A arte da introspecção de voltar-se para si é o maior ato de exposição para alguns.
Nem todos os olhos suportam serem usados ao avesso.
Nem todo eu se vê.
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
domingo, 21 de dezembro de 2014
domingo, 14 de dezembro de 2014
Uma opinião:
Se terminar um relacionamento em rede social, não:
- troque de status no mesmo minuto
- poste fotos em todas as festas possíveis
- apareça com diversos amigos e amigas super descolados e felizes
- compre roupas e acessórios e se exiba tipo "estou lindo (a) agora"
- publique frases menosprezando tudo que a um dia atrás era "perfeito"
- entre na academia
- se matricule num curso e diga que agora vai ser alguém
- super valorize a família
Se começar um relacionamento em rede social, não:
- troque de status no mesmo minuto
- poste mil declarações de amor marcando a pessoa
- anule toda a sua rotina e prazeres
- perca sua vaidade e só fique em casa
- desista da faculdade, do cursinho, da academia, da viagem
- deixe a família pra ver quando der e o outro (a) puder acompanhar
- ignore seus amigos (as)
Só quero dizer que vendo o facebook vejo o quanto pessoas se anulam ou se iludem super valorizando a si mesmas instantaneamente após a decisão de outra pessoa de estar ou não em suas vidas.
Independa-se! Faça tudo que sonha, deseja e planeja por você!
Não credite ao próximo seu sucesso e fracasso.
domingo, 7 de dezembro de 2014
domingo, 30 de novembro de 2014
Os meus ídolos, os meus heróis estão morrendo de velhice, cansaço, de
muitas experiências, de intermináveis pensamentos de sabedoria, de
excesso de maturidade, de excesso de pureza, de transbordarem de amor e
de viverem para educar os admiradores e alunos como eu.
Perdi o Mestre Rubem Alves em julho, hoje vejo partir o Mestre Roberto, criador dos melhores personagens que me fazem rir e chorar até hoje.
Os meus heróis não estão morrendo de overdose.
Os meus heróis partem porque o amor e sabedoria transcendeu essa dimensão.
Vai em paz Chapolin & Chaves , aqui teu lugar é eterno e terno
Perdi o Mestre Rubem Alves em julho, hoje vejo partir o Mestre Roberto, criador dos melhores personagens que me fazem rir e chorar até hoje.
Os meus heróis não estão morrendo de overdose.
Os meus heróis partem porque o amor e sabedoria transcendeu essa dimensão.
Vai em paz Chapolin & Chaves , aqui teu lugar é eterno e terno
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
sábado, 1 de novembro de 2014
EMPASSE
guardei nos teus olhos
uma porção de sonhos
teorias sobre o amor
riquezas sem fim
só que agora quando te olho
não sei mais se o que guardei
pertence a ti ou a mim
uma porção de sonhos
teorias sobre o amor
riquezas sem fim
só que agora quando te olho
não sei mais se o que guardei
pertence a ti ou a mim
Cada
dia que passa vejo que sou raridade entre as maiorias... não sou a
pessoa mais gentil, educada, simpática e esse monte de coisas que os
protocolos e as etiquetas fazem propaganda. Não sou de mais, nem de
menos.
Mas olhar no espelho e ter orgulho de atitudes, decisões, exigências pessoais, integridade e ainda ter um amor próprio gigantesco faz eu sentir a vitoriosa que sou!
A cada dia acerto mais um passo... a cada passa acerto o caminho, e cada caminho que escolho torna esse caminho cada dia mais meu.
Quem me acompanha sabe que sempre o lugar será ao lado.
Quem convive comigo sabe que pra mim não existe andar na frente e nem correr atrás ou depender de mãos estendidas pra chegar a algum lugar...
O que existe é saber andar primeiro comigo, conhecer minha forma de pisar, para depois estender a mão e caminhar em parceria com quantas parcerias aparecerem! E pode ser uma em um milhão ou uma multidão em uma...
Mas olhar no espelho e ter orgulho de atitudes, decisões, exigências pessoais, integridade e ainda ter um amor próprio gigantesco faz eu sentir a vitoriosa que sou!
A cada dia acerto mais um passo... a cada passa acerto o caminho, e cada caminho que escolho torna esse caminho cada dia mais meu.
Quem me acompanha sabe que sempre o lugar será ao lado.
Quem convive comigo sabe que pra mim não existe andar na frente e nem correr atrás ou depender de mãos estendidas pra chegar a algum lugar...
O que existe é saber andar primeiro comigo, conhecer minha forma de pisar, para depois estender a mão e caminhar em parceria com quantas parcerias aparecerem! E pode ser uma em um milhão ou uma multidão em uma...
Eu
gosto de quem facilita as coisas. De quem aponta caminhos ao invés de
propor emboscadas. Eu sou feliz ao lado de pessoas que vivem sem
códigos, que estão disponíveis sem exigir que você decifre nada. O que
me faz feliz é leve e, mesmo que o tempo leve, continua dentro de mim.
Eu quero andar de mãos dadas com quem sabe que entrelaçar os dedos é
mais do que um simples ato que mantém mãos unidas. É uma forma de trocar
energia, de dizer: você não se enganou, eu estou aqui. Porque por mais
que os obstáculos nos desafiem o que realmente permanece, costuma vir de
quem não tem medo de ficar.
Do que serve o amor se ele não é demonstrado?
Eu diria que é como viver anos ao lado de alguém sem nunca lhe dizer
sobre seu amor ou lhe dar uma rosa como prova e no dia de sua morte
encher seu caixão de flores.
A vida sempre será simples para quem a vive com toda a verdade. O amor só é entendido por quem demonstra. Quem demonstra sente
A vida sempre será simples para quem a vive com toda a verdade. O amor só é entendido por quem demonstra. Quem demonstra sente
domingo, 19 de outubro de 2014
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
domingo, 12 de outubro de 2014
GOSTO DE GENTE
Gente que é franca
Gente que fala a verdade
Gente que escolhe
Gente que tem opinião
Gente que muda de opinião
Gente que fala com os olhos
Gente que é humana
Gente que se importa
Gente que se envolve
Gente que se entrega
Gente que se expõe
Gente que abre a frente
Gente que abre o peito
Gente que mostra a cara
Gente que lava a cara
Gente que faz a vida
Gente que torce pelo outro
Gente que erra, assume, cai
Gente que sangra, corta, grita
Gente que cala, guarda, cicatriza
- Gente
- Gente
- Gente
Gosto mesmo é de gente que sabe ser gente minha gente.
Gente que fala a verdade
Gente que escolhe
Gente que tem opinião
Gente que muda de opinião
Gente que fala com os olhos
Gente que é humana
Gente que se importa
Gente que se envolve
Gente que se entrega
Gente que se expõe
Gente que abre a frente
Gente que abre o peito
Gente que mostra a cara
Gente que lava a cara
Gente que faz a vida
Gente que torce pelo outro
Gente que erra, assume, cai
Gente que sangra, corta, grita
Gente que cala, guarda, cicatriza
- Gente
- Gente
- Gente
Gosto mesmo é de gente que sabe ser gente minha gente.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
terça-feira, 30 de setembro de 2014
sábado, 27 de setembro de 2014
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Do amor mesmo sei muito pouco.
