quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Rápido demais!

o
melhor
da
sua
vida

pode
chegar
em
um
piscar
de
olhos

rápido
demais
é
controvérsia
do
amor

Novidade


game
over
baby

meu
stard
destravou

Caixinha de Surpresa

demorei para perceber
que não existe
caixinha de surpresa

tudo está:
disponível
legível
visível

só não enxerga
quem não quer ver

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O Imperador

olhar nos seus olhos
foi me perder
em um mar castanho
e brilhante

como vidros
que reluziram
seu mundo
no meu mundo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A espera

não
tenho
pressa

almejo
sábios
fins

Não sei ser assim


odiar

detestar
praguejar
vingar

sentir-te
inimigo
não querer-te
amigo

desejar
teu fim

desisto
não sei fazer isso

ser
ruim

se o amor
é perdido

às vezes
omito
fujo de mim

mas tenho juízo

respeito o dito:
sei cuidar de mim

Tesouro

tenho um tesouro
vale mais que o ouro

é uma mina

em dias tristonhos
vem com seu ombro

carrega no peito
toda sabedoria

fala versinhos
canta baixinho

hipnotiza
com entrelinhas

esse fascínio
benção divina
tem apelido

chamo
de
amigo

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Diagnóstico

não
estou
com
depressão

estou
com
depreciação

Acordo

um
acordo

amor
sem
partida

viagem

de
ída

Faxina

juntei os cacos
da insistência

despejei no lixo
da ausência

fiz faxina

agora posso
receber
visita

PALAVRAS

cuidado
ao
usar
as
palavras

na
ausência
de
armas
são
facas
afiadas

na
ausência
de
beijos
são
carícias

Luz

achei
a
luz
no
fim
do
túnel
quando
toquei
no
interruptor
interior

abandonado
no
escuro

Melhores Amigas

enfim
fizemos
as
pázes

nada
mais
separa
esse
alívio
de
estar
em
paz
comigo

a
paz
é
minha
melhor
amiga
e
sem
ela
de
novo
eu
não
fico

PAZ

depois
do
turbilhão

paz
chegou
ao
coração

O Amor é Passageiro

não quero julgá-lo
nem cobrar-te coisa alguma

não tenho interesse em cobiçar o alheio
aprecio as coisas livres
não almejo relacionamentos ligeiros

não carrego nenhuma bússola
não sei dar a direção

nessa paz que encontro
mesmo quando estás longe do meu peito
apenas agradeço
pela brisa
que despenteia meus cabelos
e faz reboliço com minha nostalgia

aprendi dar tempo ao tempo
admirar esse belo cavalheiro
dono das minhas ansiedades
amante da minha imaginação

entrego-nos a ele
que faça bom uso
das nossas intenções

que seja um passageiro
dos nossos sentimentos

guiando do jeito certo
o que nos é de direito

Decisão

depois
do
encontro
inesperado

corações
apertados

mudanças
chegaram

hora
de
decidir

o
que
será
feito
sobre
o
caso

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Disputa

tenho uma criança
que nunca vai crescer

adormece no peito
no sossego do ser 

sem querer se corromper
sua única obrigação é
sobreviver

por fora da criança
figura uma armadura
imunda de feiura
cheia de vícios
disfarçada de capa adulta

às vezes moribunda
perambula

quando em atrito com a criança
rola uma sangrenta disputa
pela essência da doçura
perdida no vale da amargura
da vida dura

raramente elas se encontram

quando acontece
no centro do espelho
figura o absurdo

uma  criança brincando
de ser prostituta
com a alma da adulta

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Desabafo

larguei as armas
pisei  nas  armadilhas

desejo
paz
alegria

vivo
dias de folia
outros  
profundos
de melancolia

mas hoje
larguei
as desculpas
larguei
as más intenções

percebi que sofrer
não me faz bem
faz mal pro coração

sou
sensível
humana

acredito
em palavras
promessas
ingenuidade
ser honesta

não sou
de mais
nem
de menos

então decido
entregar tudo ao tempo

ele se encarregue
ele me carregue

traga sabedoria
leve  as agonias

faça  riso
crie poesia

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Caixão Poético

aprendo

ora com erro
ora com acerto

quando resisto
aprendo

mas com dor

depois do entendimento
restos enchem minhas mãos

não sei onde colocar
não servem mais

experiência filtrada
sobram os dejetos

preciso exterminar

morto nas minhas mãos
aquilo não pode ficar

com certo apego
decido enterrar

em local belo
desfaço-me de coisas
que deixei passar

encontro o abrigo
cremando palavras

cada poesia um caixão

versos são cadáveres
enterrados com paixão

Mulher Objeto



mulher-sedutora
assanhada
prende com as pernas
almas desgarradas

respira travessuras
lança olhares
desnuda

quando saciada
nada tem a querer
recolhe suas armas
some sem ninguém ver

longe do tumulto
acomoda o ser

mulher-objeto
cobiça dos inseguros
rainha do escuro

seus ouvidos recebem
todo tipo de sussurro

promessas enamoradas
pedidos de compromisso
que logo são esquecidos

efeito do vinho

mulher-objeto
não é levada a sério

se o coração começar a falar
é abandonada

não tem serventia
não serve pra nada
mulher-objeto

apaixonada

Relicário


os olhos baixaram
a guarda cedeu

no relicário
segredos
poeira
poemas

eu

Lugar Errado

nesse aquário que estou
tem muita água parada

bato minhas asas
não consigo voar

queria nadadeiras
cauda comprida
ser sereia

passo os dias
nesse ir e vir
brincando com as gotas desse oxigênio

engolindo muita água
olhando as pessoas pelo vidro

ninguém entende
não sou deficiente

sou pássaro
não peixe

Quimera

seus olhos iluminavam as estrelas
a noite quando deitava
para o céu viajava para brilhar
durante o dia
transformava-se em luz solar

