o
melhor
da
sua
vida
pode
chegar
em
um
piscar
de
olhos
rápido
demais
é
controvérsia
do
amor
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Caixinha de Surpresa
demorei para perceber
que não existe
caixinha de surpresa
tudo está:
disponível
legível
visível
só não enxerga
quem não quer ver
que não existe
caixinha de surpresa
tudo está:
disponível
legível
visível
só não enxerga
quem não quer ver
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
O Imperador
olhar nos seus olhos
foi me perder
em um mar castanho
e brilhante
como vidros
que reluziram
seu mundo
no meu mundo.
foi me perder
em um mar castanho
e brilhante
como vidros
que reluziram
seu mundo
no meu mundo.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Não sei ser assim
odiar
detestar
praguejar
vingar
sentir-te
inimigo
não querer-te
amigo
desejar
teu fim
desisto
não sei fazer isso
ser
ruim
se o amor
é perdido
às vezes
omito
fujo de mim
mas tenho juízo
respeito o dito:
sei cuidar de mim
Tesouro
tenho um tesouro
vale mais que o ouro
é uma mina
em dias tristonhos
vem com seu ombro
carrega no peito
toda sabedoria
fala versinhos
canta baixinho
hipnotiza
com entrelinhas
esse fascínio
benção divina
tem apelido
chamo
de
amigo
vale mais que o ouro
é uma mina
em dias tristonhos
vem com seu ombro
carrega no peito
toda sabedoria
fala versinhos
canta baixinho
hipnotiza
com entrelinhas
esse fascínio
benção divina
tem apelido
chamo
de
amigo
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Faxina
juntei os cacos
da insistência
despejei no lixo
da ausência
fiz faxina
agora posso
receber
visita
da insistência
despejei no lixo
da ausência
fiz faxina
agora posso
receber
visita
PALAVRAS
cuidado
ao
usar
as
palavras
na
ausência
de
armas
são
facas
afiadas
na
ausência
de
beijos
são
carícias
ao
usar
as
palavras
na
ausência
de
armas
são
facas
afiadas
na
ausência
de
beijos
são
carícias
Melhores Amigas
enfim
fizemos
as
pázes
nada
mais
separa
esse
alívio
de
estar
em
paz
comigo
a
paz
é
minha
melhor
amiga
e
sem
ela
de
novo
eu
não
fico
fizemos
as
pázes
nada
mais
separa
esse
alívio
de
estar
em
paz
comigo
a
paz
é
minha
melhor
amiga
e
sem
ela
de
novo
eu
não
fico
O Amor é Passageiro
não quero julgá-lo
nem cobrar-te coisa alguma
não tenho interesse em cobiçar o alheio
aprecio as coisas livres
não almejo relacionamentos ligeiros
não carrego nenhuma bússola
não sei dar a direção
nessa paz que encontro
mesmo quando estás longe do meu peito
apenas agradeço
pela brisa
que despenteia meus cabelos
e faz reboliço com minha nostalgia
aprendi dar tempo ao tempo
admirar esse belo cavalheiro
dono das minhas ansiedades
amante da minha imaginação
entrego-nos a ele
que faça bom uso
das nossas intenções
que seja um passageiro
dos nossos sentimentos
guiando do jeito certo
o que nos é de direito
nem cobrar-te coisa alguma
não tenho interesse em cobiçar o alheio
aprecio as coisas livres
não almejo relacionamentos ligeiros
não carrego nenhuma bússola
não sei dar a direção
nessa paz que encontro
mesmo quando estás longe do meu peito
apenas agradeço
pela brisa
que despenteia meus cabelos
e faz reboliço com minha nostalgia
aprendi dar tempo ao tempo
admirar esse belo cavalheiro
dono das minhas ansiedades
amante da minha imaginação
entrego-nos a ele
que faça bom uso
das nossas intenções
que seja um passageiro
dos nossos sentimentos
guiando do jeito certo
o que nos é de direito
Decisão
depois
do
encontro
inesperado
corações
apertados
mudanças
chegaram
hora
de
decidir
o
que
será
feito
sobre
o
caso
do
encontro
inesperado
corações
apertados
mudanças
chegaram
hora
de
decidir
o
que
será
feito
sobre
o
caso
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Disputa
tenho uma criança
que nunca vai crescer
adormece no peito
no sossego do ser
sem querer se corromper
sua única obrigação é
sobreviver
por fora da criança
figura uma armadura
imunda de feiura
cheia de vícios
disfarçada de capa adulta
às vezes moribunda
perambula
quando em atrito com a criança