- e desse pouco que sei -
Sei que sua sonoridade se faz no silêncio de ter companhia
Na ausência de palavras de qualquer tipo
Na profundidade de horas de contemplação e carinho mudo
Sei que a liberdade é seu mar
E cabe a nós sermos barcos, navegando juntos pela mesma rota
marítima
As vezes as ondas são grandes, outras quase imperceptíveis
Todas batem no casco
Todas causam dano
Nem toda onda afeta igual os barcos
Porém o mar a navegar segue mostrando a mesma rota
Sei que os olhos são precipícios do amor
E ao aceitar o amor estamos em queda livre no abismo que
é o olhar do ser amado a nos fitar
Há vezes que o olhar escurece e sentimos que o fim desse voo se aproxima
Outras vezes que abrimos os braços e apreciamos a queda em meio a escuridão
do labirinto que é o abismo alheio
Sei que tudo que causa vertigem a mim, causa vertigem ao ser amado
Sei que empatia é um dos calcanhares do amor
Mas que se colocar no lugar, não é estar no lugar
Portando as ações de um podem refletir no outro,
porém jamais serão as mesmas consequências
Sei que esperar que a primeira iniciativa venha do ser amado
é tomar a iniciativa de não fazer nada pelos dois
Sei que a espera é calo, a bolha, o desconforto da adaptação
A dor é inevitável, mas sempre temporária
É necessário ajustes de corpos, de humores, de almas, de ideologias
Após a frequência ajustada, finda a dor
O pé confortável calça o sapato alheio e caminha sem exaustão
Sei que o amor não é plenitude aos jovens
Sua elevação e ápice e mérito da maturidade
E raramente se calcará na tolice e precipitação do fulgor da juventude
Sei que o amor não é verbo,
nem substantivo
É uma classe existencial que não tem wikipedia
nem aurélio, nem gramática
Porque o pouco que sei do amor
se define em deliciosas contemplações de ausências linguísticas
- e desse pouco que sei -
Sei que sua sonoridade se faz no silêncio de ter companhia
Na ausência de palavras de qualquer tipo
Na profundidade de horas de contemplação e carinho mudo
Sei que a liberdade é seu mar
E cabe a nós sermos barcos, navegando juntos pela mesma rota
marítima
As vezes as ondas são grandes, outras quase imperceptíveis
Todas batem no casco
Todas causam dano
Nem toda onda afeta igual os barcos
Porém o mar a navegar segue mostrando a mesma rota
Sei que os olhos são precipícios do amor
E ao aceitar o amor estamos em queda livre no abismo que
é o olhar do ser amado a nos fitar
Há vezes que o olhar escurece e sentimos que o fim desse voo se aproxima
Outras vezes que abrimos os braços e apreciamos a queda em meio a escuridão
do labirinto que é o abismo alheio
Sei que tudo que causa vertigem a mim, causa vertigem ao ser amado
Sei que empatia é um dos calcanhares do amor
Mas que se colocar no lugar, não é estar no lugar
Portando as ações de um podem refletir no outro,
porém jamais serão as mesmas consequências
Sei que esperar que a primeira iniciativa venha do ser amado
é tomar a iniciativa de não fazer nada pelos dois
Sei que a espera é calo, a bolha, o desconforto da adaptação
A dor é inevitável, mas sempre temporária
É necessário ajustes de corpos, de humores, de almas, de ideologias
Após a frequência ajustada, finda a dor
O pé confortável calça o sapato alheio e caminha sem exaustão
Sei que o amor não é plenitude aos jovens
Sua elevação e ápice e mérito da maturidade
E raramente se calcará na tolice e precipitação do fulgor da juventude
Sei que o amor não é verbo,
nem substantivo
É uma classe existencial que não tem wikipedia
nem aurélio, nem gramática
Porque o pouco que sei do amor
se define em deliciosas contemplações de ausências linguísticas
sábado, 13 de setembro de 2014
terça-feira, 9 de setembro de 2014
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
A
verdade é que ninguém quer ter preconceito não, quase todo mundo quer
causar boa impressão social. Ser bonitinho, alto astral, liberal.
Mas a maioria quando está sozinho na frente da televisão, do exótico, do cidadão fora do padrão, do altar da religião ou com os mais "íntimos", balbucia seus instintos de escárnio. Derrama no canto da boca o fel que engole o seu eu verdadeiro a cada protesto interno de moralização.
Mas a maioria quando está sozinho na frente da televisão, do exótico, do cidadão fora do padrão, do altar da religião ou com os mais "íntimos", balbucia seus instintos de escárnio. Derrama no canto da boca o fel que engole o seu eu verdadeiro a cada protesto interno de moralização.
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
A admiração nasce na margem do impossível.
Vejo-te aí, tão focado nos teus objetivos.
Vejo-te alheio ao mundo, aos fatos, aos boatos, tão alheio a mim.
E no meio de tanta ausência e falta de tempo, te admiro.
Tu, que usa teu tempo, tua imagem, tua rotina: com regras, com prazos.
Admiro em ti o que não sou e sinto uma pontinha de vontade que regres
a minha vida, enquanto eu inevitavelmente coloriria e bagunçaria
a tua.
Vejo-te aí, tão focado nos teus objetivos.
Vejo-te alheio ao mundo, aos fatos, aos boatos, tão alheio a mim.
E no meio de tanta ausência e falta de tempo, te admiro.
Tu, que usa teu tempo, tua imagem, tua rotina: com regras, com prazos.
Admiro em ti o que não sou e sinto uma pontinha de vontade que regres
a minha vida, enquanto eu inevitavelmente coloriria e bagunçaria
a tua.
você só tem uma chance
um momento
uma oportunidade
ela pode passar
você nunca saberá
que ela existiu
você pode deixá-la para depois
porque você não entende
que ela é única
e adiá-la não é uma alternativa
você não está sendo consultado
você não será avisado
é apenas uma vez
porque a vida é unidade
singular
filha única
dádiva sem culpa
a vida é sua
você não pode controlar sua existência
você não é seu
um momento
uma oportunidade
ela pode passar
você nunca saberá
que ela existiu
você pode deixá-la para depois
porque você não entende
que ela é única
e adiá-la não é uma alternativa
você não está sendo consultado
você não será avisado
é apenas uma vez
porque a vida é unidade
singular
filha única
dádiva sem culpa
a vida é sua
você não pode controlar sua existência
você não é seu
domingo, 31 de agosto de 2014
sábado, 30 de agosto de 2014
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
34 minutos
Tenho exatos 34 minutos e não sei o quanto perdi de tempo
nas últimas quase 12 horas.
Parada a esmo, olhando para pessoas estranhas, alegres,
ocupadas, divertidas, ainda assim estranhas.
Estou dividindo o dia com elas e agora ainda tenho 34 minutos
antes de nos despedirmos e irmos para nossas vidas escondidas.
Mas tudo que tenho são 34 minutos, e nem os tenho mais, pois
agora passaram-se 4 deles, e restam-me 30, quase 29, mas tenho 30 minutos.
Então escrevo, pois nada melhor sei fazer. Já fiz faculdade,
fiz pós-graduação, passei maus bocados e outros momentos de muita comemoração.
Mas quando olho para o relógio, aflita, na espera de ter um fim meu dia, penso
que nada disso vale agora, quando estou aqui ociosa, sem fazer nada, sem ser
nada, não nada para os outros, mas nada para mim.
Nos dias de hoje, tanto blá blá bla, perder 34 minutos
parece um crime.
Há tanto a ser feito, a tanto a ser engolido, devorado,
aprendido, resolvido. Mas nos intervalos das correrias da vida, das quebras de
rotinas, das mudanças repentinas, vez que outra me deparo com dias como hoje,
cheios de minutos soltos em meio a minha vida cheia e vazia.