por anos manteve esse movimento
na terra escondia
o que no céu vivia

beleza peculiar
fruto da atmosfera
nascia e morria
fazia-se quimera

Desculpe, mas não posso

não posso fazer você amar
plantar sentimentos
como planto as sementes

não posso prometer a eternidade
a vida é ligeira
promessas longínquas são banais

não posso deixá-lo seguro
insegurança é defesa da alma
quem a domina, está morto

não posso prever o futuro
isso é trabalho pros Deuses
deve ser triste demais
conhecer todos os amanhãs

não posso dizer que vai ser diferente

somos todos iguais
presentes e ausentes
suscetíveis a mudanças

só posso respirar
fundo ou devagar
sempre onde meus pulmões
quiserem alcançar

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Culpa

se quiser lamente
vá em frente

se arrependa
peça perdão
chore
diga não

tudo tem conseqüência

até a inocência
do inocente

Questionamento

a questão não é o amor
outra pessoa
ou a dor

a questão é o amor
outra pessoa

Engano

quem não ama
reclama que sozinho
deita na cama

ledo engano

deita sozinho
quem não tem
chama

Ilusão

não crio
mais nada

da última vez
criei ilusão

quase morri
despedaçada

domingo, 4 de dezembro de 2011

Paixão

morte
da dor

alma
reciclada

Coração de Papel

pensaram que meu coração era frágil
cheio de dedos temiam que sofresse um bocado

então fiz explicação:

meu coração não é de papel

se torcer com força
não o amassará

se tentar rasgar suas folhas
não o romperá

se pintar com tinta
não o manchará

se cortar pedaços
não o partirá

meu coração é de carne
guiado pela sabedoria

se amor recebe
bate em harmonia

o resto
é todo poesia

sábado, 3 de dezembro de 2011

A Canção do Amor

O amor com certeza é um dos temas mais amplos e polêmicos que filósofos, poetas, religiosos e mundanos compartilham ao falar sobre o assunto.

Há alguns anos estive enferma pela ausência que sentia de alguém que amei muito e que em uma relação de muitas ídas e poucas vindas honestas, só causou-me dor. Desde que essa dor se alojou em minhas entranhas o amor tornou-se um fardo em minha vida diária, algo pesado, triste e “insipido” que por castigo divino ou providência humana teria que sentir por toda a vida ou por mais eternos dias tristes e noites longas.

O amor é algo triste e incompativel ao querer.

Foi então que li uma frase que dizia assim: “não se ama alguém que não ouve a mesma canção”.

Na ocasião o texto falava sobre música, e não entrando nos méridos da magnitude espiritual que nos eleva uma bela música, fixei meus pensamentos no amor. Afinal, sou romântica.

De repente eu não estava mais no livro, no quarto, no silêncio interrompido pelo ruído dos morcegos da madrugada, minha alma atingiu um estado nunca sentido, dentro de mim passava-se a compressão ainda que prematura do que é o amor.

Prontamente meus pensamentos fizeram uma viagem interplanetária dentro de mim conduzindo-me a uma cena que ficou presa na minha memória inconsciente.

O meu primeiro contato com uma criança autista.

Eu em uma sala, limitada ao entendimento do autismo (que pensava ter) e com memórias fragmentadas de pessoas iguais a mim em ignorância falando do assunto, sem nenhum conhecimento de convívio com o autismo.
Sem esperar ou planejar ou imaginar fui completamente rendida pelo amor.

Uma criança autista que nunca me viu, que não estava interagindo com o assunto do ambiente, se quer sabia de que carne e espinhos eu era feita pulou em cima de mim e olhando ternamente em meus olhos me abraçou com toda a força de seus pequenos braços e em silêncio fez eu me perder do mundo e compatilhar ali naquela dimensão paralela em que ela estava, um encontro de almas.

Eu, uma estranha, convicta que padecia de uma doença chamada amor, ele um anjo que sem saber nada de mim me amou intesamento com a doçura de um abraço.

Mesmo sem entender ou explicar, naqueles instantes nossas almas cantaram a mesma canção: o amor puro.

Enfim entendi! O mal que antes me adoecia a alma em nada se parecia com o amor.

Beijo em Pé


pressão alta
taquicardia

beijá-lo em pé
foi poesia

Fezes

devoro livros
não tem jeito

na ausência
de ti

meus intestinos
enchem-se de letras

Dissincronias

a praça testemunhou
o cenário de amor

no céu o sol se escondia
a brisa cantava poesia

em meio a dissincronias
o corpo se debatia

lábios desacostumados
de beijos lambuzados

Ironia

o mar
é longo

o amor
é curto

Surpresa

rostos rosados
olhares desviados

na mão dela
ele pegou

antes que ela falasse
um beijo estalou

Desejo

bendito seja meu desejo
ter entre as pernas

beijos

nova Eu

meu novo ser
não tem frescura

leva a alma pra passear
de miniblusa

O traidor

todo homem
com tesão
cristão ou não
carrega um apóstolo

o nome dele é Judas

entrega seu Mestre
e o expõe a saia justa

Pessoas como Livros

pessoas são livros
número de páginas
não simbolizam conteúdo

algumas envelhecem
na prateleira

outras se reinventam
em novas edições

Dois Atos

ato sexual
ejaculação normal

ato intelectual
ejaculação divinal

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Amor-Passarinho (2)

amor-passarinho
voa sem ninho

descansa no dedo
não posso prendê-lo
não posso mantê-lo

...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Amor-Passarinho

...

amor é passarinho
pousado em meu dedo
nada posso fazer para mantê-lo
pouco terei se prendê-lo

...

