segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Desculpe, mas não posso

não posso fazer você amar
plantar sentimentos
como planto as sementes

não posso prometer a eternidade
a vida é ligeira
promessas longínquas são banais

não posso deixá-lo seguro
insegurança é defesa da alma
quem a domina, está morto

não posso prever o futuro
isso é trabalho pros Deuses
deve ser triste demais
conhecer todos os amanhãs

não posso dizer que vai ser diferente

somos todos iguais
presentes e ausentes
suscetíveis a mudanças

só posso respirar
fundo ou devagar
sempre onde meus pulmões
quiserem alcançar

Nenhum comentário:

Postar um comentário