Tenho agora 25 minutos... se estivesse na frente de um
livro, seriam pouco mais de 3 páginas deliciosamente lidas. Se estivesse na
frente de um filme, não teria sentido a história ainda. Se estivesse dentro do
ônibus indo pra casa, seriam minutos de sonorização musical em meio ao caminho
apreciado. Se estivesse na cama, seriam quase nada de minutos dormidos.
E hoje somo esses minutos com vários outros que virão, quero
aprender com eles o desprazer de não o tê-los vividos esperando pela passagem
das horas.
Reclamamos tanto de não ter tempo e eu, uma pessoa
moderadamente ansiosa, agitada, planejada e (des) motivada, com tanto a fazer e
a aprender, jogo na lixeira do tempo meus preciosos minutos de vida.
Faço deste tempo essa reflexão:
Temos tempo sim, temos tempo até para viver em vão, cabe a
cada um inverter os olhos e mexer nos ponteiros dos relógios que só vemos
quando o vazio invade a chama do coração.
domingo, 17 de agosto de 2014
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
A gente só tem uma chance de causar uma boa impressão?
Comecei escrevendo essa frase como uma afirmação devido uma
experiência recente e ruim que tive, logo depois de lê-la algumas vezes
para seguir meu pensamento sobre isso vi que para mim ela era uma
pergunta e jamais uma afirmação.
Então resolvi falar o que penso sobre isso, já que fico questionando se realmente só temos uma chance de causar a real, a mais sincera e verdadeira impressão da essência da nossa individualidade, de "cara", tipo um carimbo.
__Pá! Carimbei! É isso que sou! Fim.__
E com propriedade digo meus caros: A primeira impressão não necessariamente será a que marcará e será referência do caráter ou da personalidade de uma pessoa.
E confesso que seria até assustador conhecer alguém que consiga transparecer e passar tantas características e sutilezas individuais em um primeiro momento.
Eu sou exemplo disso. Tenho sérias dificuldades de demonstrar meus interesses, pensamentos e sonhos para pessoas que mal conheço. Então com o tempo desenvolvi uma placa protetora de identidade e visto ela todos os dias, assim como escovo os dentes e faço poesia.
E assim vivemos nossas vidas:
- dizendo que somos vegetarianos, amando picanha
- dizendo que somos ecléticos, odiando aquela música chata
- dizendo que gostamos de fazer festas, querendo ficar em casa na frente da tv
- dizendo que gostamos da vida de casados, sentindo aquela saudade de não ter alguém "vigiando teus passos"
- dizendo que filhos são tudo, mas queremos passar o dia curtindo o que der na telha, sem cuidar de ninguém
- dizendo que somos independentes e auto suficientes e morrendo quando recebemos um carinho e um colo, pensando "como posso viver sem isso?"
E assim vivemos nossas vidas:
- olhando pra menina de saia curta e dizendo que ela é puta
- olhando pra menina de saia longa e dizendo que ela é santa
- olhando pra menina que é casada e tem filhos e dizendo que aquilo que é mãe de família
- olhando pra menina que é solteira e mora sozinha, dizendo que aquilo que é mulher pra uma noite divertida
- olhando pra menina de salto alto e boca sempre pintada e dizendo que é romântica
- olhando pra menina tatuada e dizendo que aquilo é rebeldia, falta de cristianismo, desrespeito social
Não posso reclamar quanto aos meus amigos, pois vivo num meio cultural que prevalece o carinho, a liberdade de expressão e o amor pela humanidade extinta de cada um.
Mas vez que outra esbarro com "pré-conceitos" comigo e com o outro, daí vejo pessoas criando personagens, falando frases prontas de impacto e que são clichês e ridículas pra caralho.
Pessoas se descartando ou super valorizando a si mesmas... e penso:
__Ah! Devo estar tendo uma má impressão. Silencio-me e ouço um bom som.
Então resolvi falar o que penso sobre isso, já que fico questionando se realmente só temos uma chance de causar a real, a mais sincera e verdadeira impressão da essência da nossa individualidade, de "cara", tipo um carimbo.
__Pá! Carimbei! É isso que sou! Fim.__
E com propriedade digo meus caros: A primeira impressão não necessariamente será a que marcará e será referência do caráter ou da personalidade de uma pessoa.
E confesso que seria até assustador conhecer alguém que consiga transparecer e passar tantas características e sutilezas individuais em um primeiro momento.
Eu sou exemplo disso. Tenho sérias dificuldades de demonstrar meus interesses, pensamentos e sonhos para pessoas que mal conheço. Então com o tempo desenvolvi uma placa protetora de identidade e visto ela todos os dias, assim como escovo os dentes e faço poesia.
E assim vivemos nossas vidas:
- dizendo que somos vegetarianos, amando picanha
- dizendo que somos ecléticos, odiando aquela música chata
- dizendo que gostamos de fazer festas, querendo ficar em casa na frente da tv
- dizendo que gostamos da vida de casados, sentindo aquela saudade de não ter alguém "vigiando teus passos"
- dizendo que filhos são tudo, mas queremos passar o dia curtindo o que der na telha, sem cuidar de ninguém
- dizendo que somos independentes e auto suficientes e morrendo quando recebemos um carinho e um colo, pensando "como posso viver sem isso?"
E assim vivemos nossas vidas:
- olhando pra menina de saia curta e dizendo que ela é puta
- olhando pra menina de saia longa e dizendo que ela é santa
- olhando pra menina que é casada e tem filhos e dizendo que aquilo que é mãe de família
- olhando pra menina que é solteira e mora sozinha, dizendo que aquilo que é mulher pra uma noite divertida
- olhando pra menina de salto alto e boca sempre pintada e dizendo que é romântica
- olhando pra menina tatuada e dizendo que aquilo é rebeldia, falta de cristianismo, desrespeito social
Não posso reclamar quanto aos meus amigos, pois vivo num meio cultural que prevalece o carinho, a liberdade de expressão e o amor pela humanidade extinta de cada um.
Mas vez que outra esbarro com "pré-conceitos" comigo e com o outro, daí vejo pessoas criando personagens, falando frases prontas de impacto e que são clichês e ridículas pra caralho.
Pessoas se descartando ou super valorizando a si mesmas... e penso:
__Ah! Devo estar tendo uma má impressão. Silencio-me e ouço um bom som.
domingo, 3 de agosto de 2014
quinta-feira, 31 de julho de 2014
quarta-feira, 30 de julho de 2014
sexta-feira, 25 de julho de 2014
segunda-feira, 21 de julho de 2014
domingo, 20 de julho de 2014
TUDO PRA MIM - Camilla N. Moura
O que eu sinto por ela, não dá mesmo pra explicar, só de pensar
Em seu nome, visualizar seu rosto risonho
Já se forma no meu
O sorriso mais sincero e inocente
E pensar que eu era tão descrente
Que esse tipo de pessoa fosse existente
O tipo que nem precisa estar presente
Nem precisa dar presente
E eu não preciso que faças simplesmente nada
Pois és absolutamente tudo
Tudo
Tudo pra mim
Em palavras
Gestos
Olhares, opiniões, passeios, conselhos...
Tudo pra mim
Em sua amizade de amor sem fim
Tudo pra mim
Sendo simples
Sendo complexa
Me deixou perplexa
Ao descobrir que era assim:
Tudo pra mim
Em seu nome, visualizar seu rosto risonho
Já se forma no meu
O sorriso mais sincero e inocente
E pensar que eu era tão descrente
Que esse tipo de pessoa fosse existente
O tipo que nem precisa estar presente
Nem precisa dar presente
E eu não preciso que faças simplesmente nada
Pois és absolutamente tudo
Tudo
Tudo pra mim
Em palavras
Gestos
Olhares, opiniões, passeios, conselhos...