FOME

rasgue toda roupa
beije louco minha boca
deixe a voz ficar rouca
com suas mãos
rolando soltas

respire no ouvido
faça-me perder os sentidos

puxe com força cada fio
quero todos arrepios

sentir o calafrio

homem-bandido
surge sempre faminto

come minhas entranhas
faz de mim piranha

Coração de PIÃO

escorre entre os dedos
amarga/doce paixão

depois da euforia e desejo

os nervos se acalmam
acaba o tesão

o doce fica azedo
azedo limão

na sua mão
meu coração

você brinca com ele
faz dele pião

lança no chão
gira com força
muitas vezes
até cansar a mão

enfim cai

você desgostoso
faz força de novo
cambaleando
fico girando

caindo e levantando
ferida e sangrando
em silêncio gritando
clamando compaixão

(in) tolerância

seja paciente
de novo
e mais uma vez

dia a dia conspira
tente entender

deixe a ironia
esqueça o prazer

a melancolia
é o exagero do ser

busca por companhia
sem saber pra que

seja paciente
só mais uma vez

ENCHENTE

no meu intimo
nasceu um mar

tão de repente
não pude nadar

gotas sem fim
a inundar

lábios intensos
sinto tocar
meu universo
com um só beijar

abro a boca
preciso escapar

encontro a saída
em seu olhar

Gotas de Luar

Se eu pudesse roubar as gotas de luar
que vi brilhar
nos olhos teus

guardava aquele encanto
para enfeitar meu pranto
na hora do adeus
Sei que muito breve
tu irás me esquecer

eu sei que vou sofrer
por culpa da minha paixão
eu devia te deixar
mas vou continuar
para castigar
meu pobre coração

Nelson do Cavaquinho e Guilherme de Brito

EMBORA

Embora todas as noites sejam iguais, não são iguais os amores que nelas acontecem.
Alguns morrem à luz das estrelas,
outros morrem envoltos pela obscuridade.
Só amores sólidos resistem às estrelas,
e à própria lua. Tais amores
são tanto mais luminosos quanto mais anônimos,
tanto mais profundos quanto mais exigentes.

Armindo Trevisan

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Elas querem Ilusão



Conversando com algumas amigas de variadas gerações, notei que algumas mulheres gostam mesmo é da ilusão.
Entava ouvindo atenta as suas reclamações, uma de cada vez para que eu pudesse assimilar e palpitar (que é o grande motivo pelo qual nós mulheres contamos as coisas umas para as outras). Queremos mesmo são os palpites!

O negócio é que o “cara da vez” não atende ao telefone quando é preciso, não manda um sms para avisar que vai atrasar no compromisso ou que não vai nem estar lá, ou o clássico, “as coisas não são mais como antes”, e esse antes é uma semana atrás. Incrível essa mudança repentina fiquei pensamento com os meus botões.

Mas vou falar da frase afirmativa que iniciei o assunto, em especial o trecho: “mulheres gostam mesmo é da ilusão”.

Mesmo que mude os personagens, o roteiro é o mesmo.

Ela está carente, precisa realizar-se com um romance, quer atenção na medida certa e na hora certa, mas de acordo com suas necessidades a medida pode oscilar constantemente e a hora também. Então vem o curinga, a oscilação nas mulheres é sempre para mais, mais e infinitamente mais enquanto dure.

Daí é claro que não dura mesmo!

Qual é o homem ou até a mulher que em sã consciência emocional vai conseguir iniciar uma relação com uma agenda de horários, constantemente atualizada, e bula de como proceder diariamente a cada reação do novo companheiro (a). E ainda dar chance pra que o “lance” dê certo e o sentimento aflore.

Impossível! Então entra em cena a ilusão de que dessa vez vou fazer diferente.

Faz-se as mesmas coisas, agi-se com os mesmos impulsos e cria-se as mesmas dores em todos os amores. Mas tenho fé que um dia entende-se que o fluxo natural das coisas sempre vence.

E se!

e se você voltasse a me amá
e se nóis dois pudésse casá
e se no amor resolvesse apostá
e se o arroiz passasse a alimentá
e se o feijão quisesse acompanhá
e se um filho nascesse pra alegrá
e se os amigo ajudasse a cuidá
e se dinheiro não fosse faltá
e se felicidade a gente aprendesse plantá

e se.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

(in)sanidade



um novo mundo
acabo de conhecer

a minha frente
poeira de um ser

olho pros lados
tento entender

quem é toda essa gente
que não vi nascer

quão cega estava
que não podia ver

quem era aquele
que me fez apodrecer

como com sanidade
pude enlouquecer
achar que era amor
o que sentia por você

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ciúme e Fantasia

a minha frente
vi a nova realidade

diante dos olhos
revelou-se a verdade

ela olhava ele
com ar de cobiça

no olhar dele
desdém e intriga

ela se aproximou
nele tocou

quando cochichou
falando da bebida
para mim ele olhou

naquele momento
a raiva dominou
minha lucidez em segundos
evaporou

vi naquela cena
o que não servia
para minha vida

naquele dia
e de vez

ciúmes e azia
queimação no estômago
batimento acelerado

coceira no punho fechado

naquele encontro
vi meu coração
dilacerado

ele como um estranho
fingiu dissimular
saiu pela porta
tentando provar

que estranha era eu
que não sabia meu lugar

prometendo em silêncio
nunca mais me procurar

Inefável


tudo tão confuso
universo miúdo
cabeça em parafuso
sentimento difuso

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Sombra Dela


olhei para ele

ali estava ela
dentro de seu olhar distante
sentada com sua solidão

ele lembrava de sua pele macia e leitosa
de seus cabelos finos e claros
de sua boca rosada e tímida
de seus olhos apertados e brilhantes
ele só lembrava dela

