se eu tivesse que desejar
algo novo
em um ano novo
escolheria desejar algo novo pra 2013
que daqui uns dias será o ano mais recente
neste ano iria aplicar alguns aprendizados
que notei no ano anterior
como falar menos do meu amor
dos meus sentimentos
do que me alegra por dentro
aplicaria esse aprendizado
também no novo trabalho
na nova casa, nos novos contatos
se eu tivesse que desejar
algo novo
em um ano novo
escolheria cuidar mais de mim
dividir-me com menos gente
acolher no meu peito
o que de valor me aqueceu
no ano anterior
expondo menos meu valor
o valor do outro
e o valor de ser poeta
a língua é lâmina certa
corta sem perceber
é sua natureza
machuca sem querer
por isso quando guardada
na boca nada tenho a temer
se eu tivesse que desejar
algo novo
em um ano novo
falaria mais com os olhos
foi pelos meus olhos
que encontrei um novo amor
eles falam mais que a alma
eles falam além da conciência
usaria meus olhos como conselheiro
afinal, tanto poder, deve ser tratato
com sábio respeito
se eu tivesse que desejar
algo novo
em um ano novo
não ousaria sequer desejar
meus olhos revelam o que sinto
e ultrapassa um simples desejar
de rituais de final de ano
algo novo
em um novo ano
é não desejar
...
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
É TROCA DE ANO
é troca de ano
corações apertados
saudades pulsantes
de "eus" nunca existentes
arrependimentos sobre a pele
sonhos que não foram tentados
atitudes guardadas em gavetas
palavras explodem das muitas bocas
muitas desnecessárias, outras premeditadas
porque afinal, é troca de ano
o corpo quer falar
quem não é poeta
rouba as frases de outros descaradamente
quem é poeta perde as próprias ideias
os versos não se unem no papel
se embaralha em poentes e brisas na face
o silêncio é a melhor poesia
no balanço desses 365 dias
corações apertados
saudades pulsantes
de "eus" nunca existentes
arrependimentos sobre a pele
sonhos que não foram tentados
atitudes guardadas em gavetas
palavras explodem das muitas bocas
muitas desnecessárias, outras premeditadas
porque afinal, é troca de ano
o corpo quer falar
quem não é poeta
rouba as frases de outros descaradamente
quem é poeta perde as próprias ideias
os versos não se unem no papel
se embaralha em poentes e brisas na face
o silêncio é a melhor poesia
no balanço desses 365 dias
sábado, 15 de dezembro de 2012
O dia de colher
Quantos dias de plantio serão necessários para começar a colheita? E as lágrimas, são necessárias para que as sementes vinguem?
Tenho questionado minha lavoura ou quem sabe tenho só uma hortinha modesta, com pouca plantação e muita especulação. Mesmo assim questiono a água que de mim jorra e a colheita que não quer encher minhas mãos.
Dizem que é dando que se recebe, que ao estender a mão, nada deve ser esperado em troca e que tudo que vier é o merecido, o suficiente no momento ou se o que vier é pesado, ainda assim podemos carregar, porque só recebemos o peso (no caso o castigo) que podemos suportar.
E quando nada vem? E quando se planta, se cuida, se ama, se espera, mas nada vem!
Já pensaram que a palavra nada é proprietária de um vazio infinito e de uma insignificância mais infinita ainda?
Normalmente usamos o nada para expressar a falta de algo ou sua inexistência por completo. Posso não ter nada de algo que nem sei o que é, porque nunca tive ou não ter nada de algo que sei o que é e não tenho mais porque perdi, ou porque não quis mais, ou porque acabou e preciso conseguir mais, ou não ter nada por nada! Simplesmente não tenho, porque nunca tive, não conheço e nem sei como é.
Mas o que eu queria mesmo é saber qual é o dia de colher!
Tudo tem seu tempo, ou deveria ter, e esse tempo tem que ter início e fim, por isso se a gente planta em um tempo inicial, deve existir um tempo final de cada plantação para colher-lá.
Ai que tá... eu já acho que estamos plantando e colhendo simultaneamente tudo e não percebemos que o que vivemos já é a colheita. Interessante, não? Estamos tão acostumados a esperar tanto de tudo que não conseguimos pensar que já recebemos, não vemos e pior, não aproveitamos!
E é pensando assim que proponho a cada um olhar o que tem nas mãos, sentir a colheita que vingou e que nos enche as mãos sem percebermos a cada dia. Porque tudo que não é cuidado dia a dia segue o fluxo natural das coisas. E como frutos que não são degustados vão apodrecer, porém nas nossas mãos. Talvez quando for se dar conta da existência da colheita a única coisa que restará para fazer é enterrar. Afinal, nada, do sentido total da palavra, pode ser feito com o que morreu em nossas mãos, além de enterrar e começar uma nova colheita. Agora mais experiente.
Tenho questionado minha lavoura ou quem sabe tenho só uma hortinha modesta, com pouca plantação e muita especulação. Mesmo assim questiono a água que de mim jorra e a colheita que não quer encher minhas mãos.
Dizem que é dando que se recebe, que ao estender a mão, nada deve ser esperado em troca e que tudo que vier é o merecido, o suficiente no momento ou se o que vier é pesado, ainda assim podemos carregar, porque só recebemos o peso (no caso o castigo) que podemos suportar.
E quando nada vem? E quando se planta, se cuida, se ama, se espera, mas nada vem!
Já pensaram que a palavra nada é proprietária de um vazio infinito e de uma insignificância mais infinita ainda?
Normalmente usamos o nada para expressar a falta de algo ou sua inexistência por completo. Posso não ter nada de algo que nem sei o que é, porque nunca tive ou não ter nada de algo que sei o que é e não tenho mais porque perdi, ou porque não quis mais, ou porque acabou e preciso conseguir mais, ou não ter nada por nada! Simplesmente não tenho, porque nunca tive, não conheço e nem sei como é.
Mas o que eu queria mesmo é saber qual é o dia de colher!
Tudo tem seu tempo, ou deveria ter, e esse tempo tem que ter início e fim, por isso se a gente planta em um tempo inicial, deve existir um tempo final de cada plantação para colher-lá.
Ai que tá... eu já acho que estamos plantando e colhendo simultaneamente tudo e não percebemos que o que vivemos já é a colheita. Interessante, não? Estamos tão acostumados a esperar tanto de tudo que não conseguimos pensar que já recebemos, não vemos e pior, não aproveitamos!
E é pensando assim que proponho a cada um olhar o que tem nas mãos, sentir a colheita que vingou e que nos enche as mãos sem percebermos a cada dia. Porque tudo que não é cuidado dia a dia segue o fluxo natural das coisas. E como frutos que não são degustados vão apodrecer, porém nas nossas mãos. Talvez quando for se dar conta da existência da colheita a única coisa que restará para fazer é enterrar. Afinal, nada, do sentido total da palavra, pode ser feito com o que morreu em nossas mãos, além de enterrar e começar uma nova colheita. Agora mais experiente.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Quero a surpresa que só o dia de hoje pode me dar
Chega um momento que parece que a vida é folha branca. Entendo os poetas que tratam a vida como páginas de livros (eu acho que entendo). Como definir melhor um novo dia, a não ser como uma nova página? Uma surpresa!
Belíssima visão teve o poeta que viu a vida como uma folha não escrita. Não sabemos nada do momento seguinte, ele é sempre o novo, mesmo que planos tenham sido feitos, os planos no dia de hoje não tem segurança ou certeza alguma, eles ficam a disposição do eterno futuro a ser desbravado por mim, imposto pelo outro, e que é decepcionante ou quem sabe, surpreendente.
Penso que o tempo, assim como nós, possui uma lixeira. As vezes jogamos no lixo do tempo, que é o passado, ou no lixo da nossa alma, que são nossas más atitudes, os nossos momentos preciosos, fornecidos exclusivamente pela fábrica do hoje.
Nada fazemos, nada criamos, nada amamos. Mas sabemos que não existe alimento sem fome, amanhacer sem escuridão, deixar o egoísmo do eu sem amor.
Não sei nada dos meus amanhãs, zerei meu caderno, folheio páginas brancas, sem compreender seus porquês.
A vida é um devaneio, se eu pensar demais vou enlouquecer de angústia e medo, porque caminhamos em uma estrada sem conhecer o asfalto. Mas se eu me entregar a inércia, vou sofrer de solidão e tristeza, aceitar tudo, conformar-me com o que me dão. Acho que é por isso que o amanhã sempre é mais belo que o hoje, a gente precisa acreditar que o depois é algo "incrível". Afinal a covardia de ser incrível hoje é forte demais.
Vejo as pessoas falando do tempo como cura do universo, de se "desapegar", acostumarem-se com as perdas constantes, as separações geradas do egoísmo de nunca ver o próximo, as mágoas gratuítas ao ser amado, as decepções seguidas de orgulho e mais orgulho. Mesmo estando no chão, acreditam ter as verdades. E como existem verdades! Perder a verdade é como astear a bandeira branca da paz, e paz não tem cor de sangue, então é coisa de mulherzinha, de fracote, de quem busca terapia. Vai se tratar pra encontrar tua paz, vai!