Tudo pra mim
Em sua amizade de amor sem fim
Tudo pra mim
Sendo simples
Sendo complexa
Me deixou perplexa
Ao descobrir que era assim:
Tudo pra mim
sábado, 5 de julho de 2014
Serenar
serei teu ombro nos dias de luta
e teu alívio em meio ao caos
que provocas com tuas ações
no interior dos teus pensamentos
serei o repouso diurno
e o repouso noturno
para que todas as vezes
que te pesar a cabeça
tenha em meus braços
o descanso necessário
serei o encontro do teu olhar
quando em dias confusos
perder-se ao visualizar o horizonte
embaçado diante dos teus olhos opacos
serei o conforto da coberta
quando retornares de teus erros
com a face sombria pelas dores
que causou e corações que cortou
serei a mão que segura na tua
quando a madrugada fria
congelar teus sentidos e abandonar tua razão
serei a voz serena que procuras
em meio a tantos ruidos
e que tranquiliza teus ouvidos
teus braços, tuas pernas
tua alma
serei chão quando sentir que
não há mais nada embaixo de
teus pés
e serei nuvem
quando teus sonhos
ultrapassarem os telhados
e os arranha-céus
serei brisa
mesmo quando
parecer que sou furacão
serei paz
mesmo que a guerra
seja o que nos espera
serei sempre para ti o amor
que desejas sem pedir
bastarei-me em amar-te
com meu corpo ou com meus versos
porque foi a mim e não a ti
que coube carregar
a leveza poética
e teu alívio em meio ao caos
que provocas com tuas ações
no interior dos teus pensamentos
serei o repouso diurno
e o repouso noturno
para que todas as vezes
que te pesar a cabeça
tenha em meus braços
o descanso necessário
serei o encontro do teu olhar
quando em dias confusos
perder-se ao visualizar o horizonte
embaçado diante dos teus olhos opacos
serei o conforto da coberta
quando retornares de teus erros
com a face sombria pelas dores
que causou e corações que cortou
serei a mão que segura na tua
quando a madrugada fria
congelar teus sentidos e abandonar tua razão
serei a voz serena que procuras
em meio a tantos ruidos
e que tranquiliza teus ouvidos
teus braços, tuas pernas
tua alma
serei chão quando sentir que
não há mais nada embaixo de
teus pés
e serei nuvem
quando teus sonhos
ultrapassarem os telhados
e os arranha-céus
serei brisa
mesmo quando
parecer que sou furacão
serei paz
mesmo que a guerra
seja o que nos espera
serei sempre para ti o amor
que desejas sem pedir
bastarei-me em amar-te
com meu corpo ou com meus versos
porque foi a mim e não a ti
que coube carregar
a leveza poética
sexta-feira, 4 de julho de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
terça-feira, 24 de junho de 2014
segunda-feira, 23 de junho de 2014
sábado, 21 de junho de 2014
domingo, 15 de junho de 2014
sexta-feira, 13 de junho de 2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
Noturna
mediante um luar
de palavras efêmeras
por vozes estelares
- calei a galáxia em
um único suspiro
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Enfim 18
Que construa a partir desse dia
desse mês, desse ano
desse momento que lê essas palavras
belas paisagens frente a luz do teu olhar
Que não percas o brilho de ser moça
e encontre as respostas
que surgirão ao tornar-se uma linda mulher
Que teça novos sonhos
novos sabores
novas expectativas
E quando diante a curiosidade ou adversidade
não abandones teus princípios
teus valores familiares
Eles sempre serão teu pilar de sustentação
Poderia deslizar versos pensando
no quanto os 18 anos marcam
uma nova fase a todas as meninas
mas ainda virão os 19, 20, 21...
Então que a cada novo ano que comemores
lembre-se de agradecer
os aprendizados dos momentos que passaram
e esteja sempre aberta ao mundo de novos ensinamentos
que tuas escolhas te presentearão
domingo, 1 de junho de 2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Que coisa
não tem coisa mais chata
que coisa nenhuma
querer qualquer coisa
achando que é
coisa alguma
que coisa nenhuma
querer qualquer coisa
achando que é
coisa alguma
A coisa
a coisa toda perdeu o sentido:
fez nó
fez fita
fez arte
fez só
a coisa toda meteu os pés pelas mãos
- matou a coisa pouca
agora
é
coisa
alguma
fez nó
fez fita
fez arte
fez só
a coisa toda meteu os pés pelas mãos
- matou a coisa pouca
agora
é
coisa
alguma
Nudez
dos amores invertidos
prefiro os que surgem
nus
nus de mentiras
nus de vaidades
nus de orgulhos
nus de traição
e se couber tirar
mais alguma coisa
pediria que esse amor
viesse até sem roupa
prefiro os que surgem
nus
nus de mentiras
nus de vaidades
nus de orgulhos
nus de traição
e se couber tirar
mais alguma coisa
pediria que esse amor
viesse até sem roupa
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Gostos
gosto da poesia
do verso
da rima
da gíria
gosto da bobagem
do pacato
do silêncio
da malandragem
gosto do tambor
do batuque
do ruído
da guitarra
da bateria
gosto do laço
do aperto
do nó
do trançar
dos cadarços
gosto da água fria
do gelo
da neve
da língua dormente
da sacanagem
gosto da capela
da voz no ouvido
do ar reprimido
do gemido
do reger de dentes
da boca aberta
gosto do comício
do discurso vivo
do sangue pulsando
do grito de ideais
das mãos levantadas
em praça aberta
gosto da cachaça
da água ardente
da alma quente
do fogo em brasa
do chimarrão
do quentão
do pinhão
gosto do queixo
dos olhos
da nuca
das mãos
da bunda
gosto de inventar
que gosto
fingir a preferência
colocar ponto
em poesia que
tem reticências
do verso
da rima
da gíria
gosto da bobagem
do pacato
do silêncio
da malandragem
gosto do tambor
do batuque
do ruído
da guitarra
da bateria
gosto do laço
do aperto
do nó
do trançar
dos cadarços
gosto da água fria
do gelo
da neve
da língua dormente
da sacanagem
gosto da capela
da voz no ouvido
do ar reprimido
do gemido
do reger de dentes
da boca aberta
gosto do comício
do discurso vivo
do sangue pulsando
do grito de ideais
das mãos levantadas
em praça aberta
gosto da cachaça
da água ardente
da alma quente
do fogo em brasa
do chimarrão
do quentão
do pinhão
gosto do queixo
dos olhos
da nuca
das mãos
da bunda
gosto de inventar
que gosto
fingir a preferência
colocar ponto
em poesia que
tem reticências
terça-feira, 20 de maio de 2014
A vida se faz de escolhas.
Mas tem escolhas que nos escolhem.
Tem decisões que nos acolhem e indecisões que nos recolhem.
É um repetir de sim ou não.
E se não tem resposta, a dúvida se torna escolha, mesmo sem ter sido opção.
Todo dia uma alternativa.
Toda alternativa um dia.
Toda uma vida como resultado das alternativas escolhidas.
É um repetir de sim ou não.
E se não tem resposta, a dúvida se torna escolha, mesmo sem ter sido opção.
Todo dia uma alternativa.
Toda alternativa um dia.