os minutos que seguiram
pareceram horas

simulação da eternidade
no inferno

mesmo presa apenas em sua lembrança
seu corpo pareceu mover-se de fora para dentro
em uma viagem maluca
no desejo incontrolável de tê-la

ele queria sentir seu odor
inalar sua alma em prazer
sensação que só ela fazia-o sentir
cada vez que invadia seu interior
explodindo em seu corpo

de repente ele virou-se
seus olhos limparam

então ele reconheceu
que todo aquele tempo
quem estava lá era eu

Ursinho da Sua Vida


é o grande amor
o amor da sua vida

como deixá-lo passar
tentar esquecer
ou pedir que se vá

como aquele ursinho
da inocente infância
você prometeu

Nunca vou te deixar!

sem dizer nada
o tempo passa

o ursinho
é guardado

todo aquele amor

é apenas
abandonado

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Menina

a menina está acordando
em lentos passos
consigo vê-la despertando

quem não a conhece
nem percebe
que dentro dela
um sono profundo
lhe mantinha inerte

quem a conhece percebe a mudança
em seus olhos marejados

pobre menina
adormecida a tanto tempo
passou pela vida sem estar nela
em muitos momentos

apenas dormia
pouco sentia

pra se defender
sorria

Silêncio



Hei...
pare o que está fazendo
consegue ouvir?

preste mais atenção!
apenas escute

é o silêncio

sinta a respiração
sinta o pulsar do coração

sinta a vida imensa
que aperta seu estômago
que escorre no seu rosto em forma de água
que perpetua sua paz quando fecha os seus olhos

sinta
apenas sinta

sinta você
só você

compreenda agora
de quem você precisa
para viver

abra os olhos!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Do Paradoxo do Espírito


ansiedade arde
arde tanto que queima
queima e confunde
sanidade bloqueia

insanidade que cria
criação que perturba
faz amor com a loucura
incendeia a veia

vive assim prisioneira
a consciência que teima
em viver carcereira

(Chrisellen Vieira e Marcio Portal)

domingo, 20 de novembro de 2011

A Arte de Fazer Merda


"Notei que ultimamente só ando fazendo merda..." quantas vezes essa frase habita em nossos pensamentos?

Um tanto vulgar... impróprio usar termo tão popular, mediocre, podre mesmo.

Azar... Merda!

Se existe, temos mais é que dar significado, conjugar.
Quem faz merda, vive de "merdices"!

Voltando ao fazer e esquecendo um pouco a palavra merda, que por sinal, tem grande valia em nossa vida. Por que diabos fazemos tanto isso aí... no sentido figurado e não fisiológico?

Explique?!

Fazendo Merda (2)

quando vi

não tinha horário pra comer
todo dia
via o dia
amanhecer

e o dia
parecia não acontecer

dormia
até entardecer

trabalhar
larguei a tempos
de ter o que fazer

tarefas da casa
obrigação manter
sabia que outros
podiam depender

então hoje
dormirei mais cedo
amanhã acordarei mais cedo

e os demais dias
farei novos enredos

quem sabe assim
terei algum apego

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Distorcendo a Liberdade



O que é essa vontade de sair correndo, voando e gritando: “eu sou livre”!

Tenho pensado na distorção de liberdade que vejo falarem por aí.
Pessoas livres que olham para si e sentem-se presas.

Presas a que? Presas a quem?

É a ausência de essência ou existência justificada pela falta de liberdade?
Erguemos prisões imaginárias, sentimentos distorcidos, relacionamentos maquiados e omissos de diálogos ou mentes atormentadas de fantasias projetadas pelo mundo exterior.
Trocaria tranquilamente a palavra liberdade da boca dos prisioneiros sem algemas pela palavra verdade.

Afinal, quão verdadeiras são essas amarras e quão livre seria essa tal liberdade?

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Compor

faço poemas

quero voltar a respirar

sem pretensão componho
nada tenho a aspirar

em dias atônitos
palavras vem a assombrar

pensamentos tristonhos
muitas vezes confundem
meu sonhar

desejos platônicos
como posso realizar

por isso componho
não tem limite
meu pensar

Prioridades!

Eis uma questão no ar... Qual sua prioridade?

Bens materiais? Necessidades básicas? Diversão? Cultura? O papel no mundo? O amor? A carreira? O dinheiro? 

O que vai ficar de você quando você se for?

Pensando nisso e lembrando de algumas coisas que li recentemente meu devaneio foi além.
O que vai ficar nas pessoas que conviveram comigo depois que eu me for? Qual será a última pessoa a manter-me viva em suas memórias? Será que eu a conhecerei ou ela virá depois de mim?

O que sobrará de mim ou de você por aí serão as memórias das pessoas que estarão aqui ainda quando lembrarem de nós, mesmo que seja uma lembrança recontada ou escrita.