Não sou provida dessas frases populares. Não entendo o que acontece na minha cabeça que acho essa história de ficar querendo dar lição de moral e mostrar aparências de estou "sempre bem" apesar de todo o mal que me fizeram uma idiotice! Não existe mal que me fizeram, ilusão, a gente é livre, o mal é resultado do mal uso da liberdade das escolhas. Não?
Tem vezes que detesto o universo feminino, principalmente porque muitas vezes me vejo afundada dentro dessa hipocrisia de mulher maravilha, acima da dor, acima do amor, acima do ser humano, e o que sou eu? Humana ou um ser de Vênus?
Se eu tenho dor que doa então, que eu chore, que eu grite, que me jogue nos braços de uma amiga, de uma mãe, de um irmão, de um amor. Que eu me jogue nos braços que chegarem mais rápido!
Por um instante viro terrorista e quero mais é que os protocolos se explodão, que as aparências se fodam e que cada um seja livre para sentir e fazer o que quiser.
Não consigo ser da tribo das "mulheres super poderosas".Todo mês minha TPM revela quem eu sou e me reconheço em várias fases. Entre lágrimas e gargalhadas revelo que sou gente e não o rótulo: mulher.
Belíssima visão teve o poeta que viu a vida como uma folha não escrita. Não sabemos nada do momento seguinte, ele é sempre o novo, mesmo que planos tenham sido feitos, os planos no dia de hoje não tem segurança ou certeza alguma, eles ficam a disposição do eterno futuro a ser desbravado por mim, imposto pelo outro, e que é decepcionante ou quem sabe, surpreendente.
Penso que o tempo, assim como nós, possui uma lixeira. As vezes jogamos no lixo do tempo, que é o passado, ou no lixo da nossa alma, que são nossas más atitudes, os nossos momentos preciosos, fornecidos exclusivamente pela fábrica do hoje.
Nada fazemos, nada criamos, nada amamos. Mas sabemos que não existe alimento sem fome, amanhacer sem escuridão, deixar o egoísmo do eu sem amor.
Não sei nada dos meus amanhãs, zerei meu caderno, folheio páginas brancas, sem compreender seus porquês.
A vida é um devaneio, se eu pensar demais vou enlouquecer de angústia e medo, porque caminhamos em uma estrada sem conhecer o asfalto. Mas se eu me entregar a inércia, vou sofrer de solidão e tristeza, aceitar tudo, conformar-me com o que me dão. Acho que é por isso que o amanhã sempre é mais belo que o hoje, a gente precisa acreditar que o depois é algo "incrível". Afinal a covardia de ser incrível hoje é forte demais.
Vejo as pessoas falando do tempo como cura do universo, de se "desapegar", acostumarem-se com as perdas constantes, as separações geradas do egoísmo de nunca ver o próximo, as mágoas gratuítas ao ser amado, as decepções seguidas de orgulho e mais orgulho. Mesmo estando no chão, acreditam ter as verdades. E como existem verdades! Perder a verdade é como astear a bandeira branca da paz, e paz não tem cor de sangue, então é coisa de mulherzinha, de fracote, de quem busca terapia. Vai se tratar pra encontrar tua paz, vai!
Não sou provida dessas frases populares. Não entendo o que acontece na minha cabeça que acho essa história de ficar querendo dar lição de moral e mostrar aparências de estou "sempre bem" apesar de todo o mal que me fizeram uma idiotice! Não existe mal que me fizeram, ilusão, a gente é livre, o mal é resultado do mal uso da liberdade das escolhas. Não?
Tem vezes que detesto o universo feminino, principalmente porque muitas vezes me vejo afundada dentro dessa hipocrisia de mulher maravilha, acima da dor, acima do amor, acima do ser humano, e o que sou eu? Humana ou um ser de Vênus?
Se eu tenho dor que doa então, que eu chore, que eu grite, que me jogue nos braços de uma amiga, de uma mãe, de um irmão, de um amor. Que eu me jogue nos braços que chegarem mais rápido!
Por um instante viro terrorista e quero mais é que os protocolos se explodão, que as aparências se fodam e que cada um seja livre para sentir e fazer o que quiser.
Não consigo ser da tribo das "mulheres super poderosas".Todo mês minha TPM revela quem eu sou e me reconheço em várias fases. Entre lágrimas e gargalhadas revelo que sou gente e não o rótulo: mulher.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Dois Pontos
eu:
engordo
emagreço
odeio
adoro
esqueço
sorrio
bufo
perco
venço
adormeço
desfaço
refaço
amanheço
escrevo
apago
reflito, reflexo
encaro, perplexo
calo
eu:
engordo
emagreço
odeio
adoro
esqueço
sorrio
bufo
perco
venço
adormeço
desfaço
refaço
amanheço
escrevo
apago
reflito, reflexo
encaro, perplexo
calo
eu:
sábado, 24 de novembro de 2012
Mudanças
talvez eu não tenha os versos certos
que componham o ritmo desse coração
tenho a noite, a chuva fina
o vento levemente frio que gela meus pés
nessa primeira noite da minha nova solidão
estar sozinha é hábito antigo
os inícios dolorosamente são sós
os fins também, por mais otimistas que possam ser
ainda são sós
a solidão sempre assusta
lembra melancolia, medo
e lembra que é a própria solidão
a menina dura se vê muda
o único parceiro de prosa
é o soluço que quebra o silêncio noturno
ou as torneiras que pingam e os móveis que estalam
a casa ficou revirada, os móveis estão trocando de lugar
não mais aqui voltarão, não, não
um ciclo encerra com o lacrar das caixas
o burburinho dos nós dos sacos plásticos
a porta que será fechada em breve
guardará o vazio de fragmentos de tempos
vivos agora só em memórias, em marcas nas paredes
no sopro da brisa que transita entre os cômodos
e entre as frestas abertas pelos cupins
não sei o que tem do outro lado da porta
descendo as escadas, seguindo a avenida
depois do trem, do portão grandão, da nova porta lacrada
eu apenas irei, mas o medo agora mora em mim
sou muro úmido, cinza, invisível, solúvel
me chamo "não sei"
que componham o ritmo desse coração
tenho a noite, a chuva fina
o vento levemente frio que gela meus pés
nessa primeira noite da minha nova solidão
estar sozinha é hábito antigo
os inícios dolorosamente são sós
os fins também, por mais otimistas que possam ser
ainda são sós
a solidão sempre assusta
lembra melancolia, medo
e lembra que é a própria solidão
a menina dura se vê muda
o único parceiro de prosa
é o soluço que quebra o silêncio noturno
ou as torneiras que pingam e os móveis que estalam
a casa ficou revirada, os móveis estão trocando de lugar
não mais aqui voltarão, não, não
um ciclo encerra com o lacrar das caixas
o burburinho dos nós dos sacos plásticos
a porta que será fechada em breve
guardará o vazio de fragmentos de tempos
vivos agora só em memórias, em marcas nas paredes
no sopro da brisa que transita entre os cômodos
e entre as frestas abertas pelos cupins
não sei o que tem do outro lado da porta
descendo as escadas, seguindo a avenida
depois do trem, do portão grandão, da nova porta lacrada
eu apenas irei, mas o medo agora mora em mim
sou muro úmido, cinza, invisível, solúvel
me chamo "não sei"
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Coração
e
quando
chegar
o
amor
a
palavra
cala
os
olhos
pulsam
o
gesto
fala
e o coração
troca o peito
a
palavra
cala
os
olhos
pulsam
o
gesto
fala
e o coração
troca o peito
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Te procurei
no meu diário
dentro do porta retrato
em cima da estante
fichário, armário, cabeçalho
saco plástico, porta-luvas do carro
bolso do casado, das calças, da abertura interna da bolsa
no celular, no dicionário atualizado
na caixa de sapatos, agasalho dobrado
ar-condicionado, estacionamento, livro mofado
macarrão ao molho pardo, televisor, computador
no papel rascunho amassado, poesia não iniciada
na fresta da janela que dá pro pátio
no peito, na boca, embaixo do braço
na unha, na coxa, na nuca, no beijo molhado
no fundo do mar, no topo da árvore, no meu lado
procurei você como um louco desesperado
mesmo assim, não te encontrei
ah, mas que cabeça tola essa minha
procurar por algo que nunca foi guardado
dentro do porta retrato
em cima da estante
fichário, armário, cabeçalho
saco plástico, porta-luvas do carro
bolso do casado, das calças, da abertura interna da bolsa
no celular, no dicionário atualizado
na caixa de sapatos, agasalho dobrado
ar-condicionado, estacionamento, livro mofado
macarrão ao molho pardo, televisor, computador
no papel rascunho amassado, poesia não iniciada
na fresta da janela que dá pro pátio
no peito, na boca, embaixo do braço
na unha, na coxa, na nuca, no beijo molhado
no fundo do mar, no topo da árvore, no meu lado
procurei você como um louco desesperado
mesmo assim, não te encontrei
ah, mas que cabeça tola essa minha
procurar por algo que nunca foi guardado
Abaixo!
abaixo as teorias
as frases de efeito
os corações partidos ao meio
abaixo a covardia
ao orgulho egoísta
ao preconceito de dar o direto
abaixo as velhas experiências
que engessam o presente
e atrasam a felicidade
abaixo a utopia que me guia!
queria mesmo
era ser um abaixo-assinado
Abaixo!
as frases de efeito
os corações partidos ao meio
abaixo a covardia
ao orgulho egoísta
ao preconceito de dar o direto
abaixo as velhas experiências
que engessam o presente
e atrasam a felicidade
abaixo a utopia que me guia!
queria mesmo
era ser um abaixo-assinado
Abaixo!