Toda uma vida como resultado das alternativas escolhidas.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
AMIGO
a mão no ombro
tão esperada
nem macia, nem pesada
vem do braço de um amigo
que nos cura lentamente
sem dizer um ruído
tão esperada
nem macia, nem pesada
vem do braço de um amigo
que nos cura lentamente
sem dizer um ruído
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Refugiar
que todos tenham
em algum lugar
um lugar
para se refugiar
um sol que aquece
mais do que nos
outros céus
um companheiro
com palavras mudas
e outro com presença
mansa
e que nenhum tenha pressa
de ir a lugar algum
porque suas companhias solitárias
se bastam
em algum lugar
um lugar
para se refugiar
um sol que aquece
mais do que nos
outros céus
um companheiro
com palavras mudas
e outro com presença
mansa
e que nenhum tenha pressa
de ir a lugar algum
porque suas companhias solitárias
se bastam
sábado, 12 de abril de 2014
Sensível II
ouço sua voz agora
- tem som de sussurro
sinto tuas pernas aquecerem
o frio das minhas coxas
- tem calor de beijos
sonho abraços que apertam
- tem saudade
- tem som de sussurro
sinto tuas pernas aquecerem
o frio das minhas coxas
- tem calor de beijos
sonho abraços que apertam
- tem saudade
terça-feira, 1 de abril de 2014
Sensível
ouço sua voz agora
doce amora da manhã
- tem som de sussurro
sinto tuas pernas aquecerem
o frio das minhas coxas
lindo lírio da tarde
- tem calor de beijos
sonho abraços que apertam
o peito com a força da noite
- tem saudade
doce amora da manhã
- tem som de sussurro
sinto tuas pernas aquecerem
o frio das minhas coxas
lindo lírio da tarde
- tem calor de beijos
sonho abraços que apertam
o peito com a força da noite
- tem saudade
quinta-feira, 27 de março de 2014
Acordei Liberta
quis tanto provar o gosto da liberdade
abrir os braços sem algemas
não ter horários pro meu sono
ver a vaidade subir em meu rosto
quis tanto tocar no mar sem perguntar tua opinião
beijar a boca de outro por opção
fazer prece com as mãos sem ter o que pedir
quis tanto o gosto da tua ausência
a leveza de não ser controlada
não ser mais julgada
então hoje acordei assim:
livre
abrir os braços sem algemas
não ter horários pro meu sono
ver a vaidade subir em meu rosto
quis tanto tocar no mar sem perguntar tua opinião
beijar a boca de outro por opção
fazer prece com as mãos sem ter o que pedir
quis tanto o gosto da tua ausência
a leveza de não ser controlada
não ser mais julgada
então hoje acordei assim:
livre
quinta-feira, 20 de março de 2014
quinta-feira, 13 de março de 2014
Sinopse de um Telespectador
Um copo de suco de maracujá, dois travesseiros, uma manta esverdeada, um blusa de pijama de oncinha, uma calcinha zebrada, um cigarro fazendo fumaça, o sofá, eu e o papel em branco.
São uma e pouco da madrugada. Terminei de assistir o filme baseado na obra "A menina que roubava livros".
Ainda não mexi meus lábios. Não há ninguém além de mim nessa sala, nessa casa, nesses meus pensamentos.
A história era triste. Daquelas histórias que mexem com a solidão da gente, com as lembranças da família longe, com os traumas, com a história individual e secreta de cada um.
Quem era eu?
A menina solitária que construiu um lar com estranhos, uma bagagem de histórias lidas em livros roubados, um amigo de infância daqueles que todo mundo quer ter pra sempre, um amigo de guerra, uma senhora bondosa e rica que lhe adota em meio aos escombros e dor, quando tudo parece estar perdido?
Ou... será que eu era o amigo judeu de guerra, vendedor de sonhos, ideologias, tecedor de um futuro de paz?
Posso ser a mãe amargurada pelas perdas, necessidades básicas e sacrifícios para manter o alimento dos seus a cada amanhecer duvidoso...
Também posso ser a senhora rica e bondosa, dona de uma vasta biblioteca morta, que guarda para manter a memória do filho que partiu e agora em meio a livros envelhecidos encontra na menina órfã uma razão para voltar a viver...
Não vou citar o pai, sei que não sou ele.
Ele era o melhor personagem. O mais sábio, mais amoroso, mais sonhador.
Ele fez a história triste ser poesia em notas de acordeon.
Ver um filme é isso. Terminar o vídeo ainda dentro da história. Se o filme não causa isso, melhor nem ter olhado.
É se colocar como peça viva, lá, num lugar da trama que ninguém te vê, mas que mesmo invisível você consegue sentir o fardo de cada personagem.
Leio livros, vejo filmes e escrevo por isso.
Estar em um lugar que nem eu sei qual é, mas sei que estou ali.
Por algumas horas a gente é vilão, mocinha, filha, mãe, amigo, fogo, tiro, página de livro, frio, primavera, porão, sopa, roupa limpa, guerra, paz, covardia, coragem.
Por alguns espaços de tempo não somos a gente e esquecemos quem somos. Como recém nascido que vem ao mundo sem nem ao menos saber que chegou.
São instantes sem nossas dores, nossos desamores, nossas frustrações, nossas confusões.
Durante o filme ou o livro, sou chão do palco, adorno de cenário, nuvem carregada de chuva, míssil prestes a explodir, dor de menina, saudade de mãe, abandono de guerra.
E quando volto da história que não é minha, imposta pela tela que escureceu e as letras que subiram com o nome do autor, ainda imersa no que não sou eu, não sei mais quem eu sou.
Não sei porque chorei a pouco pelo amor perdido, não sei porque não estou dormindo, não sei porque preciso escrever isso.
Quanto volto de um livro, o lugar que estou não parece mais o mesmo lugar. Eu não pareço ser quem eu era.
Todas as imagens misturadas dançam balé na minha cabeça e a fantasia de estar em um mundo novo e desconhecido chama para brincar de escritora.
A noite corre da porta pra fora e o relógio em silêncio mostra que o tempo está passando.
Quem eu sou agora?
Quem acordará em mim amanhã?
De repente viro filme, viro livro e o final do que sou eu, nenhum autor escreveu, ninguém leu.
São uma e pouco da madrugada. Terminei de assistir o filme baseado na obra "A menina que roubava livros".
Ainda não mexi meus lábios. Não há ninguém além de mim nessa sala, nessa casa, nesses meus pensamentos.
A história era triste. Daquelas histórias que mexem com a solidão da gente, com as lembranças da família longe, com os traumas, com a história individual e secreta de cada um.
Quem era eu?
A menina solitária que construiu um lar com estranhos, uma bagagem de histórias lidas em livros roubados, um amigo de infância daqueles que todo mundo quer ter pra sempre, um amigo de guerra, uma senhora bondosa e rica que lhe adota em meio aos escombros e dor, quando tudo parece estar perdido?
Ou... será que eu era o amigo judeu de guerra, vendedor de sonhos, ideologias, tecedor de um futuro de paz?
Posso ser a mãe amargurada pelas perdas, necessidades básicas e sacrifícios para manter o alimento dos seus a cada amanhecer duvidoso...
Também posso ser a senhora rica e bondosa, dona de uma vasta biblioteca morta, que guarda para manter a memória do filho que partiu e agora em meio a livros envelhecidos encontra na menina órfã uma razão para voltar a viver...
Não vou citar o pai, sei que não sou ele.
Ele era o melhor personagem. O mais sábio, mais amoroso, mais sonhador.
Ele fez a história triste ser poesia em notas de acordeon.
Ver um filme é isso. Terminar o vídeo ainda dentro da história. Se o filme não causa isso, melhor nem ter olhado.
É se colocar como peça viva, lá, num lugar da trama que ninguém te vê, mas que mesmo invisível você consegue sentir o fardo de cada personagem.
Leio livros, vejo filmes e escrevo por isso.