Lembranças do que realmente foi importante em nós e que deixamos viver além de nossa existência em alguns pensamentos viventes.

Então... quais são as prioridades? A partir dessa definição começa-se a construção de algum significado de existência.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Quero um Romance

perguntaram -me:
quer um romance?

e há algum tempo nego essa questão

com romances machuquei
meu tolo coração
alguns fracassos
mal se recuperou

então despertei

quero romance sim!
pra mim mesmo falei

quero burburinho no estômago
coração acelerado
olhos vidrados

adianto,
esse romance
será recíproco
será um vício
será benígno

ele acontecerá despacito
ocupando os espacinhos
com suaves sorrisos

trata-se do romance com a vida
é por ela que quero me apaixonar

soltar suspiros
me entregar

já é hora
da vida me conquistar

depois que nos apaixonarmos
qualquer outro amor
virá a calhar

estou pronta vida
pode começar a trovar

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O sofá que tenho

no sofá
histórias tenho

leve e suave
seu desenho

cor de tábua
as almofadas
que de leves
não tem nada

sento nele
afofo a alma

Luz interior

dentro de você,
escuridão não há.

então cadê minha luz?

te proponho procurar.

Complicado

quem complica
somos nós

se descomplicar
não queremos

criamos amarras imaginárias
de complicações vivemos

Pipoca

a pipoca
explode no grão

linda e fofa
fica branca

lembra um tempo
de criança

os passeios
as lambanças

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Porque eu mereço

não precisa agradecer
tão pouco me exaltar
se escrevo sobre ti
faço para homenagear

gosto de exibir
gosto de mostrar

o que sinto por ti
faz minh'alma elevar

esses versos
posso explicar

falam do amor
daquele pra degustar

embora vezes longe
não sabemos o que virá

de versos seguirei vivendo
ainda sei sonhar

vida absurda


fico acordada
estasiada
paralizada 
empolgada

choro
grito
desabafo
desabo

no absurdo
desse mundo
teço sonhos
driblo pedregulhos

domingo, 6 de novembro de 2011

BERÇO SOLAR

ao longe se deita
radiante pôr do sol
então te vejo
esparramando-se em teu berço
carregando os desejos
levando almas
de seus medos

sábado, 5 de novembro de 2011

CAOS (revisto por Mario Pirata)

só uma coisa faz sentido
dentro desse turbilhão
...
meus anseios
a busca por razão

minhas lutas
pesadelos
meus receios
tudo junto nesse chão

esse caos ensurdece
já toma conta
descontrola adormece
a indagação

faz sentido
dentro desse turbilhão

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Um Suspiro

o que dizer
se é você
toda a fonte
de inspiração

sem palavras
tento eu
descrever
o que é em mim
esse punhado
que é você

mas transcende o querer

solto o lápis
fecho os olhos
molho os lábios
toco o peito

Um Suspiro!

quatro de novembro

pedi ao Deus
que respeito
que neste quatro
de novembro

dentro do quarto
ou no peito
que a data seja lembrada
de forma delicada

anos de apego
amor sem preceito

assim que descrevo
a ausência do conceito,
nome
ou endereço

do que significa
em mim
um quatro de novembro

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Caos

só uma coisa faz sentido
dentro desse turbilhão

meus anseios
minhas lutas

essa busca por razão

meus receios
pesadelos
tudo junto
nesse chão

esse caos já toma conta
ensurdece
adormece
descontrola a indagação

Refém

adormeço em teu peito
amanheço inspiração
te permito respirar
inalar minha paixão

logo cedo já desperta
com tamanha inquietação
me enlaça
me maltrata

faz refém meu coração

Flor

em teu peito
encontro a flor
que plantei
há muito tempo
quando nada havia
além de dor

Decepção

Recentemente tive uma decepção, porém parece banal escrevermos de decepção, pois quem não teve ou terá ainda muitas em sua vida. Sejam elas no trabalho, com familiares, com amigos ou com amores. Quem sabe até consigo mesmo!
E as vezes é com quem mais conseguimos nos decepcionar, não é mesmo?

Precisamos de um vilão?

Porque sempre as pessoas esperam uma reação, principalmente as pessoas ou a pessoa que entrega o outro, conta o fato ou o boato, sendo às vezes até uma das pessoas envolvidas.
Parece que a maioria das pessoas clamam por uma reação, um troco, uma vingança, um tapa, um soco, um grito, alguma coisa estrondosa que faça valer a justiça a "nosso ou a seu favor".
Então vejo um ponto interessante, porque sempre a justiça é em nosso favor?
A ideia que se vende é que sempre "quem não fez" é o certo, o outro, "o feitor” é o Judas: é o vilão!
Esta pessoa é culpada por tudo, aquele que deve pagar pelo o que fez e se puder por todos os crimes da humanidade.

Será que precisamos de um vilão para compreender a vida e as atitudes das pessoas ou quem sabe nos tornamos mais iguais em um mundo de pessoas comuns e reais.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sua bondade

dia longo
estou de passagem?

falta coragem
vontade
paisagem

de repente
uma miragem

é você
na porta
que bate

telepatia
milagre?

num abraço
sua bondade
sussurro bobagens

beijo sua face

abro os olhos
realidade

você está aqui

era tudo verdade.

Constatação

nada tenho a declarar
nem tristeza
nem pesar

Em meu pranto
um pensar

seu amor pra recordar.