Amor Lápis de cor
eu sei
que todo amor
é lápis de múltiplas cores
arco-íris de um céu sem fim
eu sei
que a chuva é necessária
não apenas para lavar as dores
mas para evidênciar as cores
colocar a prova a intensidade
do amor-cor que habita ali
eu sei
que se todos os dias fossem belos e ensolarados
nossa! como seria chato e falso
as luzes esconderiam os segredos
que aparecem quando o céu está acinzentado
permitindo exibir o lado sombrio
que todo ser guarda a sete chaves
e que somente quando conhece o amor-cor
compreende que a felicidade não combina
com trancas, restrições ou cadeados
eu sei
que sobreviver aos temporais
é uma arte para um coração ávido
pois as lágrimas da chuva
afugentam os sentimentos
parecidos com o amor
já aqueles que possuem uma profundidade
fundida de múltiplas cores
são capazes de não escorrerem
água abaixo em dias ruins
então em turvas águas se fortalecem
os corações dos sábios enamorados
se unem ao invés de duelarem suas mágoas
e contemplam de corpos entrelaçados
o céu com suas diferentes paisagens
mas o que eu mais sei e não sei se você sabe
é que nada se sabe quando se envolve:
amor, céu e profundidade
nesse mundo de arco-íris artificiais
pintados por lápis de cores quebrados
o raso, o ralo e o básico
ganham cada vez mais espaço
são raras as pinturas duráveis
que transmitam a alma do autor
que todo amor
é lápis de múltiplas cores
arco-íris de um céu sem fim
eu sei
que a chuva é necessária
não apenas para lavar as dores
mas para evidênciar as cores
colocar a prova a intensidade
do amor-cor que habita ali
eu sei
que se todos os dias fossem belos e ensolarados
nossa! como seria chato e falso
as luzes esconderiam os segredos
que aparecem quando o céu está acinzentado
permitindo exibir o lado sombrio
que todo ser guarda a sete chaves
e que somente quando conhece o amor-cor
compreende que a felicidade não combina
com trancas, restrições ou cadeados
eu sei
que sobreviver aos temporais
é uma arte para um coração ávido
pois as lágrimas da chuva
afugentam os sentimentos
parecidos com o amor
já aqueles que possuem uma profundidade
fundida de múltiplas cores
são capazes de não escorrerem
água abaixo em dias ruins
então em turvas águas se fortalecem
os corações dos sábios enamorados
se unem ao invés de duelarem suas mágoas
e contemplam de corpos entrelaçados
o céu com suas diferentes paisagens
mas o que eu mais sei e não sei se você sabe
é que nada se sabe quando se envolve:
amor, céu e profundidade
nesse mundo de arco-íris artificiais
pintados por lápis de cores quebrados
o raso, o ralo e o básico
ganham cada vez mais espaço
são raras as pinturas duráveis
que transmitam a alma do autor
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Da Rocha ao Equilíbrio
a tantas ofensas
furia e mágoa
qual será o motivo
desses olhos secos
vidrados como máquina
onde está a doçura
do coração amado
foi colocada em
que parte da sua face
por um instante
pense sem revidar
que a leveza do seu ser
encontrará na mente
as respostas pro seu bem estar
furia e mágoa
qual será o motivo
desses olhos secos
vidrados como máquina
onde está a doçura
do coração amado
foi colocada em
que parte da sua face
por um instante
pense sem revidar
que a leveza do seu ser
encontrará na mente
as respostas pro seu bem estar
Fria e Calculada
há muita gente nessa reunião de fadas
com suas meiguices e afagos
vestem-se essa gente tão virtuosa
todos vivem em toda parte
doces criaturas encantadas
não magoam, não falam alto
não gorjeiam, não olham atravessado
procuram-se alegres, sempre animados
querem dividir a gentileza
a destreza de suas almas empáticas
que não toleram fala seca ou áspera
são contagiantes peregrinos da vida mágica
oposta a eles
sento eu
não sou
nem muito doce
nem pouco amarga
há vezes cuspo osso
outras farpas
perco-me olhando os risinhos de simpatia exagerada
lamento não rir como eles, queria achar tanta graça
é tanto lambuzo que repuno da cena presenciada
seria eu um casulo ou uma rocha mal-amada?
conforto-me ao pensar na frágil Cecília falando sobre pedras
volto a confiar em mim e no tempo que reformula
as águas que nascem e morrem paradas e geladas
sem deixarem um instante a transparência de serem águas
digo confiando em mim e não nas fadas
"mesmo as pedras com o tempo mudam"
nem sempre serei só tábua
com suas meiguices e afagos
vestem-se essa gente tão virtuosa
todos vivem em toda parte
doces criaturas encantadas
não magoam, não falam alto
não gorjeiam, não olham atravessado
procuram-se alegres, sempre animados
querem dividir a gentileza
a destreza de suas almas empáticas
que não toleram fala seca ou áspera
são contagiantes peregrinos da vida mágica
oposta a eles
sento eu
não sou
nem muito doce
nem pouco amarga
há vezes cuspo osso
outras farpas
perco-me olhando os risinhos de simpatia exagerada
lamento não rir como eles, queria achar tanta graça
é tanto lambuzo que repuno da cena presenciada
seria eu um casulo ou uma rocha mal-amada?
conforto-me ao pensar na frágil Cecília falando sobre pedras
volto a confiar em mim e no tempo que reformula
as águas que nascem e morrem paradas e geladas
sem deixarem um instante a transparência de serem águas
digo confiando em mim e não nas fadas
"mesmo as pedras com o tempo mudam"
nem sempre serei só tábua
domingo, 4 de novembro de 2012
Carta a uma Mãe
abraço-me ao livro que leio
como gostaria de entrelaçar
meus braços em tua sabedoria
beijo com fervura as palavras
escorrendo em meus olhos
gotas de paz que só encontraria em ti
quando sinto tua ausência
é a presença fazendo-se lembrar
de um tempo perdido
em que teus braços eram o único abrigo
que eu queria por longo tempo repousar
sei que está longe do meu toque
talvez nunca compreenda
porquê desfis-me de teu ninho
mais cedo que o previsto
excluindo-me do universo
que me incluiu
sei que não saí para um casamento
nem para viver um grande amor
ou para aventurar-me em tolices
que minha idade sugeria
mas não, não foi por isso que parti
talvez nunca encontremos
o motivo real desse tempo que nos desuniu
os porquês dessa distância
que se cravou em nós
talvez os sentimentos se misturem
com lembranças de um ontem
que o presente amorteceu
talvez não veja muito do que ensinaste
como minha ideologia atual
ou nos passos que avanço solitária de teu colo
e que nunca te convenças ao ver o que me tornei
que os melhores caminhos construíste no meu peito
justo quando caminhei tão distante do teu
talvez essa conversa tenha um fim não escrito
porém apenas lhe digo querida mamãe
que nunca haverá amor maior que o teu
como gostaria de entrelaçar
meus braços em tua sabedoria
beijo com fervura as palavras
escorrendo em meus olhos
gotas de paz que só encontraria em ti
quando sinto tua ausência
é a presença fazendo-se lembrar
de um tempo perdido
em que teus braços eram o único abrigo
que eu queria por longo tempo repousar
sei que está longe do meu toque
talvez nunca compreenda
porquê desfis-me de teu ninho
mais cedo que o previsto
excluindo-me do universo
que me incluiu
sei que não saí para um casamento
nem para viver um grande amor
ou para aventurar-me em tolices
que minha idade sugeria
mas não, não foi por isso que parti
talvez nunca encontremos
o motivo real desse tempo que nos desuniu
os porquês dessa distância
que se cravou em nós
talvez os sentimentos se misturem
com lembranças de um ontem
que o presente amorteceu
talvez não veja muito do que ensinaste
como minha ideologia atual
ou nos passos que avanço solitária de teu colo
e que nunca te convenças ao ver o que me tornei
que os melhores caminhos construíste no meu peito
justo quando caminhei tão distante do teu
talvez essa conversa tenha um fim não escrito
porém apenas lhe digo querida mamãe
que nunca haverá amor maior que o teu
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Conversa Série
veja bem
o problema não é você
o problema não sou eu
o problema é um penetra
o problema do problema
foi não ter sido convidado
erro grave cometido nos inícios
de todos quando estão apaixonados
mas agora olhando para ele
o problema é tão adorável
ele é um parceiro
um amigo diário
ele não reclama
ele não impõe condições
ele não cobra horários
tenho que bater continência
o problema é adimirável
o problema se é ignorado
não desiste, não fica bravo
não dorme no sofá, nem fica acordado
o problema se desafiado
fica mais forte
torna-se necessário
ah esse problema
que resistência a tudo
um eterno obstinado
mesmo sem ser convidado
tem lugar cativo, é ativo
está sempre alerta
um verdadeiro guerreiro armado
então
o problema não é você
o problema não sou eu
que essa parte do problema
fique bem claro
o problema não é você
o problema não sou eu
o problema é um penetra
o problema do problema
foi não ter sido convidado
erro grave cometido nos inícios
de todos quando estão apaixonados
mas agora olhando para ele
o problema é tão adorável
ele é um parceiro
um amigo diário
ele não reclama
ele não impõe condições
ele não cobra horários
tenho que bater continência
o problema é adimirável
o problema se é ignorado
não desiste, não fica bravo
não dorme no sofá, nem fica acordado
o problema se desafiado
fica mais forte
torna-se necessário
ah esse problema
que resistência a tudo
um eterno obstinado
mesmo sem ser convidado
tem lugar cativo, é ativo
está sempre alerta
um verdadeiro guerreiro armado
então
o problema não é você
o problema não sou eu
que essa parte do problema
fique bem claro
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Eu sou mais bonita na foto do que pessoalmente
Pois é, descobri recentemente que sou mais bonita na foto do que pessoalmente no espelho.