Estar em um lugar que nem eu sei qual é, mas sei que estou ali.
Por algumas horas a gente é vilão, mocinha, filha, mãe, amigo, fogo, tiro, página de livro, frio, primavera, porão, sopa, roupa limpa, guerra, paz, covardia, coragem.
Por alguns espaços de tempo não somos a gente e esquecemos quem somos. Como recém nascido que vem ao mundo sem nem ao menos saber que chegou.
São instantes sem nossas dores, nossos desamores, nossas frustrações, nossas confusões.
Durante o filme ou o livro, sou chão do palco, adorno de cenário, nuvem carregada de chuva, míssil prestes a explodir, dor de menina, saudade de mãe, abandono de guerra.
E quando volto da história que não é minha, imposta pela tela que escureceu e as letras que subiram com o nome do autor, ainda imersa no que não sou eu, não sei mais quem eu sou.
Não sei porque chorei a pouco pelo amor perdido, não sei porque não estou dormindo, não sei porque preciso escrever isso.
Quanto volto de um livro, o lugar que estou não parece mais o mesmo lugar. Eu não pareço ser quem eu era.
Todas as imagens misturadas dançam balé na minha cabeça e a fantasia de estar em um mundo novo e desconhecido chama para brincar de escritora.
A noite corre da porta pra fora e o relógio em silêncio mostra que o tempo está passando.
Quem eu sou agora?
Quem acordará em mim amanhã?
De repente viro filme, viro livro e o final do que sou eu, nenhum autor escreveu, ninguém leu.
quarta-feira, 5 de março de 2014
Se todos nós olhássemos para trás por alguns
instantes, perceberíamos o quanto foram importantes os primeiros passos,
os primeiros erros, as primeiras inexperiências.
Os anos passam e congelamos nossa história em um presente, que em breve será temporário e esquecido. Esquecemos a importância dos inícios e das confusões dos inícios.
Talvez um dos mistérios da vida seja isso... termos a gratidão de reconhecermos a nós mesmos como seres mutáveis e o universo como um campo de possibilidades.
Os anos passam e congelamos nossa história em um presente, que em breve será temporário e esquecido. Esquecemos a importância dos inícios e das confusões dos inícios.
Talvez um dos mistérios da vida seja isso... termos a gratidão de reconhecermos a nós mesmos como seres mutáveis e o universo como um campo de possibilidades.
segunda-feira, 3 de março de 2014
Sobre as coisas do coração
Estava ouvindo a música do Paulinho da Viola "Dança da Solidão", que já aprecio há alguns anos, desde que ouvi na linda voz da Marisa Monte, quando pausei meus pensamentos e músculos nos primeiros versos da música.
"Solidão é lava, que cobre tudo. Amargura em minha boca. Sorri seus dentes de chumbo."
Bom. Fiz a mesma pausa agora antes de voltar a escrever. Porque realmente são três frases que causam uma reflexão, que se não durar horas, durará bons minutos.
Sou uma pessoa solitária, na maioria das vezes. Isso não é uma lástima, pelo contrário. É um estilo de vida, que devido minhas características pessoais, tornou-se minha melhor opção de convívio com outros.
Descobri muito cedo, que estar acompanhada da minha solidão seria a primeira prova de fogo que teria que enfrentar para ser mais humana e amorosa com as outras pessoas. E ainda estou nessa prova de fogo após algumas tentativas de vencer ela.
Quando optei pela solidão, é claro, que não foi algo premeditado... "agora ficarei só". Nada disso. Apenas tomei a decisão de morar fora de casa em uma cidade distante e o resto fluiu como derrubar a primeira pecinha do Dominó.
Tentei morar com uma família que não fosse a minha. Aguentei dois meses. Morei em uma pensão com mais 3 mulheres dividindo um quarto. Aguentei quatro meses. Morei com a única menina da pensão que parecia que daria certo. Aguentei um ano. Morei com mais uma amiga que surgiu. Ela aguentou dois meses e sumiu. Morei com um namorado. Aguentei três meses. E por fim, morei com meu irmão. Por uma questão sanguínea, familiar e de sobrevivência. Aguentamos cinco anos.
Posso dizer então, que de todas as tentativas citadas, morei na maioria das vezes sozinha, com pequenos intervalos de tentativa de convivência dos outros comigo. Sim, dos outros, pois eu sei que a tentativa de morar comigo era deles e não vice e versa.
E por mais que doesse admitir, a cada tentativa eu conseguia vislumbrar o fim da tentativa.
Fosse um copo sujo deixado no chão embaixo da cama. Fosse uma escova de cabelo pessoal jogada na mesa da sala. Fosse o toco da barba, duro e grudado na louça da pia do banheiro. Fosse a música alta em pleno domingo de manhã. Fosse a invasão de uma visita inesperada de amigos do outro (a) enquanto eu estava de pijama vendo televisão.
Nesse ponto dos escritos, acredito que já devo ter criado no leitor uma ideia ou apenas um vago conceito do que pensar sobre minha civilidade coletiva ou em dupla.
Concordo que foi tentando conviver em dupla que percebi o quanto o coletivo seria mais complicado.
Mas nada foi tão grave ou a ponto de um exílio. Com exceção da menina que morei um ano, todos demais tenho contato até os dias de hoje, nem que seja apenas na página do facebook.
Ainda em tempo. Volto as frases do "Paulinho".
Esses escritos não tem um objetivo de definir ou filosofar sobre a solidão. Ela apareceu naturalmente, visto que é o desenrolar do verso da música. O que eu queria mesmo era falar sobre as coisas do coração, como intitulei essa crônica. E não vou mudar só porque a solidão prevaleceu.
E solidão não é isso, uma lava que cobre tudo? Um amargo que começa na boca e cerra nossos dentes, com uma força que não conseguimos movê-los?
Estou em um momento que sou amante da minha solidão. As vezes nos amamos loucamente e dançamos como um par perfeito e outras vezes nos desprezamos e falamos uma pra outra que nunca mais vamos nos ver.
É que mesmo que acompanhados, ainda somos só, pessoas singulares, com pensamentos inatingíveis.
Sempre busquei muito por companhia sem perceber e quando encontrava companhia, dentro de mim gritava a vontade de ficar só. "Por favor meu espaço, meu canto, meu silêncio, meu vazio perfeito! Devolve, por favor!"
Não existe uma verdade absoluta e aplicada a todos sobre o que causa a solidão.
Conheço pessoas que não suportam pensar em almoçar sozinhas, seja em casa, no shopping ou qualquer situação. O silêncio de comer acompanhado unicamente de si mesmo é algo insuportável. Conheço também aqueles que jamais conseguiriam chegar em casa após um dia de trabalho ou faculdade e se ver no meio de paredes, móveis e seus próprios ruídos de pés e mãos.
Conheço aqueles que planejam o dia todo o que fazer para não ter que ficar só. E fazem isso sem querer. Então pagam bebidas e comidas para amigos, colecionam amores de cinema, shoppings e estacionamentos e vez que outra patrocinam programas familiares. Também conheço aqueles (as) que fazem filhos e casam várias vezes, mas esses nem sei muito o que pensar. Acho que mais tem a ver com entender sua "utilidade" no mundo e o que é o "amor" do que qualquer outra coisa a ver com solidão.
Mas não é pra esses que escrevo. Escrevo para aqueles como eu. Pessoas que embora as vezes fiquem melancólicas, bucólicas e chorosas. Nos demais % dos seus dias, apreciam a paz de abrir a porta de casa e ter um silêncio deixado por você mesmo lhe esperando. Pessoas que amam seus amigos, familiares, namorados (as), filhos (as), mas que amam muito também a calma de não ter o que falar, o que fazer ou que contas precisa prestar.
