau
disfarçando
a doçura que
transborda
do olhar
que ao te ver
vira mel
finjo cara de mau
disfarçando
a doçura que
transborda
do olhar
que ao te ver
vira mel
sábado, 24 de março de 2012
Equilíbrio
sentada na varanda
admirava o além
os olhos mostravam
imagens sonhadas
em outras datas
a brisa lentamente
trazia o prazer
de sua corrente
onde os pés
firmes no chão
flutuavam
em sua frente
não havia problemas
não havia não
na conexão do
coração e a mente
as boas escolhas
vertiam tranquilamente
na altitude da razão
admirava o além
os olhos mostravam
imagens sonhadas
em outras datas
a brisa lentamente
trazia o prazer
de sua corrente
onde os pés
firmes no chão
flutuavam
em sua frente
não havia problemas
não havia não
na conexão do
coração e a mente
as boas escolhas
vertiam tranquilamente
na altitude da razão
Degustação Humana
queria te provar
lamber suas maçãs
vermelhinhas
minha língua
muito tímida
te degusta
em poesia
lamber suas maçãs
vermelhinhas
minha língua
muito tímida
te degusta
em poesia
Embriaguez Poética
embriagada solto as armas
adquiridas no decorrer
dos conflitos vividos
a face alivia as linhas
das multi expressões
refletidas e cometidas
as mãos sem propósito
desenham no vento
forma nenhuma
torneiam com os dedos
o que manda o pensamento
embriagada de poesia
não existem tormentos
tudo é alento
carinho, fantasia
o corpo sem movimento
dança mil melodias
as letras que brilham
são almas coloridas
adquiridas no decorrer
dos conflitos vividos
a face alivia as linhas
das multi expressões
refletidas e cometidas
as mãos sem propósito
desenham no vento
forma nenhuma
torneiam com os dedos
o que manda o pensamento
embriagada de poesia
não existem tormentos
tudo é alento
carinho, fantasia
o corpo sem movimento
dança mil melodias
as letras que brilham
são almas coloridas
quarta-feira, 21 de março de 2012
Amostragem
pego uma amostragem
faço o teste
da probabilidade
preciso ter certeza
comprovação
de verdade
as exatas confortam
com a precisão
o que o ser não
comporta
é a surpresa
da revelação
nas entrelinhas
o resultado da
pesquisa avisa:
neste frasco frágil
vive um delicado
coração
seu alimento é fácil,
- mas atenção!
precisa de constantes
pesquisas
e doses diárias
de dedicação
faço o teste
da probabilidade
preciso ter certeza
comprovação
de verdade
as exatas confortam
com a precisão
o que o ser não
comporta
é a surpresa
da revelação
nas entrelinhas
o resultado da
pesquisa avisa:
neste frasco frágil
vive um delicado
coração
seu alimento é fácil,
- mas atenção!
precisa de constantes
pesquisas
e doses diárias
de dedicação
Fada Noturna
encantada
viro fada
com varinha
e purpurina
atravesso a rodovia
faço turismo
lirismo
acrobacia
atendo pedidos
faço jus ao oficio
encantada e mágica
revelo os brilhos
de ser fada
desastrada
erro as travessuras
corto o amor
em fatias brutas
distribuo gula e fome
agrado ao homem
e ao lobisomem
na mesma dose
os enfeitiço
confusa surto
tiro a roupa
lavo o gliter
esfrego-me
com dedicação
alienada
escondo a varinha
no escuro, embaixo
do móvel pesado
e sujo
sem chance de tirá-la
para algum agrado
esqueço ela
e que sou fada
cubro-me de pudor
pulo dentro da utopia
ser humana
é minha melhor
fantasia.
viro fada
com varinha
e purpurina
atravesso a rodovia
faço turismo
lirismo
acrobacia
atendo pedidos
faço jus ao oficio
encantada e mágica
revelo os brilhos
de ser fada
desastrada
erro as travessuras
corto o amor
em fatias brutas
distribuo gula e fome
agrado ao homem
e ao lobisomem
na mesma dose
os enfeitiço
confusa surto
tiro a roupa
lavo o gliter
esfrego-me
com dedicação
alienada
escondo a varinha
no escuro, embaixo
do móvel pesado
e sujo
sem chance de tirá-la
para algum agrado
esqueço ela
e que sou fada
cubro-me de pudor
pulo dentro da utopia
ser humana
é minha melhor
fantasia.