Adoro tirar fotos. Hábito que pratico desde que apareceram com um flash na minha frente. Aos nove anos ganhei minha primeira câmera fotográfica. Nossa fiz muitos books meus com ela. Até parede de casa vazio era cenário para pose.
Uma vez tirei trinta e seis fotos com uma amiga, a Lidiane, em uma só noite.
Enfim, ter ficado mais grandinha, não matou essa paixão de contemplar meu semblante através de uma imagem. O que mudou foi a foto. Antes eu carteava papéis com tamanhos exatos, agora eu clico em um botão e avanço até chegar na mesma foto que iniciei a olhar. Se eu gostar muito da imagem, recorto ela no computador, faço efeitos, mudo de cores, brinco de editora de catálogo de moda.
Isso não tem muito a ver com o que me fez pensar no assunto.
É que ultimamente andei olhando fotos antigas e até mais recentes e vi uma certa falsidade na imagem imóvel e congelada.
Claro que sou eu. São meus olhos, minha boca, meus cabelos, meu sorriso e até meu corpo (esse é o que mais demonstra falsidade), mas se eu pegar uma câmera agora, a foto que sairia poderia colocar em dúvida se realmente somos a mesma pessoa.
Vou chamar isso de realidade extrema. É isso, essa cara que escreve agora é minha realidade extrema. Estou de roupa de andar em casa, sem maquiagem alguma, com o cabelo desalinhado e com uma certa gripe.
As fotografias não são tiradas para mostrar isso, por isso que a gente costuma dizer que vai se arrumar para tirar foto. A gente se prepara antes para registrar uma versão arrumada da nossa imagem (isso cabe bem para mulheres) porquê não adimitimos nos revelarmos como nossa realidade extrema se apresenta. Imagine, cílios minúsculos sem rímel, seria inaceitável!
No fim são centenas de imagens agradáveis e nenhuma da verdade, ou você tiraria uma foto quando acorda e colocaria em uma rede social?
É, não só as fotos revelam a nossa utopia física, elas fazem pensar que o tempo inteiro, sem percebermos ou planejarmos, nos arrumamos para o mundo. Acho que é por isso que as pessoas se enganam tanto.
Nem todo mundo aguenta ser a foto o tempo inteiro e nem todo mundo que a gente conhece está interessado em ver como é antes de se arrumar pra foto.
Posso dizer que o elogio mais sincero é a do apaixonado dizendo como eu sou linda acordando ou enquanto choro e que a maior prova de intimidade para uma mulher com alguém é conseguir abrir a porta de casa do jeito que estava. Afinal somos tão articulados em esconder nossa realidade extrema que não revelamos ela para qualquer amigo ou amor, as vezes forjamos até a aparência de ficar em casa.
Não é fácil encarar o espelho com a cara limpa, quem dirá o resto. Tem que ter coragem e um kit básico para fotografia. Principalmente as fotos sem câmeras diárias!
Adoro tirar fotos. Hábito que pratico desde que apareceram com um flash na minha frente. Aos nove anos ganhei minha primeira câmera fotográfica. Nossa fiz muitos books meus com ela. Até parede de casa vazio era cenário para pose.
Uma vez tirei trinta e seis fotos com uma amiga, a Lidiane, em uma só noite.
Enfim, ter ficado mais grandinha, não matou essa paixão de contemplar meu semblante através de uma imagem. O que mudou foi a foto. Antes eu carteava papéis com tamanhos exatos, agora eu clico em um botão e avanço até chegar na mesma foto que iniciei a olhar. Se eu gostar muito da imagem, recorto ela no computador, faço efeitos, mudo de cores, brinco de editora de catálogo de moda.
Isso não tem muito a ver com o que me fez pensar no assunto.
É que ultimamente andei olhando fotos antigas e até mais recentes e vi uma certa falsidade na imagem imóvel e congelada.
Claro que sou eu. São meus olhos, minha boca, meus cabelos, meu sorriso e até meu corpo (esse é o que mais demonstra falsidade), mas se eu pegar uma câmera agora, a foto que sairia poderia colocar em dúvida se realmente somos a mesma pessoa.
Vou chamar isso de realidade extrema. É isso, essa cara que escreve agora é minha realidade extrema. Estou de roupa de andar em casa, sem maquiagem alguma, com o cabelo desalinhado e com uma certa gripe.
As fotografias não são tiradas para mostrar isso, por isso que a gente costuma dizer que vai se arrumar para tirar foto. A gente se prepara antes para registrar uma versão arrumada da nossa imagem (isso cabe bem para mulheres) porquê não adimitimos nos revelarmos como nossa realidade extrema se apresenta. Imagine, cílios minúsculos sem rímel, seria inaceitável!
No fim são centenas de imagens agradáveis e nenhuma da verdade, ou você tiraria uma foto quando acorda e colocaria em uma rede social?
É, não só as fotos revelam a nossa utopia física, elas fazem pensar que o tempo inteiro, sem percebermos ou planejarmos, nos arrumamos para o mundo. Acho que é por isso que as pessoas se enganam tanto.
Nem todo mundo aguenta ser a foto o tempo inteiro e nem todo mundo que a gente conhece está interessado em ver como é antes de se arrumar pra foto.
Posso dizer que o elogio mais sincero é a do apaixonado dizendo como eu sou linda acordando ou enquanto choro e que a maior prova de intimidade para uma mulher com alguém é conseguir abrir a porta de casa do jeito que estava. Afinal somos tão articulados em esconder nossa realidade extrema que não revelamos ela para qualquer amigo ou amor, as vezes forjamos até a aparência de ficar em casa.
Não é fácil encarar o espelho com a cara limpa, quem dirá o resto. Tem que ter coragem e um kit básico para fotografia. Principalmente as fotos sem câmeras diárias!
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
O que está por vir!
restam-me agora todos os dias
encobertos pelo crepúsculo
protegidos pelas noites escuras
resta-me agora toda a vida pela frente
regrada de boa saúde mental
desconhecida de suas novidades banais
restam-me agora todas as viagens que eu queira realizar
sejam elas para países diferentes do oriente
sejam elas pro interior fascinante que é a mente
resta-me agora toda a inveja por mim ignorada
das pessoas mal amadas por si mesmas
e também daquelas solitárias que observam-me anônimas
resta-me agora o prazer dos verões quentes
das primaveras que serão florescentes
e dos invernos frios que unem as amizades
restam-me agora os amigos que ficarão após o furacão
aqueles pelo qual o meu mau humor, mau hálito e fracasso
seguirão ainda comigo mais apaixonados e loucos
sem sequer piscarem ou pensarem em desistir
resta-me agora um futuro inteiro de amor ainda não descoberto
aguardando em silêncio e mistérios
a bendita hora de se perder por mim
É o que me resta!
encobertos pelo crepúsculo
protegidos pelas noites escuras
resta-me agora toda a vida pela frente
regrada de boa saúde mental
desconhecida de suas novidades banais
restam-me agora todas as viagens que eu queira realizar
sejam elas para países diferentes do oriente
sejam elas pro interior fascinante que é a mente
resta-me agora toda a inveja por mim ignorada
das pessoas mal amadas por si mesmas
e também daquelas solitárias que observam-me anônimas
resta-me agora o prazer dos verões quentes
das primaveras que serão florescentes
e dos invernos frios que unem as amizades
restam-me agora os amigos que ficarão após o furacão
aqueles pelo qual o meu mau humor, mau hálito e fracasso
seguirão ainda comigo mais apaixonados e loucos
sem sequer piscarem ou pensarem em desistir
resta-me agora um futuro inteiro de amor ainda não descoberto
aguardando em silêncio e mistérios
a bendita hora de se perder por mim
É o que me resta!