rola uma sangrenta disputa
pela essência da doçura
perdida no vale da amargura
da vida dura
raramente elas se encontram
quando acontece
no centro do espelho
figura o absurdo
uma criança brincando
de ser prostituta
com a alma da adulta
que nunca vai crescer
adormece no peito
no sossego do ser
sem querer se corromper
sua única obrigação é
sobreviver
por fora da criança
figura uma armadura
imunda de feiura
cheia de vícios
disfarçada de capa adulta
às vezes moribunda
perambula
quando em atrito com a criança
rola uma sangrenta disputa
pela essência da doçura
perdida no vale da amargura
da vida dura
raramente elas se encontram
quando acontece
no centro do espelho
figura o absurdo
uma criança brincando
de ser prostituta
com a alma da adulta
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Desabafo
larguei as armas
pisei nas armadilhas
desejo
paz
alegria
vivo
dias de folia
outros
profundos
de melancolia
mas hoje
larguei
as desculpas
larguei
as más intenções
percebi que sofrer
não me faz bem
faz mal pro coração
sou
sensível
humana
acredito
em palavras
promessas
ingenuidade
ser honesta
não sou
de mais
nem
de menos
então decido
entregar tudo ao tempo
ele se encarregue
ele me carregue
traga sabedoria
leve as agonias
faça riso
crie poesia
pisei nas armadilhas
desejo
paz
alegria
vivo
dias de folia
outros
profundos
de melancolia
mas hoje
larguei
as desculpas
larguei
as más intenções
percebi que sofrer
não me faz bem
faz mal pro coração
sou
sensível
humana
acredito
em palavras
promessas
ingenuidade
ser honesta
não sou
de mais
nem
de menos
então decido
entregar tudo ao tempo
ele se encarregue
ele me carregue
traga sabedoria
leve as agonias
faça riso
crie poesia
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Caixão Poético
aprendo
ora com erro
ora com acerto
quando resisto
aprendo
mas com dor
depois do entendimento
restos enchem minhas mãos
não sei onde colocar
não servem mais
experiência filtrada
sobram os dejetos
preciso exterminar
morto nas minhas mãos
aquilo não pode ficar
com certo apego
decido enterrar
em local belo
desfaço-me de coisas
que deixei passar
encontro o abrigo
cremando palavras
cada poesia um caixão
versos são cadáveres
enterrados com paixão
ora com erro
ora com acerto
quando resisto
aprendo
mas com dor
depois do entendimento
restos enchem minhas mãos
não sei onde colocar
não servem mais
experiência filtrada
sobram os dejetos
preciso exterminar
morto nas minhas mãos
aquilo não pode ficar
com certo apego
decido enterrar
em local belo
desfaço-me de coisas
que deixei passar
encontro o abrigo
cremando palavras
cada poesia um caixão
versos são cadáveres
enterrados com paixão
Mulher Objeto
mulher-sedutora
assanhada
prende com as pernas
almas desgarradas
respira travessuras
lança olhares
desnuda
quando saciada
nada tem a querer
recolhe suas armas
some sem ninguém ver
longe do tumulto
acomoda o ser
mulher-objeto
cobiça dos inseguros
rainha do escuro
seus ouvidos recebem
todo tipo de sussurro
promessas enamoradas
pedidos de compromisso
que logo são esquecidos
efeito do vinho
mulher-objeto
não é levada a sério
se o coração começar a falar
é abandonada
não tem serventia
não serve pra nada
mulher-objeto
apaixonada
Lugar Errado
nesse aquário que estou
tem muita água parada
bato minhas asas
não consigo voar
queria nadadeiras
cauda comprida
ser sereia
passo os dias
nesse ir e vir
brincando com as gotas desse oxigênio
engolindo muita água
olhando as pessoas pelo vidro
ninguém entende
não sou deficiente
sou pássaro
não peixe
tem muita água parada
bato minhas asas
não consigo voar
queria nadadeiras
cauda comprida
ser sereia
passo os dias
nesse ir e vir
brincando com as gotas desse oxigênio
engolindo muita água
olhando as pessoas pelo vidro
ninguém entende
não sou deficiente
sou pássaro
não peixe
Quimera
seus olhos iluminavam as estrelas
a noite quando deitava
para o céu viajava para brilhar
durante o dia
transformava-se em luz solar