Cinza hostil

Será coisa de poeta
ter dias lindos em solidão
e madrugadas frias
de inspiração

Ver beleza 
em todo sol primaveril
se perder nas nuvens
do céu cinzento,

no amor hostil.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sem essência

tenho andado distante
até longe de você

mesmo que isso não adiante
faço versos
para alguém ler

desculpe a displicência
perdoe toda ausência

é que sinto uma saudade
do que eu tinha como essência

domingo, 16 de outubro de 2011

Vertigem

esses versos não são meus
nesse teto não tem céu

a janela escureceu
só concretos e telhados

nada vejo, nem mais eu
não tem beijo
nem bombons

nesse enredo fim da linha
grito alto
sinto a espinha

omito os fatos
estou sozinha

Vazio particular

Me deixe ficar triste
preciso é chorar

não quero suas criticas
tão pouco te encontrar

aqui dentro do peito
busco sem cessar

um resquício de eu mesma
um amor para doar

sei que sofro
nada tenho a falar

amor mal resolvido
é ter um abraço
sem os braços
pra abraçar

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Risos e sorrisos

Meu sorriso é rasteiro
aprendo achar graça
em quase tudo que vejo

Em cada sorriso,
momentos ligeiros
no meio dos risos
se vão os receios

Peço a você
que perca o juízo
aprenda comigo
me dê seu sorriso

E quando sorrir,

ria de qualquer jeito
esqueça os defeitos
ria muito
sem preconceitos

Preguiça

Disseram que dormir muito é perda de tempo
mas o que de bom pode fazer um sonolento?

Admiro aqueles que viram a madrugada
e de pé bem cedinho começam sua jornada

No entanto sofro de preguiça demasiada
consigo virar um dia, na cama deitada

A minha preguiça é malandra
é mal intencionada

Se tiver boa companhia
me deixa por horas acordada

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Abismo

Escrevo da saudade,
não tenho mais jeito

Os dias se esvaziam
sem esperança,
desejos

Bem longe está você,
mas como posso te querer

Seu horizonte
é poeira,
nada tens a oferecer

Teus sonhos, um abismo
só covardia e egoísmo

Retorno

Traga em seu canto
uma linda mensagem

Faça em meu pranto
sua melodia suave

Torne essa noite
um ritual de passagem

Sacie meu corpo
Arranque a saudade

Uma nuvem

Meu céu é um véu,
teu olhar uma nuvem

Se não te vejo,
um segredo

Meus desejos,
por beijos

Sem você,
sinto medo

relâmpagos e lampejos

Vá Menino

se surpreenda

as noites
são castigos

dias indo e vindo
busco uma direção

longo caminho
vã solidão

insista
persista
resista

desisto

em mim
desatinos

seguirei
nada vejo

redemuínho

vá logo menino
encontre um abrigo

solte minha mão
ache seu trilho

saia do meu caminho

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Contato

Então voltamos a nos falar
Quem diria que isso iria acontecer
Depois de tanta coisa um ainda querendo do outro saber

Você faz perguntas e insinua minhas respostas
Eu faço seu jogo e faço minhas apostas

O passado pode ser uma memória
Mas é com ele que teremos uma história

Um Perfil

Pulei a janela pra ir na festa
Apanhei pra aprender
Dormi olhando as estrelas
Plantei uma árvore
Sai de casa com 17
Conheci o mar com 18
Entrei na faculdade com 19

Bebi suco em uma noite
Desmaiei de tando whisky em outra
Rolei de tanto rir
Senti muita dor
Furei com uma agulha de costura o umbigo
Paguei pra furarem a língua
Fiz tatuagem

Viajei
Li um grande livro
Conheci um ídolo
Assisti os shows das bandas preferidas
Ouvindo uma música, emocionei
No colo da minha mãe, muito chorei

Muitas coisas aprendi sozinha
outras aprenderei
outras nem tentarei

Desfruto de amizades verdadeiras
Tenho muitos planos... realizo meus sonhos

Um grande amor provei

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ausente de você

Tenho andado longe de você

Mil razões vêm à mente pra entender
Porque de novo estou aqui sem ter você

Sem razões volto a mim e começo a escrever
Da minha vida tão ausente de você

Apenas

Com você não quero mais estar
Nossa história precisa ter fim
Minha vida precisa continuar

Quero te beijar
Sentir sua pele
Seu perfume inalar

Ver seu olhar
Contigo despertar
Sonhar

Preciso de amor
Não dor

Aprendo a caminhar

Parecer final

A você só tenho para oferecer minhas poesias
meus devaneios, minhas heresias

A você não muito mais poderei dar
Sou pouco comum, as vezes discreta, outras vulgar

A mim caberá decidir se ao seu lado ainda desejarei estar
Caso para ficar comigo
Necessite julgar

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Fazendo merda

Notei que ultimamente só ando fazendo merda
Um tanto vulgar... impróprio usar termo tão popular, mediocre, podre

Azar... Merda!

Se existe, temos mais é que dar significado, conjugar

Quem faz merda, vive de "merdices"

Voltando a mim e esquecendo um pouco a palavra merda, que por sinal, tem grande valia

Porque diabos fazemos tanto isso aí... no sentido figurado e não fisiológico
Explique!