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Longe de ti
ah essa dor que rasga
essa dor que queima
essa dor que me parte em várias
como diz o poeta, só quem
sente dor pode entendê-la
a dor que sangra
que entristece
que me afasta de ti
é a dor da saudade
da pele, do toque
do teu corpo no meu
do teu olhar em desafio
é a dor de ter diversos travesseiros macios
e nenhum conforto longe de ti
essa dor que queima
essa dor que me parte em várias
como diz o poeta, só quem
sente dor pode entendê-la
a dor que sangra
que entristece
que me afasta de ti
é a dor da saudade
da pele, do toque
do teu corpo no meu
do teu olhar em desafio
é a dor de ter diversos travesseiros macios
e nenhum conforto longe de ti
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Palavras de Motivação
Vejo tantas pessoas a nossa volta falando nas motivações sobre a coragem, iniciativa e atitude. E no entanto quantas delas possuem esses itens em suas vidas, quantas delas apenas os citam em seus discursos "furados", sem ao menos compreender o significado de alguma dessas palavras que levam aos ouvidos a sensação da adrenalina ao imaginá-las em ação.
Quando ouço essas palavras meu pensamento se remete ao auto-conhecimento do ser. Não vejo razão para termos coragem, iniciativa e atitude se não soubermos como aplicá-las de forma coerente ao que realmente buscamos em nossa existência.
O fato é que essas três palavras não são sinônimos de sucesso, tão pouco de coisas boas. Elas se enquandram em ambos os lados da força, sendo razões de muitos resultados em si.
No noticiário, fulano teve coragem para atirar-se de uma ponte impedindo a continuação de sua vida, ciclano possuiu a iniciativa de comprar a arma para matar seu desafeto e todos a atitude de executar seus pensamentos perversos.
Escrevo sobre isso para ter uma percepção do que antencede o além da ação que nos move aos resultados. Elas podem ser facilmente confundidas dependendo de quem as faz para o bem ou para o mau. O que vem antes no entanto é o indivíduo e suas limitações, construidas pelo ambiente sócio-cultural que foi imposto ou opcional crescer, quais os principios que enraizaram-se em sua identidade e qual a importância que este dá ou não para a coragem, iniciativa ou atitude.
De nada agrega discursos motivacionais, se o próprio eu é o maior desconhecido do ouvinte da motivação.
Quando ouço essas palavras meu pensamento se remete ao auto-conhecimento do ser. Não vejo razão para termos coragem, iniciativa e atitude se não soubermos como aplicá-las de forma coerente ao que realmente buscamos em nossa existência.
O fato é que essas três palavras não são sinônimos de sucesso, tão pouco de coisas boas. Elas se enquandram em ambos os lados da força, sendo razões de muitos resultados em si.
No noticiário, fulano teve coragem para atirar-se de uma ponte impedindo a continuação de sua vida, ciclano possuiu a iniciativa de comprar a arma para matar seu desafeto e todos a atitude de executar seus pensamentos perversos.
Escrevo sobre isso para ter uma percepção do que antencede o além da ação que nos move aos resultados. Elas podem ser facilmente confundidas dependendo de quem as faz para o bem ou para o mau. O que vem antes no entanto é o indivíduo e suas limitações, construidas pelo ambiente sócio-cultural que foi imposto ou opcional crescer, quais os principios que enraizaram-se em sua identidade e qual a importância que este dá ou não para a coragem, iniciativa ou atitude.
De nada agrega discursos motivacionais, se o próprio eu é o maior desconhecido do ouvinte da motivação.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Tempo Sorrateiro
não escolhi o amor
que carrego nesse peito
por ti entregaria a vida
lhe concederia todos os
desejos
não planejei amá-lo
quando o encontrei
nem ao menos
lhe conheci
o tempo sorrateiro
fez você morar
em meus desejos
hoje mesmo
sem vê-lo
o amo
em silêncio
e segredo
que carrego nesse peito
por ti entregaria a vida
lhe concederia todos os
desejos
não planejei amá-lo
quando o encontrei
nem ao menos
lhe conheci
o tempo sorrateiro
fez você morar
em meus desejos
hoje mesmo
sem vê-lo
o amo
em silêncio
e segredo
Mais uma vez
se pudesse
te teria em meus braços
só para tê-lo ligado a mim
mais uma vez
se pudesse
te abraçaria apertado
e em meio a afagos
falaria que o amo
antes de lhe pertencer
se pudesse
mudaria o passado
lhe teria ao meu lado
pagaria pra ver
te teria em meus braços
só para tê-lo ligado a mim
mais uma vez
se pudesse
te abraçaria apertado
e em meio a afagos
falaria que o amo
antes de lhe pertencer
se pudesse
mudaria o passado
lhe teria ao meu lado
pagaria pra ver
Escuridão
busco palavras
no cair da noite
dentro do escurecer
um dicionário
um dialeto
um novo mistério
quem sabe alfabético
para quem sabe
enfim
dentro dele
me reconhecer
no cair da noite
dentro do escurecer
um dicionário
um dialeto
um novo mistério
quem sabe alfabético
para quem sabe
enfim
dentro dele
me reconhecer
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Poema direto
se eu não te amasse
eu:
xingava
chorava
gritava
saltava
calava
bufava
clamava
rasgava
pintava
quebrava
dizendo ser
em nome
de tanta
paixão
mas como eu te amo
eu:
xingo
choro
grito
salto
calo
bufo
clamo
rasgo
pinto
quebro
tudo ao mesmo tempo
em forma de verso
mantendo a beleza
de um poema direto
sobre amor e paixão
eu:
xingava
chorava
gritava
saltava
calava
bufava
clamava
rasgava
pintava
quebrava
dizendo ser
em nome
de tanta
paixão
mas como eu te amo
eu:
xingo
choro
grito
salto
calo
bufo
clamo
rasgo
pinto
quebro
tudo ao mesmo tempo
em forma de verso
mantendo a beleza
de um poema direto
sobre amor e paixão
Amor profundo
quando eu entrar na tua mente
invadir o teu raciocínio lógico
interagir com teus neurônios
fazer amizade com tuas conecções nervosas
teu inconciente ciente, demente, inteligente
então
eu penetrarei nas tuas entranhas
transitarei por teus tímpanos
olharei pelas tuas córneas
salivarei pela tua língua
andarei pelo teu fêmur
pisarei com os teus calcanhares
mastigarei com os teus molares
sorrirei com tuas duas faces
e enfim
quando por tudo em ti já me pertencer
habitarei em teu vermelho viscoso
cheio de artérias, veias e ideias
sangrento e nobre coração
em silêncio, quase muda
para não interromper as batidas
descompassadas do nosso amor
profundo
invadir o teu raciocínio lógico
interagir com teus neurônios
fazer amizade com tuas conecções nervosas
teu inconciente ciente, demente, inteligente
então
eu penetrarei nas tuas entranhas
transitarei por teus tímpanos
olharei pelas tuas córneas
salivarei pela tua língua
andarei pelo teu fêmur
pisarei com os teus calcanhares
mastigarei com os teus molares
sorrirei com tuas duas faces
e enfim
quando por tudo em ti já me pertencer
habitarei em teu vermelho viscoso
cheio de artérias, veias e ideias
sangrento e nobre coração
em silêncio, quase muda
para não interromper as batidas
descompassadas do nosso amor
profundo
Mais um querer
quero o doce dos seus lábios
a acariciar os meus já cerrados
após o desabafo demasiado
de mil motivos sem motivos
que parecem não ter fim
quero a malícia muda
do seu olhar inquisidor
em combate com os meus
olhos de clemência
que perante a sua presença
transbordam de vontade
de repetir sim e sim
quero a sua pele descoberta
nessa sua temperatura
que quase sempre acerta
fazendo ebolição com
o ritmo cardiaco
que pulsa no coração
que queima por ti
quero aproveitar a realidade
que é perdida em tantas bobagens
que não me deixam viver de verdade
esse amor que cresce em mim
a acariciar os meus já cerrados
após o desabafo demasiado
de mil motivos sem motivos
que parecem não ter fim
quero a malícia muda
do seu olhar inquisidor
em combate com os meus
olhos de clemência