por anos manteve esse movimento
na terra escondia
o que no céu vivia
beleza peculiar
fruto da atmosfera
nascia e morria
fazia-se quimera
a noite quando deitava
para o céu viajava para brilhar
durante o dia
transformava-se em luz solar
por anos manteve esse movimento
na terra escondia
o que no céu vivia
beleza peculiar
fruto da atmosfera
nascia e morria
fazia-se quimera
Desculpe, mas não posso
não posso fazer você amar
plantar sentimentos
como planto as sementes
não posso prometer a eternidade
a vida é ligeira
promessas longínquas são banais
não posso deixá-lo seguro
insegurança é defesa da alma
quem a domina, está morto
não posso prever o futuro
isso é trabalho pros Deuses
deve ser triste demais
conhecer todos os amanhãs
não posso dizer que vai ser diferente
somos todos iguais
presentes e ausentes
suscetíveis a mudanças
só posso respirar
fundo ou devagar
sempre onde meus pulmões
quiserem alcançar
plantar sentimentos
como planto as sementes
não posso prometer a eternidade
a vida é ligeira
promessas longínquas são banais
não posso deixá-lo seguro
insegurança é defesa da alma
quem a domina, está morto
não posso prever o futuro
isso é trabalho pros Deuses
deve ser triste demais
conhecer todos os amanhãs
não posso dizer que vai ser diferente
somos todos iguais
presentes e ausentes
suscetíveis a mudanças
só posso respirar
fundo ou devagar
sempre onde meus pulmões
quiserem alcançar
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Culpa
se quiser lamente
até a inocência
vá em frente
se arrependa
peça perdão
chore
diga não
diga não
tudo tem conseqüência
até a inocência
do inocente
domingo, 4 de dezembro de 2011
Coração de Papel
pensaram que meu coração era frágil
cheio de dedos temiam que sofresse um bocado
então fiz explicação:
meu coração não é de papel
se torcer com força
não o amassará
se tentar rasgar suas folhas
não o romperá
se pintar com tinta
não o manchará
se cortar pedaços
não o partirá
meu coração é de carne
guiado pela sabedoria
se amor recebe
bate em harmonia
o resto
é todo poesia
cheio de dedos temiam que sofresse um bocado
então fiz explicação:
meu coração não é de papel
se torcer com força
não o amassará
se tentar rasgar suas folhas
não o romperá
se pintar com tinta
não o manchará
se cortar pedaços
não o partirá
meu coração é de carne
guiado pela sabedoria
se amor recebe
bate em harmonia
o resto
é todo poesia
sábado, 3 de dezembro de 2011
A Canção do Amor
O amor com certeza é um dos temas mais amplos e polêmicos que filósofos, poetas, religiosos e mundanos compartilham ao falar sobre o assunto.
Há alguns anos estive enferma pela ausência que sentia de alguém que amei muito e que em uma relação de muitas ídas e poucas vindas honestas, só causou-me dor. Desde que essa dor se alojou em minhas entranhas o amor tornou-se um fardo em minha vida diária, algo pesado, triste e “insipido” que por castigo divino ou providência humana teria que sentir por toda a vida ou por mais eternos dias tristes e noites longas.
O amor é algo triste e incompativel ao querer.
Foi então que li uma frase que dizia assim: “não se ama alguém que não ouve a mesma canção”.
Na ocasião o texto falava sobre música, e não entrando nos méridos da magnitude espiritual que nos eleva uma bela música, fixei meus pensamentos no amor. Afinal, sou romântica.
De repente eu não estava mais no livro, no quarto, no silêncio interrompido pelo ruído dos morcegos da madrugada, minha alma atingiu um estado nunca sentido, dentro de mim passava-se a compressão ainda que prematura do que é o amor.
Prontamente meus pensamentos fizeram uma viagem interplanetária dentro de mim conduzindo-me a uma cena que ficou presa na minha memória inconsciente.
O meu primeiro contato com uma criança autista.
Eu em uma sala, limitada ao entendimento do autismo (que pensava ter) e com memórias fragmentadas de pessoas iguais a mim em ignorância falando do assunto, sem nenhum conhecimento de convívio com o autismo.