Quando vi... já não tinha horário pra comer
Todo dia via o dia amanhecer

E o dia... parecia nunca acontecer, pois dormia até entardecer

Trabalhar? Larguei a tempos de ter o que fazer
Tarefas da casa, obrigação de manter
Pois sabia que outros de mim podiam depender

Então hoje dormirei mais cedo, amanhã acordarei mais cedo
e os demais dias farei novos enredos

Quem sabe assim terei algum apego

De repente

Saio de casa sem destino, sem abrigo

Quero encontrar um carinho, um olhar, um sentido
Busco em meus desejos o motivo pra tamanha vontade

Em minha mente, a sua lembrança
E no meu inconsciente apenas você

Te encontro, te abraço, te toco
Horas tranformadas em minutos de amizade
de solidariedade
da troca de carência e verdades

De repente estamos nós juntos outra vez
Perna com perna, nariz com nariz
Palavra alguma interrompe nosso silêncio
Direção nenhuma se vê em nosso olhar

Mais uma vez já não há mais o que se dizer
Não há sentimento envolvido que se possa descrever
E passamos assim até adormecer

E amanhã hoje será mais um dia que teremos que esquecer

domingo, 25 de setembro de 2011

Sem exagero

Já é tarde e meus olhos pesam

Há dias que dormir pra mim está se tornando um tédio
Que pensar em você me cura mais que qualquer remédio

Que a solidão é coisa de velho

Mas preciso me cuidar com esses exageros
Amor de mais causa desespero
Falta de vida própria e redução de peso

Mais um dia

Da janela observo mais um dia amanhecer

Em meu quarto vejo a luz aos poucos fazer cada cômodo aparecer

Que essa luz ilumine o meu viver
Traga paz e a serenidade pra compreender
Que existe vida além de eu e você

Vida fácil

Se fosse fácil eu que não ia querer

Viver de moleza e de pouco fazer

Conhecer pessoas só pra acumular prazer
Me fazer de atoa e nas noites me perder

Ser uma pessoa que nem eu mesma conseguiria conviver
Com a vida ganha e sem objetivo pra nela viver

Meus dias

Estou aprendendo que não se luta contra um querer

Que não se constrói concreto onde queremos ver o sol nascer

Que tristeza é algo impossível de prever
E que a felicidade depende muito mais de mim do que de você

Então a cada dia a vida vem e me faz aprender
Que todos os meus dias sempre terão um amanhecer
E mesmo que eu evite esses dias terão que escurecer
Para que outros na minha alma possam renascer

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Encontrei você

E hoje encontrei você

Em algumas horas pude ofertar pequenos momentos meus pra você
Em algumas horas pude saber o que está acontecendo por ai com você
Em algumas horas tudo que senti foi só eu e você

E todo esse amor que vai além do que podemos entender

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vendendo felicidade

Tô vendendo um pouco de felicidade
Se quiser comprar me procure dentro da sua vontade

Porque o preço de cada quantidade
Varia de acordo com a sua coragem

De saber aproveitar...
O que a sua vida oferece de verdade

O lado bom da saudade

Então recebo uma mensagem de saudade
Daquelas que só sentimos quando existe amizade
Com aquelas palavras doces que nos fazem ver a verdade
Que passageiro é tudo aquilo que não se faz com vontade

É não perder seu tempo com as ilusões e as vaidades
É não saber entender o gosto bom da saudade
É não se permitir viver o paraíso que existe na liberdade

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

QI Viamão

E no dia de hoje esse ciclo eu encerro...
Foram dias que minhas poesias jamais descreverão
Se perder naquelas risadas gostosas, naquelas correrias de escadas, nas idéias impensadas, nas polêmicas descompensadas e nos discursos improvisados...
Amanhecer com feiras.. mostras... shows... filmes... campeonatos olimpicos...
Ver em olhos brilhantes um futuro descompromissado... em muitos sonhos idealizados
Retratos de muitas vidas em diversos horários... partilhando momentos em pequenos pedaços
É com amor que recomeço, com o amor que tive por vocês
Por que sem amor nada se ergue, nada perdura, nada se senti... e eu sentirei saudades!

Beijão QI Viamão!

domingo, 28 de agosto de 2011

E depois...

E depois de tudo, será que ainda não irá querer alguém pra amar

Depois que a agitação passar

Que o sonho se acalmar

Que toda essa inquietação começar a te deixar pra lá

E que a imensidão enfim te alcançar


Mesmo assim... Será que ainda não irá querer ninguém pra amar


E quando a noite chegar

Será que não irá querer em abraços nenhum se refugiar

Ter sorrisos pra te encantar

Ter lábios pra te beijar

Receber força, sem precisar clamar


Será que ainda assim a só irá querer estar


Ter a solidão como companhia em seu lar

Terminando os dias sem ter ninguém pra compartilhar

Sabendo que nenhum amor foi capaz de conservar


Que ninguém permaneceu preso por muito tempo nesse seu olhar

E que não viveu aquela parte da vida, que só quem ama pode ensinar

E o que você fez?

dei a chance de poder amar
contei histórias pra você

quis te emocionar

segurei sua mão
te fiz voar
olhei o profundo do seu olhar
me perdi nas palavras
buscando alguma pra expressar
a grandeza dos momentos
que começamos a compartilhar

te dei a chance de poder me amar
te entreguei nas mãos todo meu pesar
dividi as lágrimas
não queria mais chorar

entreguei meu coração
pra você cuidar

você se perdeu
diante ao espelho
nada foi capaz de enxergar

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Passou

Como assim a partir de agora minha felicidade começou a lhe importar

Meu sorriso passou a lhe incomodar

Meu desapego não parece mais teatro e agora venho a te preocupar

É... já não sei mais como lhe comunicar

Que meus gestos são o bastante para explicar

Que meu coração tem um novo dono e não existe mais seu lugar

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Amar Amar Amar

não canso de experimentar

a magia do olhar
sou movida pela loucura
se apaixonar

faço tudo
quando trata
dessa coisa de amar

meu próprio amor
me basta

para suspirar

Falando de amar

Palavras são tão gostosas
Tem sabor
Enchem a boca
Enchem a alma
Abastecem o coração

Sábio, erudito, filósolo, e tão humano
É quem consegue de verdade entender as palavras

Que se abastece falando de amar

Que consegue causar uma explosão quando deste verbo começa a falar ou cantar

E mesmo sem estar amando

Consegue de diversas formas todo o seu amor expressar

Lendo Pablo Neruda

Lendo Pablo Neruda...
Sinto as palavras invadirem meus ouvidos e ensurdesserem o meu silêncio

Será que é real esse jeito absurdo de amar?
Vejo que o amor em seus versos são escuros, secretos ou seriam eles translúcidos ou impuros?