que perante a sua presença
transbordam de vontade
de repetir sim e sim
quero a sua pele descoberta
nessa sua temperatura
que quase sempre acerta
fazendo ebolição com
o ritmo cardiaco
que pulsa no coração
que queima por ti
quero aproveitar a realidade
que é perdida em tantas bobagens
que não me deixam viver de verdade
esse amor que cresce em mim
sábado, 1 de setembro de 2012
Já é tarde
já é tarde
a noite queima a vida
que ardia por aqui
o escuro esconde
os suspiros de saudade
as lágrimas das imagens
que assombram a mente
toda vez que a luz se vai
já é tarde
os olhos marejados
buscam descanso
no travesseiro macio
das memórias descartáveis
de um tempo encantador
a poesia não tem mais nome
os versos não rimam com as cores
adormecer tornou-se o melhor prazer
afinal, já é tarde
a noite queima a vida
que ardia por aqui
o escuro esconde
os suspiros de saudade
as lágrimas das imagens
que assombram a mente
toda vez que a luz se vai
já é tarde
os olhos marejados
buscam descanso
no travesseiro macio
das memórias descartáveis
de um tempo encantador
a poesia não tem mais nome
os versos não rimam com as cores
adormecer tornou-se o melhor prazer
afinal, já é tarde
sábado, 11 de agosto de 2012
Pai
deixa-me dizer em versos
o que por muito tempo
tenho guardado aqui
permita-me expressar
o amor incondicional
que imensamente sinto por ti
deixa-me confessar que
és meu símbolo de liderança
veio de ti minha auto-confiança
e essa voz de raio e trovão
permita-me lembrar
as muitas noites que ficaste em claro
as longas conversas que criaste
para ensinar-me
que a vida não seria fácil
que aquele momento passaria
mas aquelas palavras suas
para sempre me aconselhariam
deixa-me no dia de hoje
fazer-te um ser incomum
um herói sem uniforme
um humano que é todo coração
então entederás
que para mim
muito mais
que hoje é teu dia
o teu dia nunca tem fim
teus são todos os dias de minha vida
do amanhecer ao adormecer
por ti um novo amor
sentirei
o que por muito tempo
tenho guardado aqui
permita-me expressar
o amor incondicional
que imensamente sinto por ti
deixa-me confessar que
és meu símbolo de liderança
veio de ti minha auto-confiança
e essa voz de raio e trovão
permita-me lembrar
as muitas noites que ficaste em claro
as longas conversas que criaste
para ensinar-me
que a vida não seria fácil
que aquele momento passaria
mas aquelas palavras suas
para sempre me aconselhariam
deixa-me no dia de hoje
fazer-te um ser incomum
um herói sem uniforme
um humano que é todo coração
então entederás
que para mim
muito mais
que hoje é teu dia
o teu dia nunca tem fim
teus são todos os dias de minha vida
do amanhecer ao adormecer
por ti um novo amor
sentirei
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Doce Saudade
na boca invade
o calor suave
trazido do peito
nos lábios
belo e doce cenário
mordidas
suspiros
delícias
doçuras
anseios
é a saudade rasteira
chegando em silêncio
querendo seus beijos
o calor suave
trazido do peito
nos lábios
belo e doce cenário
mordidas
suspiros
delícias
doçuras
anseios
é a saudade rasteira
chegando em silêncio
querendo seus beijos
sábado, 4 de agosto de 2012
Inimigas
ela possui um poder
que jamais terei
é dotada de um
caráter chantagista
cultivado por ser
egoísta na arte
de querer ter
sempre realizado
o seu fabuloso
teatro, que carece
de um vencer sem fim
o fim carrega
um peso de passado
misturado com sonhos
frustrados nunca
idealizados quando
pode, enfim
ela possui uma magia
mais branca do que negra
pura energia fria
de entristecer ao outro
por ser tão ruim
o ruim vem sem maldade
foi construido pela falta
de coragem, ilusões
de realidade que a faz
viver presa em liberdade
por não aceitar ser assim
ela possui segredos e viagens
histórias com paisagens
lágrimas e gargalhadas
mágoas mal guardadas
felicidades não completadas
ela possui no intimo dela
um desejo de comer meu rim
mas nenhum mal desejo a ela
apenas que evoluia
já que pensa tanto
em mim
que jamais terei
é dotada de um
caráter chantagista
cultivado por ser
egoísta na arte
de querer ter
sempre realizado
o seu fabuloso
teatro, que carece
de um vencer sem fim
o fim carrega
um peso de passado
misturado com sonhos
frustrados nunca
idealizados quando
pode, enfim
ela possui uma magia
mais branca do que negra
pura energia fria
de entristecer ao outro
por ser tão ruim
o ruim vem sem maldade
foi construido pela falta
de coragem, ilusões
de realidade que a faz
viver presa em liberdade
por não aceitar ser assim
ela possui segredos e viagens
histórias com paisagens
lágrimas e gargalhadas
mágoas mal guardadas
felicidades não completadas
ela possui no intimo dela
um desejo de comer meu rim
mas nenhum mal desejo a ela
apenas que evoluia
já que pensa tanto
em mim
Verso
na
delicadeza
de
um
poema
traduz
o
universo
na
sutileza
de
ser
inverso
é
fome
sede
arrepio
versos
delicadeza
de
um
poema
traduz
o
universo
na
sutileza
de
ser
inverso
é
fome
sede
arrepio
versos
quinta-feira, 19 de julho de 2012
domingo, 1 de julho de 2012
Sem fim
vem e toca
com a língua
a vontade reprimida
de incitar-me
loucas fantasias
docemente
como o poente
fico em brasa
no cio
é o ardor
eloquente
que provém
de teu símbolo
viril
que me enche
brutamente
transbordando
o que era seco e vazio
quando ao fundo me sente
pertenço a avidez
do teu prazer
que antes ausente
desconhecia
de mim
e diante de teu gosto
sacio-me em gozo
o presente é uma
vertente que goteja
dois universos ungidos
por um querer sem fim
com a língua
a vontade reprimida
de incitar-me
loucas fantasias
docemente
como o poente
fico em brasa
no cio
é o ardor
eloquente
que provém
de teu símbolo
viril
que me enche
brutamente
transbordando
o que era seco e vazio
quando ao fundo me sente
pertenço a avidez
do teu prazer
que antes ausente
desconhecia
de mim
e diante de teu gosto
sacio-me em gozo
o presente é uma
vertente que goteja
dois universos ungidos
por um querer sem fim
sábado, 30 de junho de 2012
Impulso
o impulso
deve vir
de um lugar
bem escuro
a clareza
das ideiais
não permitiria
as consequências
de seus absurdos
deve vir
de um lugar
bem escuro
a clareza
das ideiais
não permitiria
as consequências
de seus absurdos
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Insegurança
é querer
segurar forte
prender firme
não soltar
nunca mais
e mesmo assim
sentir que o vazio
ainda enche
suas mãos
insegurança
é a sinópse fictícia
do excesso
de imaginação
em vão
Instrumento Humano
quero compor-me na
canção mais bonita
ser inspiração precisa
de melodias
enlouquecidas
nunca escritas por ti
ser acorde
solfejo, arranjo
teu único e
maior desejo
então
quando feliz em um ensejo
você faria uma apresentação exclusiva
usando como instrumento
apenas a mim
seus dedos deslizariam minha pele
dedilhando-me as curvas
da mesma forma amena e bruta
que vorazmente sua guitarra o tem
quando por ela você está afim
canção mais bonita
ser inspiração precisa
de melodias
enlouquecidas
nunca escritas por ti
ser acorde
solfejo, arranjo
teu único e
maior desejo
então
quando feliz em um ensejo
você faria uma apresentação exclusiva
usando como instrumento
apenas a mim
seus dedos deslizariam minha pele
dedilhando-me as curvas
da mesma forma amena e bruta
que vorazmente sua guitarra o tem
quando por ela você está afim
Sem Exagero
já é tarde
os olhos pesam
há dias que dormir
tornou-se um tédio
pensar em você
cura mais que
qualquer remédio
a solidão
é coisa
de velho
interno
preciso me cuidar
com esses exageros
amor de mais
causa desespero
falta de vida própria
redução de peso
ou não.
os olhos pesam
há dias que dormir
tornou-se um tédio
pensar em você
cura mais que
qualquer remédio
a solidão
é coisa
de velho
interno
preciso me cuidar
com esses exageros
amor de mais
causa desespero
falta de vida própria
redução de peso
ou não.