Sem esperar ou planejar ou imaginar fui completamente rendida pelo amor.
Uma criança autista que nunca me viu, que não estava interagindo com o assunto do ambiente, se quer sabia de que carne e espinhos eu era feita pulou em cima de mim e olhando ternamente em meus olhos me abraçou com toda a força de seus pequenos braços e em silêncio fez eu me perder do mundo e compatilhar ali naquela dimensão paralela em que ela estava, um encontro de almas.
Eu, uma estranha, convicta que padecia de uma doença chamada amor, ele um anjo que sem saber nada de mim me amou intesamento com a doçura de um abraço.
Mesmo sem entender ou explicar, naqueles instantes nossas almas cantaram a mesma canção: o amor puro.
Enfim entendi! O mal que antes me adoecia a alma em nada se parecia com o amor.
Há alguns anos estive enferma pela ausência que sentia de alguém que amei muito e que em uma relação de muitas ídas e poucas vindas honestas, só causou-me dor. Desde que essa dor se alojou em minhas entranhas o amor tornou-se um fardo em minha vida diária, algo pesado, triste e “insipido” que por castigo divino ou providência humana teria que sentir por toda a vida ou por mais eternos dias tristes e noites longas.
O amor é algo triste e incompativel ao querer.
Foi então que li uma frase que dizia assim: “não se ama alguém que não ouve a mesma canção”.
Na ocasião o texto falava sobre música, e não entrando nos méridos da magnitude espiritual que nos eleva uma bela música, fixei meus pensamentos no amor. Afinal, sou romântica.
De repente eu não estava mais no livro, no quarto, no silêncio interrompido pelo ruído dos morcegos da madrugada, minha alma atingiu um estado nunca sentido, dentro de mim passava-se a compressão ainda que prematura do que é o amor.
Prontamente meus pensamentos fizeram uma viagem interplanetária dentro de mim conduzindo-me a uma cena que ficou presa na minha memória inconsciente.
O meu primeiro contato com uma criança autista.
Eu em uma sala, limitada ao entendimento do autismo (que pensava ter) e com memórias fragmentadas de pessoas iguais a mim em ignorância falando do assunto, sem nenhum conhecimento de convívio com o autismo.
Sem esperar ou planejar ou imaginar fui completamente rendida pelo amor.
Uma criança autista que nunca me viu, que não estava interagindo com o assunto do ambiente, se quer sabia de que carne e espinhos eu era feita pulou em cima de mim e olhando ternamente em meus olhos me abraçou com toda a força de seus pequenos braços e em silêncio fez eu me perder do mundo e compatilhar ali naquela dimensão paralela em que ela estava, um encontro de almas.
Eu, uma estranha, convicta que padecia de uma doença chamada amor, ele um anjo que sem saber nada de mim me amou intesamento com a doçura de um abraço.
Mesmo sem entender ou explicar, naqueles instantes nossas almas cantaram a mesma canção: o amor puro.
Enfim entendi! O mal que antes me adoecia a alma em nada se parecia com o amor.
Dissincronias
a praça testemunhou
o cenário de amor
no céu o sol se escondia
a brisa cantava poesia
em meio a dissincronias
o corpo se debatia
lábios desacostumados
de beijos lambuzados
o cenário de amor
no céu o sol se escondia
a brisa cantava poesia
em meio a dissincronias
o corpo se debatia
lábios desacostumados
de beijos lambuzados
Surpresa
rostos rosados
olhares desviados
na mão dela
ele pegou
antes que ela falasse
um beijo estalou
olhares desviados
na mão dela
ele pegou
antes que ela falasse
um beijo estalou
O traidor
todo homem
com tesão
cristão ou não
carrega um apóstolo
o nome dele é Judas
entrega seu Mestre
e o expõe a saia justa
com tesão
cristão ou não
carrega um apóstolo
o nome dele é Judas
entrega seu Mestre
e o expõe a saia justa
Pessoas como Livros
pessoas são livros
número de páginas
não simbolizam conteúdo
algumas envelhecem
na prateleira
outras se reinventam
em novas edições
número de páginas
não simbolizam conteúdo
algumas envelhecem
na prateleira
outras se reinventam
em novas edições
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Amor-Passarinho (2)
amor-passarinho
voa sem ninho
descansa no dedo
não posso prendê-lo
não posso mantê-lo
...
voa sem ninho
descansa no dedo
não posso prendê-lo
não posso mantê-lo
...