Talvez eu experimente conviver diariamente com alguém, em algum tempo que ainda não chegou. Mas se tem algo que todos deveriam experimentar, antes da velhice impor ou de um casamento, é conviver com sua solidão e ficar amiga dela.
A música que citei, é poesia pura. Não mente nada da essência da solidão. Mas a gente só sente o gosto do doce se provar alguns amargos, alguns azedos, alguns ácidos. E a solidão é uma excelente degustação que a vida nos ofereceu ao nos criar seres únicos e sós por natureza.
"Solidão é lava, que cobre tudo. Amargura em minha boca. Sorri seus dentes de chumbo."
Bom. Fiz a mesma pausa agora antes de voltar a escrever. Porque realmente são três frases que causam uma reflexão, que se não durar horas, durará bons minutos.
Sou uma pessoa solitária, na maioria das vezes. Isso não é uma lástima, pelo contrário. É um estilo de vida, que devido minhas características pessoais, tornou-se minha melhor opção de convívio com outros.
Descobri muito cedo, que estar acompanhada da minha solidão seria a primeira prova de fogo que teria que enfrentar para ser mais humana e amorosa com as outras pessoas. E ainda estou nessa prova de fogo após algumas tentativas de vencer ela.
Quando optei pela solidão, é claro, que não foi algo premeditado... "agora ficarei só". Nada disso. Apenas tomei a decisão de morar fora de casa em uma cidade distante e o resto fluiu como derrubar a primeira pecinha do Dominó.
Tentei morar com uma família que não fosse a minha. Aguentei dois meses. Morei em uma pensão com mais 3 mulheres dividindo um quarto. Aguentei quatro meses. Morei com a única menina da pensão que parecia que daria certo. Aguentei um ano. Morei com mais uma amiga que surgiu. Ela aguentou dois meses e sumiu. Morei com um namorado. Aguentei três meses. E por fim, morei com meu irmão. Por uma questão sanguínea, familiar e de sobrevivência. Aguentamos cinco anos.
Posso dizer então, que de todas as tentativas citadas, morei na maioria das vezes sozinha, com pequenos intervalos de tentativa de convivência dos outros comigo. Sim, dos outros, pois eu sei que a tentativa de morar comigo era deles e não vice e versa.
E por mais que doesse admitir, a cada tentativa eu conseguia vislumbrar o fim da tentativa.
Fosse um copo sujo deixado no chão embaixo da cama. Fosse uma escova de cabelo pessoal jogada na mesa da sala. Fosse o toco da barba, duro e grudado na louça da pia do banheiro. Fosse a música alta em pleno domingo de manhã. Fosse a invasão de uma visita inesperada de amigos do outro (a) enquanto eu estava de pijama vendo televisão.
Nesse ponto dos escritos, acredito que já devo ter criado no leitor uma ideia ou apenas um vago conceito do que pensar sobre minha civilidade coletiva ou em dupla.
Concordo que foi tentando conviver em dupla que percebi o quanto o coletivo seria mais complicado.
Mas nada foi tão grave ou a ponto de um exílio. Com exceção da menina que morei um ano, todos demais tenho contato até os dias de hoje, nem que seja apenas na página do facebook.
Ainda em tempo. Volto as frases do "Paulinho".
Esses escritos não tem um objetivo de definir ou filosofar sobre a solidão. Ela apareceu naturalmente, visto que é o desenrolar do verso da música. O que eu queria mesmo era falar sobre as coisas do coração, como intitulei essa crônica. E não vou mudar só porque a solidão prevaleceu.
E solidão não é isso, uma lava que cobre tudo? Um amargo que começa na boca e cerra nossos dentes, com uma força que não conseguimos movê-los?
Estou em um momento que sou amante da minha solidão. As vezes nos amamos loucamente e dançamos como um par perfeito e outras vezes nos desprezamos e falamos uma pra outra que nunca mais vamos nos ver.
É que mesmo que acompanhados, ainda somos só, pessoas singulares, com pensamentos inatingíveis.
Sempre busquei muito por companhia sem perceber e quando encontrava companhia, dentro de mim gritava a vontade de ficar só. "Por favor meu espaço, meu canto, meu silêncio, meu vazio perfeito! Devolve, por favor!"
Não existe uma verdade absoluta e aplicada a todos sobre o que causa a solidão.
Conheço pessoas que não suportam pensar em almoçar sozinhas, seja em casa, no shopping ou qualquer situação. O silêncio de comer acompanhado unicamente de si mesmo é algo insuportável. Conheço também aqueles que jamais conseguiriam chegar em casa após um dia de trabalho ou faculdade e se ver no meio de paredes, móveis e seus próprios ruídos de pés e mãos.
Conheço aqueles que planejam o dia todo o que fazer para não ter que ficar só. E fazem isso sem querer. Então pagam bebidas e comidas para amigos, colecionam amores de cinema, shoppings e estacionamentos e vez que outra patrocinam programas familiares. Também conheço aqueles (as) que fazem filhos e casam várias vezes, mas esses nem sei muito o que pensar. Acho que mais tem a ver com entender sua "utilidade" no mundo e o que é o "amor" do que qualquer outra coisa a ver com solidão.
Mas não é pra esses que escrevo. Escrevo para aqueles como eu. Pessoas que embora as vezes fiquem melancólicas, bucólicas e chorosas. Nos demais % dos seus dias, apreciam a paz de abrir a porta de casa e ter um silêncio deixado por você mesmo lhe esperando. Pessoas que amam seus amigos, familiares, namorados (as), filhos (as), mas que amam muito também a calma de não ter o que falar, o que fazer ou que contas precisa prestar.
Talvez eu experimente conviver diariamente com alguém, em algum tempo que ainda não chegou. Mas se tem algo que todos deveriam experimentar, antes da velhice impor ou de um casamento, é conviver com sua solidão e ficar amiga dela.
A música que citei, é poesia pura. Não mente nada da essência da solidão. Mas a gente só sente o gosto do doce se provar alguns amargos, alguns azedos, alguns ácidos. E a solidão é uma excelente degustação que a vida nos ofereceu ao nos criar seres únicos e sós por natureza.