domingo, 24 de junho de 2012
Possibilidades
poderia acariciá-lo com palavras
despí-lo com adjetivos
inibí-lo com predicados
poderia traduzí-lo em cifras
criar teu dicionário em libras
poderia deixar os versos de lado
as rimas adormecidas
a poesia sem vida
poderia ao seu lado
ser possibilidades infinitas
segunda-feira, 18 de junho de 2012
sábado, 9 de junho de 2012
O Mundo pelo seu Olhar
olhar nos seus olhos
é perder-me
em um mar castanho
seus olhos
são vidros
a reluzir
o seu mundo
nos meus
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Homem Fora de Série
meu amor é um homem que não sabia que existia
tampouco que me habitaria
meu amor é um homem que não possui cavalo branco
não veste armadura de ferro, não duela versos
meu amor é um homem fora de moda
fora do sério, fora de série
e dentro de mim
meu amor é um bem durável
vem com sentimento reciclável
argumento palpável de me fazer dizer sim
meu amor é boca quente, olhar serpente
céu sem fim
meu amor é todo meu
e o que é meu
não é de mais ninguém
além de mim
tampouco que me habitaria
meu amor é um homem que não possui cavalo branco
não veste armadura de ferro, não duela versos
meu amor é um homem fora de moda
fora do sério, fora de série
e dentro de mim
meu amor é um bem durável
vem com sentimento reciclável
argumento palpável de me fazer dizer sim
meu amor é boca quente, olhar serpente
céu sem fim
meu amor é todo meu
e o que é meu
não é de mais ninguém
além de mim
domingo, 3 de junho de 2012
quarta-feira, 30 de maio de 2012
SAUDADE
se eu disser
toda vez
que sentir
acabarei
com os minutos
do mundo
vontade
de te ver
é uma
constante
em mim
Versões do (im)Possível
o impossível existiu
de mãos dadas
com meu ser
te encontrei:
o possível
passou a
me pertencer
________________
o impossível
existiu
até
esbarrar você
te toquei:
o possível
passou a
me pertencer
sexta-feira, 25 de maio de 2012
caminho na direção que seus pés não alcançam
entre mentiras e verdades penetro meu corpo
com sensatez, honestidade
essa luta que faz
fazermos amor profundo de indiferença
é luta passageira
a dignidade oculta
em meu seio
segrega o desejo
quer a liberdade vindoura
meus olhos projetam o velho amor
minhas mãos tateiam o vazio que se abre
o abraço que não estala
os olhos que se desviam
ao fim não haverá lamento, solidão
fins são providos de sabedoria
mudança, reflexão
estendo minha mão em direção ao horizonte
todas as expectativas virão de lá
entre mentiras e verdades penetro meu corpo
com sensatez, honestidade
essa luta que faz
fazermos amor profundo de indiferença
é luta passageira
a dignidade oculta
em meu seio
segrega o desejo
quer a liberdade vindoura
meus olhos projetam o velho amor
minhas mãos tateiam o vazio que se abre
o abraço que não estala
os olhos que se desviam
ao fim não haverá lamento, solidão
fins são providos de sabedoria
mudança, reflexão
estendo minha mão em direção ao horizonte
todas as expectativas virão de lá
sábado, 12 de maio de 2012
" M ã e "
carrega em tua essência
o poderoso néctar
criador de vida
possui em teu peito
a morada da paz
é dona de abrigos sem riscos
construídos no interior de teus sorrisos
arquitetados para tudo suportar
teu carinho é o silêncio das palavras
tua sabedoria faz pequeno o ato do
falar
do coração sai o poder da renovação
remédio secreto, sem bula
mas que tudo cura
com teu nobre gesto de sempre amar
não teme bicho papão
vence tudo sem usar a força
é brisa, é gota a gota
roseira que nunca morre
página colorida da vida
amor, sem justificativas
minha musa, eterna heroína
terça-feira, 8 de maio de 2012
CLASSIFICADOS
de um lado da escada
a menina aguarda
o rapaz desconhecido
de braços abertos
acena ao estranho
com um leve sorriso
mostrando o livre caminho
de seu peito vazio
do outro lado da escada
o rapaz atrapalhado avista uma moça risonha
ao olhar seu abraço vazio
entende o local do "aluga-se" do classificado
a mensagem está nos braços levantados
que gritam um recado:
terça-feira, 1 de maio de 2012
Radiografia
na sala do exame uma máquina milagrosa
dizia o doutor que saberíamos o que eu tinha
no revelar de fotografias enigmáticas
entrei na máquina fotográfica
retratos tiraram de dentro de mim
curiosa esperei os resultados
queria saber o que tinha guardado
momentos seguintes
radiografias encheram minhas mãos
naquelas figuras
tornei-me ossos, desenhos sincronizados
nada havia de belo ou encantado
naquele interior registrado
decepcionada com a máquina
entendi seu sábio recado
daquele raio x em diante
meu interior tornou-se
privado
sábado, 21 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
Caça ao Tesouro
os beijos que reserva
quero todos degustar
teus olhos
escondem segredos
que os meus
querem desvendar
quero todos degustar
teus olhos
escondem segredos
que os meus
querem desvendar
Transição de sentimentos
o que era curtição
hoje veio assustar
de ti quero beijos
meu universo
passou a te procurar
hoje veio assustar
de ti quero beijos
meu universo
passou a te procurar
domingo, 8 de abril de 2012
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Sinta-se
desnuda teus anseios retirando de ti
qualquer veste mascarada
que preencha tua mente
inibindo-te
permita tocar-se com mãos
descobertas de luxúria
hipocrisia imunda
que viera a pertencer
em tempos de perdição
roubando-te a pureza
guardada precariamente
no escuro bruto
do silêncio dos sentidos
que nús
revelam-se
aos ouvidos
qualquer veste mascarada
que preencha tua mente
inibindo-te
permita tocar-se com mãos
descobertas de luxúria
hipocrisia imunda
que viera a pertencer
em tempos de perdição
roubando-te a pureza
guardada precariamente
no escuro bruto
do silêncio dos sentidos
que nús
revelam-se
aos ouvidos
quarta-feira, 28 de março de 2012
Pausa
na correria
passo
meu dia
paro
sento
corro o mouse
na tela do
computador
leio seu nome
nos lábios
um sorriso
me denuncia
passo
meu dia
paro
sento
corro o mouse
na tela do
computador
leio seu nome
nos lábios
um sorriso
me denuncia
segunda-feira, 26 de março de 2012
Disfarce
quando você passa
finjo cara de mau
disfarçando
a doçura que
transborda
do olhar
que ao te ver
vira mel
finjo cara de mau
disfarçando
a doçura que
transborda
do olhar
que ao te ver
vira mel
sábado, 24 de março de 2012
Equilíbrio
sentada na varanda
admirava o além
os olhos mostravam
imagens sonhadas
em outras datas
a brisa lentamente
trazia o prazer
de sua corrente
onde os pés
firmes no chão
flutuavam
em sua frente
não havia problemas
não havia não
na conexão do
coração e a mente
as boas escolhas
vertiam tranquilamente
na altitude da razão
admirava o além
os olhos mostravam
imagens sonhadas
em outras datas
a brisa lentamente
trazia o prazer
de sua corrente
onde os pés
firmes no chão
flutuavam
em sua frente
não havia problemas
não havia não
na conexão do
coração e a mente
as boas escolhas
vertiam tranquilamente
na altitude da razão
Degustação Humana
queria te provar
lamber suas maçãs
vermelhinhas
minha língua
muito tímida
te degusta
em poesia
lamber suas maçãs
vermelhinhas
minha língua
muito tímida
te degusta
em poesia
Embriaguez Poética
embriagada solto as armas
adquiridas no decorrer
dos conflitos vividos
a face alivia as linhas
das multi expressões
refletidas e cometidas
as mãos sem propósito
desenham no vento
forma nenhuma
torneiam com os dedos
o que manda o pensamento
embriagada de poesia
não existem tormentos
tudo é alento
carinho, fantasia
o corpo sem movimento
dança mil melodias
as letras que brilham
são almas coloridas
adquiridas no decorrer
dos conflitos vividos
a face alivia as linhas
das multi expressões
refletidas e cometidas
as mãos sem propósito
desenham no vento
forma nenhuma
torneiam com os dedos
o que manda o pensamento
embriagada de poesia
não existem tormentos
tudo é alento
carinho, fantasia
o corpo sem movimento
dança mil melodias
as letras que brilham
são almas coloridas
quarta-feira, 21 de março de 2012
Amostragem
pego uma amostragem
faço o teste
da probabilidade
preciso ter certeza
comprovação
de verdade
as exatas confortam
com a precisão
o que o ser não
comporta
é a surpresa
da revelação
nas entrelinhas
o resultado da
pesquisa avisa:
neste frasco frágil
vive um delicado
coração
seu alimento é fácil,
- mas atenção!
precisa de constantes
pesquisas
e doses diárias
de dedicação
faço o teste
da probabilidade
preciso ter certeza
comprovação
de verdade
as exatas confortam
com a precisão
o que o ser não
comporta
é a surpresa
da revelação
nas entrelinhas
o resultado da
pesquisa avisa:
neste frasco frágil
vive um delicado
coração
seu alimento é fácil,
- mas atenção!
precisa de constantes
pesquisas
e doses diárias
de dedicação
Fada Noturna
encantada
viro fada
com varinha
e purpurina
atravesso a rodovia
faço turismo
lirismo
acrobacia
atendo pedidos
faço jus ao oficio
encantada e mágica
revelo os brilhos
de ser fada
desastrada
erro as travessuras
corto o amor
em fatias brutas
distribuo gula e fome
agrado ao homem
e ao lobisomem
na mesma dose
os enfeitiço
confusa surto
tiro a roupa
lavo o gliter
esfrego-me
com dedicação
alienada
escondo a varinha
no escuro, embaixo
do móvel pesado
e sujo
sem chance de tirá-la
para algum agrado
esqueço ela
e que sou fada
cubro-me de pudor
pulo dentro da utopia
ser humana
é minha melhor
fantasia.
viro fada
com varinha
e purpurina
atravesso a rodovia
faço turismo
lirismo
acrobacia
atendo pedidos
faço jus ao oficio
encantada e mágica
revelo os brilhos
de ser fada
desastrada
erro as travessuras
corto o amor
em fatias brutas
distribuo gula e fome
agrado ao homem
e ao lobisomem
na mesma dose
os enfeitiço
confusa surto
tiro a roupa
lavo o gliter
esfrego-me
com dedicação
alienada
escondo a varinha
no escuro, embaixo
do móvel pesado
e sujo
sem chance de tirá-la
para algum agrado
esqueço ela
e que sou fada
cubro-me de pudor
pulo dentro da utopia
ser humana
é minha melhor
fantasia.