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Amor-Passarinho
...
amor é passarinho
pousado em meu dedo
nada posso fazer para mantê-lo
pouco terei se prendê-lo
...
amor é passarinho
pousado em meu dedo
nada posso fazer para mantê-lo
pouco terei se prendê-lo
...
FOME
rasgue toda roupa
beije louco minha boca
deixe a voz ficar rouca
com suas mãos
rolando soltas
respire no ouvido
faça-me perder os sentidos
puxe com força cada fio
quero todos arrepios
sentir o calafrio
homem-bandido
surge sempre faminto
come minhas entranhas
faz de mim piranha
beije louco minha boca
deixe a voz ficar rouca
com suas mãos
rolando soltas
respire no ouvido
faça-me perder os sentidos
puxe com força cada fio
quero todos arrepios
sentir o calafrio
homem-bandido
surge sempre faminto
come minhas entranhas
faz de mim piranha
Coração de PIÃO
escorre entre os dedos
amarga/doce paixão
depois da euforia e desejo
os nervos se acalmam
acaba o tesão
o doce fica azedo
azedo limão
na sua mão
meu coração
você brinca com ele
faz dele pião
lança no chão
gira com força
muitas vezes
até cansar a mão
enfim cai
você desgostoso
faz força de novo
cambaleando
fico girando
caindo e levantando
ferida e sangrando
em silêncio gritando
clamando compaixão
amarga/doce paixão
depois da euforia e desejo
os nervos se acalmam
acaba o tesão
o doce fica azedo
azedo limão
na sua mão
meu coração
você brinca com ele
faz dele pião
lança no chão
gira com força
muitas vezes
até cansar a mão
enfim cai
você desgostoso
faz força de novo
cambaleando
fico girando
caindo e levantando
ferida e sangrando
em silêncio gritando
clamando compaixão
(in) tolerância
seja paciente
de novo
e mais uma vez
dia a dia conspira
tente entender
deixe a ironia
esqueça o prazer
a melancolia
é o exagero do ser
busca por companhia
sem saber pra que
seja paciente
só mais uma vez
de novo
e mais uma vez
dia a dia conspira
tente entender
deixe a ironia
esqueça o prazer
a melancolia
é o exagero do ser
busca por companhia
sem saber pra que
seja paciente
só mais uma vez
ENCHENTE
no meu intimo
nasceu um mar
tão de repente
não pude nadar
gotas sem fim
a inundar
lábios intensos
sinto tocar
meu universo
com um só beijar
abro a boca
preciso escapar
encontro a saída
em seu olhar
nasceu um mar
tão de repente
não pude nadar
gotas sem fim
a inundar
lábios intensos
sinto tocar
meu universo
com um só beijar
abro a boca
preciso escapar
encontro a saída
em seu olhar
Gotas de Luar
Se eu pudesse roubar as gotas de luar
que vi brilhar
nos olhos teus
guardava aquele encanto
para enfeitar meu pranto
na hora do adeus
Sei que muito breve
tu irás me esquecer
eu sei que vou sofrer
por culpa da minha paixão
eu devia te deixar
mas vou continuar
para castigar
meu pobre coração
Nelson do Cavaquinho e Guilherme de Brito
que vi brilhar
nos olhos teus
guardava aquele encanto
para enfeitar meu pranto
na hora do adeus
Sei que muito breve
tu irás me esquecer
eu sei que vou sofrer
por culpa da minha paixão
eu devia te deixar
mas vou continuar
para castigar
meu pobre coração
Nelson do Cavaquinho e Guilherme de Brito
EMBORA
Embora todas as noites sejam iguais, não são iguais os amores que nelas acontecem.
Alguns morrem à luz das estrelas,
outros morrem envoltos pela obscuridade.
Só amores sólidos resistem às estrelas,
e à própria lua. Tais amores
são tanto mais luminosos quanto mais anônimos,
tanto mais profundos quanto mais exigentes.
Armindo Trevisan
Alguns morrem à luz das estrelas,
outros morrem envoltos pela obscuridade.
Só amores sólidos resistem às estrelas,
e à própria lua. Tais amores
são tanto mais luminosos quanto mais anônimos,
tanto mais profundos quanto mais exigentes.
Armindo Trevisan
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