Sempre comparo as palavras com os sentimentos
Não os vemos, não os sentimos, não os tocamos

Muitas vezes apenas imaginamos... "Ah como seria se..."

E esse "se" pode conter um universo
Ao passar os olhos nas palavras saboreio enquanto elas invadem meus pensamentos

E são essas palavras que me fazem amar
Amo! Amo muito! Amo tudo!

Apenas Pense

O problema de nós mulheres é que demoramos um certo tempo pra entendermos o que realmente está acontecendo ao nosso redor

Ficamos achando que amamos alguém porque essa pessoa nos acompanhou por um tempo

Não percebemos que agora já vivemos em outro tempo, não sendo mais compativel aquele outro momento

Então apenas pense...

Porque pensar tanto em alguém que não está do seu lado
Alguém que não te liga, não te faz uma visita, não te compra um presente, não cheira o seu cabelo,
não aquece sua cama, não lhe deseja uma boa noite e nem quer saber como foi o seu final de semana

Então pare de se importar tanto com alguém inexistente...

O amor deve ser consistente, coerente, existente

Imaginar conciliação é como viver em um presente ausente

Constatação

E mesmo que chova
Continuarei ardendo por dentro
Sendo escrava dos meus pensamentos
Revivendo as lembranças daqueles momentos
Sob qualquer mudança de tempo

Sofrer que nada

Ah pára...
Que sofrer não tá com nada
O melhor de viver nessa vida é ficar apaixonada
Conhecer os segredos das longas madrugadas
Se perder em sussurros e em conversas descompromissadas
Entrelaçar os dedos e curtir uma caminhada
Ficar rindo durante horas falando nada com nada
Beijar a mesma boca e não ficar enjoada
Sentir o peso do teu peito e ficar sonhando acordada

Xá lá lá

capaz...
eu achando que dessa vez ia chorar
me surpreendo cada dia com esse lance de amar
é uma coisa tão louca
não dá pra encanar

sinto frio, calor
um monte de coisas

é só começar a pensar
parece que vou sufocar
misto de arrepio
calafrio
sei lá

quando penso em você
não sei detalhar
só sei que vale apena
todo xá lá lá

Adoecer

Essa noite não durmi muito bem
Teve momentos que meu corpo se agitava sem eu entender
Que minha temperatura mudava sem eu saber porque
E quando acordei senti que tava tudo estranho
Entrei pro banho e tinham partes em mim que doiam
Sem ter outra opção voltei pra cama, único lugar que me aqueceria
E depois continuei nessa agonia
Então percebi que a gripe me adoecia!!

Despreocupada

Coisa boa ficar em casa largada
Não se preocupar com nada
Ficar na cama toda tapada
Usando roupas descombinadas
Curtindo uma chuva descompassada

Nosso teatro

Pára com isso e vem logo pra cá
Chega de cena e de fazer de conta que comigo não quer estar
Chega de drama nesse nosso jeito de amar
De criar distâncias
E fazer de conta que com outras pessoas queremos estar

Inquietação

Como sinto falta de poder contigo falar
Quem sabe só saber como está
E se pra você tudo voltou pro devido lugar
Ou se ainda pensa em mim e gostaria de me encontrar

Previnida

A partir de agora não olharei mais tão fundo nos seus olhos...

Dá muito trabalho essa coisa de gostar pra depois desgostar

Aviso

não adianta nem tentar
vou avisando pra desistir logo e não se frustrar
fique sabendo...
sou especialista na arte de amar

sou vacinada
sei bem me cuidar

entendo tudo por trás de um olhar
não confio em blá blá blá


não pense você que tão logo irei acreditar
que será muito longe que poderá me levar

tenho pressa por não me incomodar
me apaixono pensando como vou fazer
pra desapaixonar

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Poder te amar

E é tão bom voltar a suspirar
Fechar meus olhos sem saber o que vou encontrar quando nos teus olhos voltar a olhar
Sentir teu gosto e poder te tocar
Ouvir sua voz e não querer silenciar

Já era...

Não consigo te evitar

Ou dizer que não vai rolar

Lhe dar as costas e não querer lhe beijar

Porque foi esse teu jeito de brincar de amar

Que pouco a pouco fez eu me entregar

O que dizer...

Não consigo achar as palavras que pra ti quero dizer
Procuro em meus pensamentos, mas tudo que vem não tem nada haver
Me enrolo na trama... me faço entender
Só sei que hoje sinto um monte de coisa... e sei que nada sente dentro de você
Mas é só pensar que é desse teu jeito que eu não esqueço... que sofre de ausência de sentimentos
Que fico bem de novo e adormeço...

Fecho meus olhos e agradeço por ter sido contigo que vivi todos aqueles momentos