Não quero nada
vem com ar de superioridade
contar vantagens
relatar as conquistas
que recentemente
concebeu
invande sem piedade
meu silêncio
minha tranquilidade
sem credibilidade
indefeso
apela pro contexto amizade
quer recuperar
de alguma forma
o que foi seu
olho-te com serenidade
repenso para não falar bobagem
lembro as sacanagens
e desvantagens
que comigo cometeu
viro-me em retirada
sem sentir-me enojada
constato agraciada
de ti não quero nada
essa porta está trancada
contar vantagens
relatar as conquistas
que recentemente
concebeu
invande sem piedade
meu silêncio
minha tranquilidade
sem credibilidade
indefeso
apela pro contexto amizade
quer recuperar
de alguma forma
o que foi seu
olho-te com serenidade
repenso para não falar bobagem
lembro as sacanagens
e desvantagens
que comigo cometeu
viro-me em retirada
sem sentir-me enojada
constato agraciada
de ti não quero nada
essa porta está trancada
domingo, 18 de março de 2012
Sangria
ao longe carregas contigo
um segredo meu
com o tempo flutua perverso
entre os versos maléficos
do avesso que sou eu
nas mãos a sangria cura
a alma remendada
de retalhos mal costurados
receita da teimosia
que a medicina impura
prescreveu como magia
ao longe contempla
o que não é teu
desconhece a nascente vertente
do amor que não recebeu
por ter escolhido
ser de mim
ateu
um segredo meu
com o tempo flutua perverso
entre os versos maléficos
do avesso que sou eu
nas mãos a sangria cura
a alma remendada
de retalhos mal costurados
receita da teimosia
que a medicina impura
prescreveu como magia
ao longe contempla
o que não é teu
desconhece a nascente vertente
do amor que não recebeu
por ter escolhido
ser de mim
ateu
sexta-feira, 16 de março de 2012
Enlace
enlaça com teus traços
os fios de aço
que torneiam o laço
do ato de ter no abraço
o prazer de reter
você
os fios de aço
que torneiam o laço
do ato de ter no abraço
o prazer de reter
você
segunda-feira, 12 de março de 2012
Disfarce Infantil
não sei falar desse amar
é silêncio solene
disfarce infantil
dois adolescentes
não sei falar sobre amar
perdi as palavras
quando o tempo flutuou
e te levou
seu amor calou
não me esperou
você se apressou
não sei falar do meu amor
não sei, tentei
o que é amor?
é silêncio solene
disfarce infantil
dois adolescentes
não sei falar sobre amar
perdi as palavras
quando o tempo flutuou
e te levou
seu amor calou
não me esperou
você se apressou
não sei falar do meu amor
não sei, tentei
o que é amor?
Quero
quero suas mãos em mim
quero sua boca na minha
quero seu olhar em desafio
quero o arrepio do frio
quero o teu calar no meu falar
quero o suspirar sem explicar
quero
e não
basta
domingo, 11 de março de 2012
Amor a Distância
na cintura envolve-me
com tuas suaves mãos virtuais
dilacerando meu vestido comprido
trazendo ao encontro
o prestígio de estar contigo
a distância é ocasião ignorada
sentir o toque transcende
a presença não velada
estás aqui tão ausente
quanto a foto enviada
querer-te ao meu tato
traz valor aos sonhos
tecidos no imaginário
somos um do outro
o amor idealizado
mesmo estando hoje
cada um
de um lado
com tuas suaves mãos virtuais
dilacerando meu vestido comprido
trazendo ao encontro
o prestígio de estar contigo
a distância é ocasião ignorada
sentir o toque transcende
a presença não velada
estás aqui tão ausente
quanto a foto enviada
querer-te ao meu tato
traz valor aos sonhos
tecidos no imaginário
somos um do outro
o amor idealizado
mesmo estando hoje
cada um
de um lado
quarta-feira, 7 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Delírios dos Contentes
diante
a alegria
de estar
contente
cerra os lábios
esconde os dentes
a inveja
passa longe
de sorriso inexistente
dentro da boca
estala um brinde
é a língua comemorando
o escuro do ambiente
a alegria
de estar
contente
cerra os lábios
esconde os dentes
a inveja
passa longe
de sorriso inexistente
dentro da boca
estala um brinde
é a língua comemorando
o escuro do ambiente
De Quinta Categoria
finges tanto
que confunde
realidade com
encenação
tolice machista
dramaturgia não
é brinquedo de
orgulho ferido
baboseiras de dramalhão
teus impulsos ciganos
fazem acampamentos
dentro de ti e nem sentes
mexem com o que
planejou executar
com perfeição
nessa sua peça de teatro
com platéia desacordada
cego nem percebes
que faz gestos amáveis
lança flores vermelhas
nas horas mais prováveis
escorrendo fluídos
frutos da paixão que te arde
mesmo sem ter vencido
o desastre da tua falta
de percepção
em pleno ofício
no papel de impenetrável
te entregas
com desastrados deslizes afáveis
sem palmas e sem bis
interpreta o pior dos papéis
- ator de quinta categoria
Máscara
sua tristeza é tão mediocre
infundada de competências
ausente de compaixão
lamentas tua vida
como se fosse exclusiva
sentir solidão
culpa as más decisões
avalia os outros com
exatidão e certezas de
suas contribuições derrotistas
culpados pela incompetência
que se tornou tua vida
meros seres podres
incapazes de produzir
felicidade
destruidores de lares
e felicidades perpétuas
no cair da noite
a sombra faz contraste
tua máscara revela
o espelho do teu coração
mentiroso e sem perdão
vês com olhos incrédulos
quem és sem justificativas
sem desculpas covardes
nega ao encarar sua imagem
a ilusão da máscara que invade
devido o absurdo de sua enganação
não existe
roupagem
máscara
maquiagem
desfarce
trairagem
sabotagem
macumba
és aquilo que reflete
na insignificância
do reflexo que devolve
à carne sua existência
quando toca em seu
rosto com as duas mãos
a realidade assusta
devasta com dentes e unhas compridas
sua proteção de alienação
não és ignorante de ti
pois se quer se ver em um espelho
é porquê te dás valor
na cegueira do ser
diante da face escondida
na luz que penetra e revela as
feridas provocadas por ti mesmo
lava em ti tuas próprias mãos
infundada de competências
ausente de compaixão
lamentas tua vida
como se fosse exclusiva
sentir solidão
culpa as más decisões
avalia os outros com
exatidão e certezas de
suas contribuições derrotistas
culpados pela incompetência
que se tornou tua vida
meros seres podres
incapazes de produzir
felicidade
destruidores de lares
e felicidades perpétuas
no cair da noite
a sombra faz contraste
tua máscara revela
o espelho do teu coração
mentiroso e sem perdão
vês com olhos incrédulos
quem és sem justificativas
sem desculpas covardes
nega ao encarar sua imagem
a ilusão da máscara que invade
devido o absurdo de sua enganação
não existe
roupagem
máscara
maquiagem
desfarce
trairagem
sabotagem
macumba
és aquilo que reflete
na insignificância
do reflexo que devolve
à carne sua existência
quando toca em seu
rosto com as duas mãos
a realidade assusta
devasta com dentes e unhas compridas
sua proteção de alienação
não és ignorante de ti
pois se quer se ver em um espelho
é porquê te dás valor
na cegueira do ser
diante da face escondida
na luz que penetra e revela as
feridas provocadas por ti mesmo
lava em ti tuas próprias mãos
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Ciência
uma ideia
. diversão.
em nome da
ciência
entreguei-me
em suas mãos
como mero
experimento de
manipulação
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Jogo dos Sentidos
respiro fundo
um
novo
gosto
chega
em
meus
ouvidos
dentro da boca
explode invasão
musical
o cheiro
de vida nova
entorpece
meus olhos
toco-me
como
se fosse
a primeira
vez
um
novo
gosto
chega
em
meus
ouvidos
dentro da boca
explode invasão
musical
o cheiro
de vida nova
entorpece
meus olhos
toco-me
como
se fosse
a primeira
vez
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Chegará o dia
chegará o dia
em que voltará
como sempre fez
na ponta dos pés
sem produzir ruído
algum
encontrará meu telefone
na sua lista de contatos
buscará meu nome
no computador
cruzará próximo
ao meu endereço
como sempre fez
você lembrará de mim
sentirá vontade de me ver
desejará o gosto do meu corpo
como o velho amigo
como o único amor
como o dono de todas as chaves
como o executor da minha solidão
chegará o dia
que eu vencerei o sim
que o amor por mim
gritará como se fosse sua morte
que todo meu corpo
suplicará piedade
que minhas entranhas amarrarão
meu inverso
que o coração sairá de cena
e se esconderá em um local
de inverno
chegará esse dia
em que não mais
estarei aqui pra ti
che
ga
rá
em que voltará
como sempre fez
na ponta dos pés
sem produzir ruído
algum
encontrará meu telefone
na sua lista de contatos
buscará meu nome
no computador
cruzará próximo
ao meu endereço
como sempre fez
você lembrará de mim
sentirá vontade de me ver
desejará o gosto do meu corpo
como o velho amigo
como o único amor
como o dono de todas as chaves
como o executor da minha solidão
chegará o dia
que eu vencerei o sim
que o amor por mim
gritará como se fosse sua morte
que todo meu corpo
suplicará piedade
que minhas entranhas amarrarão
meu inverso
que o coração sairá de cena
e se esconderá em um local
de inverno
chegará esse dia
em que não mais
estarei aqui pra ti
che
ga
rá
Verbo In Verso
conjugando verbos
conjuguei a vida
feito os versos
os leio sem tempo certo
apenas os leio
e os julgo
conjuguei a vida
feito os versos
os leio sem tempo certo
apenas os leio
e os julgo
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
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