Não quero nada
vem com ar de superioridade
contar vantagens
relatar as conquistas
que recentemente
concebeu
invande sem piedade
meu silêncio
minha tranquilidade
sem credibilidade
indefeso
apela pro contexto amizade
quer recuperar
de alguma forma
o que foi seu
olho-te com serenidade
repenso para não falar bobagem
lembro as sacanagens
e desvantagens
que comigo cometeu
viro-me em retirada
sem sentir-me enojada
constato agraciada
de ti não quero nada
essa porta está trancada
contar vantagens
relatar as conquistas
que recentemente
concebeu
invande sem piedade
meu silêncio
minha tranquilidade
sem credibilidade
indefeso
apela pro contexto amizade
quer recuperar
de alguma forma
o que foi seu
olho-te com serenidade
repenso para não falar bobagem
lembro as sacanagens
e desvantagens
que comigo cometeu
viro-me em retirada
sem sentir-me enojada
constato agraciada
de ti não quero nada
essa porta está trancada
domingo, 18 de março de 2012
Sangria
ao longe carregas contigo
um segredo meu
com o tempo flutua perverso
entre os versos maléficos
do avesso que sou eu
nas mãos a sangria cura
a alma remendada
de retalhos mal costurados
receita da teimosia
que a medicina impura
prescreveu como magia
ao longe contempla
o que não é teu
desconhece a nascente vertente
do amor que não recebeu
por ter escolhido
ser de mim
ateu
um segredo meu
com o tempo flutua perverso
entre os versos maléficos
do avesso que sou eu
nas mãos a sangria cura
a alma remendada
de retalhos mal costurados
receita da teimosia
que a medicina impura
prescreveu como magia
ao longe contempla
o que não é teu
desconhece a nascente vertente
do amor que não recebeu
por ter escolhido
ser de mim
ateu
sexta-feira, 16 de março de 2012
Enlace
enlaça com teus traços
os fios de aço
que torneiam o laço
do ato de ter no abraço
o prazer de reter
você
os fios de aço
que torneiam o laço
do ato de ter no abraço
o prazer de reter
você
segunda-feira, 12 de março de 2012
Disfarce Infantil
não sei falar desse amar
é silêncio solene
disfarce infantil
dois adolescentes
não sei falar sobre amar
perdi as palavras
quando o tempo flutuou
e te levou
seu amor calou
não me esperou
você se apressou
não sei falar do meu amor
não sei, tentei
o que é amor?
é silêncio solene
disfarce infantil
dois adolescentes
não sei falar sobre amar
perdi as palavras
quando o tempo flutuou
e te levou
seu amor calou
não me esperou
você se apressou
não sei falar do meu amor
não sei, tentei
o que é amor?