Quanto mais eu leio sobre tudo:
- mais padrões se desmoronam nos meus olhos
- mais sorrisos surgem em meus lábios
- mais opções percebo nas minhas escolhas
- mais pessoas passo a considerar interessantes para estar ao meu lado
- mais mutáveis tornam-se meus planos antes concretos
- mais percebedora do que é ter uma vida com sentido fico
- mais companhias de sol e menos amores de chuva aprecio
- mais sorrisos surgem em meus lábios
- mais opções percebo nas minhas escolhas
- mais pessoas passo a considerar interessantes para estar ao meu lado
- mais mutáveis tornam-se meus planos antes concretos
- mais percebedora do que é ter uma vida com sentido fico
- mais companhias de sol e menos amores de chuva aprecio
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
a gente se junta por afinidade
mas depois que a gente se junta
a maior riqueza é a diferença que a gente tem
o que cada um tem de diferente um do outro
e olhando pra isso, vendo a diferença é que a gente enriquece
muda o nosso ponto de vista, consegue conhecer o ponto de vista do outro
e passa a prestar atenção nas razões dos outros e não só nas atitudes dos outros
Rodrigo Amarante
mas depois que a gente se junta
a maior riqueza é a diferença que a gente tem
o que cada um tem de diferente um do outro
e olhando pra isso, vendo a diferença é que a gente enriquece
muda o nosso ponto de vista, consegue conhecer o ponto de vista do outro
e passa a prestar atenção nas razões dos outros e não só nas atitudes dos outros
Rodrigo Amarante
o corpo clama por descanso
a alma agitada dança com a madrugada
não consegue acomodar os sentimentos no corpo
o corpo adoece de exaustão
a alma respira seu ar,
acarecia seu rosto,
envolve com um abraço
e faz o próprío corpo
repousar em si
a paz da alma
nasce na rendição do corpo
funde-se uma conexão
a alma agitada dança com a madrugada
não consegue acomodar os sentimentos no corpo
o corpo adoece de exaustão
a alma respira seu ar,
acarecia seu rosto,
envolve com um abraço
e faz o próprío corpo
repousar em si
a paz da alma
nasce na rendição do corpo
funde-se uma conexão
o amor é assim
- um desencontro
- uma busca pelo impossível
- um sorriso que nasce quando leio teu nome
- um olho que molha ao pensar no que não foi
- no que não chegou
- no que poderia acontecer
o amor é fantasia
- luar que brilha noite e dia
- razão sem ter
amor é cura
- é tudo que não se explica
- é dádiva muda
Símbolo do perdão
- um desencontro
- uma busca pelo impossível
- um sorriso que nasce quando leio teu nome
- um olho que molha ao pensar no que não foi
- no que não chegou
- no que poderia acontecer
o amor é fantasia
- luar que brilha noite e dia
- razão sem ter
amor é cura
- é tudo que não se explica
- é dádiva muda
Símbolo do perdão
enquanto tu não chega
fico ouvindo as gotas caírem
do lado de fora da janela
fico vendo o sol nascer
fico ouvindo os grilos
conversarem sobre a noite
fico tirando um cochilo demorado
fico cultuando o entardecer no céu
enquanto tu não chega
faço da espera minha reflexão
e de ti, uma visita que não marcou hora
fico ouvindo as gotas caírem
do lado de fora da janela
fico vendo o sol nascer
fico ouvindo os grilos
conversarem sobre a noite
fico tirando um cochilo demorado
fico cultuando o entardecer no céu
enquanto tu não chega
faço da espera minha reflexão
e de ti, uma visita que não marcou hora
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Nós
E se me perguntarem se ainda existe amor
Direi que já não sei das coisas do amor
Sei das coisas dos olhos
Sei que ainda existe um olhar perdido que me encontra
Uma doçura camuflada em forma de apelo
Um olhar que sem dizer procura amor
Vez que outra encontrando-se com os meus
Direi que já não sei das coisas do amor
Sei das coisas dos olhos
Sei que ainda existe um olhar perdido que me encontra
Uma doçura camuflada em forma de apelo
Um olhar que sem dizer procura amor
Vez que outra encontrando-se com os meus
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Marcado
dos amores que tive
nenhum lembra você
a marca no teu olho direito
sempre imperceptível aos outros
nunca desapercebida por mim
te deu um olhar incomparável
na memória dos olhares
muitas marcas outros causaram
todas elas com suas devidas proporções
mas a marca no olho direito
a lembrança só leva a ti
nenhum lembra você
a marca no teu olho direito
sempre imperceptível aos outros
nunca desapercebida por mim
te deu um olhar incomparável
na memória dos olhares
muitas marcas outros causaram
todas elas com suas devidas proporções
mas a marca no olho direito
a lembrança só leva a ti
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Tattoo fresquinha Parte I homenageando o Livro "Tempus Fugit" do escritor Rubem Alves
Trechos do livro...
"Sentia
que o relógio chamava para o seu tempo,
Que era o tempo de todos aqueles
fantasmas,
O tempo da vida que passou…
Tenho saudades dele.
Por sua tranqüila
honestidade,
Repetindo sempre, incansável, "tempus fugit".
Ainda
comprarei um outro que diga a mesma coisa.
Relógio que não se pareça com este
meu, no meu pulso,
Que marca a hora sem dizer nada,
Que não tem histórias para
contar.
Meu relógio só me diz uma coisa:
O quanto eu devo correr para não me
atrasar…
Mas
o relógio não desiste.
Continuará a nos chamar à sabedoria: "tempus
fugit…"
Quem
sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente,
a beleza única do momento
que nunca mais será…"
“Mas é preciso
escolher.
Porque o tempo foge.
Não há tempo para tudo.
Não poderei escutar
todas as músicas que desejo,
Não poderei ler todos os livros que desejo,
Não
poderei abraçar todas as pessoas que desejo.
É necessário aprender a arte de 'abrir mão'
– a fim de nos dedicarmos àquilo que é essencial.”
Sobre a Liberdade
Liberdade é assim...
a paz de um canto que espera
o silêncio que não cobra explicação
o tempo de adaptação das mudanças
o leite no copo
o sanduíche mordido
a tv falando sozinha
a hora que não se apressa
a luz que ilumina todo um lar
Liberdade é isso...
simples
aconchegante
barulhenta quando chega
tranquila quando deita
é tudo que eu sempre quis
feita na medida certa
companhia perfeita pra mim
a paz de um canto que espera
o silêncio que não cobra explicação
o tempo de adaptação das mudanças
o leite no copo
o sanduíche mordido
a tv falando sozinha
a hora que não se apressa
a luz que ilumina todo um lar
Liberdade é isso...
simples
aconchegante
barulhenta quando chega
tranquila quando deita
é tudo que eu sempre quis
feita na medida certa
companhia perfeita pra mim
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Déjà vu
tenho guardadas em mim, palavras de toda valia
muitas delas podem lhe parecer hipocrisiafoi então que me perdi
bastou algumas horas
alguns gestos
tímidos sorrisos
e o mais lindo olhar
um olhar carregado de motivação
vibrante de planos
um deslumbre de gentileza
um campo de curiosidades
seus olhos falavam com os meus
seus olhos falavam com minha boca
seus olhos falavam com o meu olfato
perdida em um olhar entreguei meu egoísmo
abri mão de outros olhos, de outras conquistas
lutei com meus impulsos, com minhas inseguranças
travei uma guerra com minha impaciência, minhas carências
fiz um acordo amigável com meu ciúme
e como não ter ciúme?
como não querer ter como minha propriedade
o mais vivo dos olhares
a mais doce das bocas
a mais prazerosa das peles
o mais macio dos cabelos
- o mais ácido dos homens
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
O engano
A traição é sempre tão ridícula, primata e machista
Há de se escolher uma só para contar
O amor é singular
Amo um
Amo só
E não cabe mais nenhum (a)
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Para alguns o amor nasce como flor. Esses são os jardineiros.
Basta conhecer o jardim, plantar sua sementinha de sentimentos e ele nasce lindo para os dois.
Mas tem aqueles que tem jardim, mas não tem terra, apenas pedra. Não são bons jardineiros.
E plantar flor entre pedras sempre demora mais um tempinho.
Quem ama nesse jardim é prestigiado por um sentimento especial. Carrega no seu amor a perseverança e paciência que teve para um dia ver sua linda flor entre pedras nascer e lhe amar.
Basta conhecer o jardim, plantar sua sementinha de sentimentos e ele nasce lindo para os dois.
Mas tem aqueles que tem jardim, mas não tem terra, apenas pedra. Não são bons jardineiros.
E plantar flor entre pedras sempre demora mais um tempinho.
Quem ama nesse jardim é prestigiado por um sentimento especial. Carrega no seu amor a perseverança e paciência que teve para um dia ver sua linda flor entre pedras nascer e lhe amar.
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Assinar:
Postagens (Atom)