Quero
quero suas mãos em mim
quero sua boca na minha
quero seu olhar em desafio
quero o arrepio do frio
quero o teu calar no meu falar
quero o suspirar sem explicar
quero
e não
basta
domingo, 11 de março de 2012
Amor a Distância
na cintura envolve-me
com tuas suaves mãos virtuais
dilacerando meu vestido comprido
trazendo ao encontro
o prestígio de estar contigo
a distância é ocasião ignorada
sentir o toque transcende
a presença não velada
estás aqui tão ausente
quanto a foto enviada
querer-te ao meu tato
traz valor aos sonhos
tecidos no imaginário
somos um do outro
o amor idealizado
mesmo estando hoje
cada um
de um lado
com tuas suaves mãos virtuais
dilacerando meu vestido comprido
trazendo ao encontro
o prestígio de estar contigo
a distância é ocasião ignorada
sentir o toque transcende
a presença não velada
estás aqui tão ausente
quanto a foto enviada
querer-te ao meu tato
traz valor aos sonhos
tecidos no imaginário
somos um do outro
o amor idealizado
mesmo estando hoje
cada um
de um lado
quarta-feira, 7 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Delírios dos Contentes
diante
a alegria
de estar
contente
cerra os lábios
esconde os dentes
a inveja
passa longe
de sorriso inexistente
dentro da boca
estala um brinde
é a língua comemorando
o escuro do ambiente
a alegria
de estar
contente
cerra os lábios
esconde os dentes
a inveja
passa longe
de sorriso inexistente
dentro da boca
estala um brinde
é a língua comemorando
o escuro do ambiente
De Quinta Categoria
finges tanto
que confunde
realidade com
encenação
tolice machista
dramaturgia não
é brinquedo de
orgulho ferido
baboseiras de dramalhão
teus impulsos ciganos
fazem acampamentos
dentro de ti e nem sentes
mexem com o que
planejou executar
com perfeição
nessa sua peça de teatro
com platéia desacordada
cego nem percebes
que faz gestos amáveis
lança flores vermelhas
nas horas mais prováveis
escorrendo fluídos
frutos da paixão que te arde
mesmo sem ter vencido
o desastre da tua falta
de percepção
em pleno ofício
no papel de impenetrável
te entregas
com desastrados deslizes afáveis
sem palmas e sem bis
interpreta o pior dos papéis
- ator de quinta categoria
Máscara
sua tristeza é tão mediocre
infundada de competências
ausente de compaixão
lamentas tua vida
como se fosse exclusiva
sentir solidão
culpa as más decisões
avalia os outros com
exatidão e certezas de
suas contribuições derrotistas
culpados pela incompetência
que se tornou tua vida
meros seres podres
incapazes de produzir
felicidade
destruidores de lares
e felicidades perpétuas
no cair da noite
a sombra faz contraste
tua máscara revela
o espelho do teu coração
mentiroso e sem perdão
vês com olhos incrédulos
quem és sem justificativas
sem desculpas covardes
nega ao encarar sua imagem
a ilusão da máscara que invade
devido o absurdo de sua enganação
não existe
roupagem
máscara
maquiagem
desfarce
trairagem
sabotagem
macumba
és aquilo que reflete
na insignificância
do reflexo que devolve
à carne sua existência
quando toca em seu
rosto com as duas mãos
a realidade assusta
devasta com dentes e unhas compridas
sua proteção de alienação
não és ignorante de ti
pois se quer se ver em um espelho
é porquê te dás valor
na cegueira do ser
diante da face escondida
na luz que penetra e revela as
feridas provocadas por ti mesmo
lava em ti tuas próprias mãos
infundada de competências
ausente de compaixão
lamentas tua vida
como se fosse exclusiva
sentir solidão
culpa as más decisões
avalia os outros com
exatidão e certezas de
suas contribuições derrotistas
culpados pela incompetência
que se tornou tua vida
meros seres podres
incapazes de produzir
felicidade
destruidores de lares
e felicidades perpétuas
no cair da noite
a sombra faz contraste
tua máscara revela
o espelho do teu coração
mentiroso e sem perdão
vês com olhos incrédulos
quem és sem justificativas
sem desculpas covardes
nega ao encarar sua imagem
a ilusão da máscara que invade
devido o absurdo de sua enganação
não existe
roupagem
máscara
maquiagem
desfarce
trairagem
sabotagem
macumba
és aquilo que reflete
na insignificância
do reflexo que devolve
à carne sua existência
quando toca em seu
rosto com as duas mãos
a realidade assusta
devasta com dentes e unhas compridas
sua proteção de alienação
não és ignorante de ti
pois se quer se ver em um espelho
é porquê te dás valor
na cegueira do ser
diante da face escondida
na luz que penetra e revela as
feridas provocadas por ti mesmo
lava em ti tuas próprias mãos
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