quem se acha
dono da verdade
tem um fim trágico
ficar sozinho
acompanhado
da sua verdade
sábado, 30 de agosto de 2014
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
34 minutos
Tenho exatos 34 minutos e não sei o quanto perdi de tempo
nas últimas quase 12 horas.
Parada a esmo, olhando para pessoas estranhas, alegres,
ocupadas, divertidas, ainda assim estranhas.
Estou dividindo o dia com elas e agora ainda tenho 34 minutos
antes de nos despedirmos e irmos para nossas vidas escondidas.
Mas tudo que tenho são 34 minutos, e nem os tenho mais, pois
agora passaram-se 4 deles, e restam-me 30, quase 29, mas tenho 30 minutos.
Então escrevo, pois nada melhor sei fazer. Já fiz faculdade,
fiz pós-graduação, passei maus bocados e outros momentos de muita comemoração.
Mas quando olho para o relógio, aflita, na espera de ter um fim meu dia, penso
que nada disso vale agora, quando estou aqui ociosa, sem fazer nada, sem ser
nada, não nada para os outros, mas nada para mim.
Nos dias de hoje, tanto blá blá bla, perder 34 minutos
parece um crime.
Há tanto a ser feito, a tanto a ser engolido, devorado,
aprendido, resolvido. Mas nos intervalos das correrias da vida, das quebras de
rotinas, das mudanças repentinas, vez que outra me deparo com dias como hoje,
cheios de minutos soltos em meio a minha vida cheia e vazia.
Tenho agora 25 minutos... se estivesse na frente de um
livro, seriam pouco mais de 3 páginas deliciosamente lidas. Se estivesse na
frente de um filme, não teria sentido a história ainda. Se estivesse dentro do
ônibus indo pra casa, seriam minutos de sonorização musical em meio ao caminho
apreciado. Se estivesse na cama, seriam quase nada de minutos dormidos.
E hoje somo esses minutos com vários outros que virão, quero
aprender com eles o desprazer de não o tê-los vividos esperando pela passagem
das horas.
Reclamamos tanto de não ter tempo e eu, uma pessoa
moderadamente ansiosa, agitada, planejada e (des) motivada, com tanto a fazer e
a aprender, jogo na lixeira do tempo meus preciosos minutos de vida.
Faço deste tempo essa reflexão:
Temos tempo sim, temos tempo até para viver em vão, cabe a
cada um inverter os olhos e mexer nos ponteiros dos relógios que só vemos
quando o vazio invade a chama do coração.
domingo, 17 de agosto de 2014
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
A gente só tem uma chance de causar uma boa impressão?
Comecei escrevendo essa frase como uma afirmação devido uma
experiência recente e ruim que tive, logo depois de lê-la algumas vezes
para seguir meu pensamento sobre isso vi que para mim ela era uma
pergunta e jamais uma afirmação.
Então resolvi falar o que penso sobre isso, já que fico questionando se realmente só temos uma chance de causar a real, a mais sincera e verdadeira impressão da essência da nossa individualidade, de "cara", tipo um carimbo.
__Pá! Carimbei! É isso que sou! Fim.__
E com propriedade digo meus caros: A primeira impressão não necessariamente será a que marcará e será referência do caráter ou da personalidade de uma pessoa.
E confesso que seria até assustador conhecer alguém que consiga transparecer e passar tantas características e sutilezas individuais em um primeiro momento.
Eu sou exemplo disso. Tenho sérias dificuldades de demonstrar meus interesses, pensamentos e sonhos para pessoas que mal conheço. Então com o tempo desenvolvi uma placa protetora de identidade e visto ela todos os dias, assim como escovo os dentes e faço poesia.
E assim vivemos nossas vidas:
- dizendo que somos vegetarianos, amando picanha
- dizendo que somos ecléticos, odiando aquela música chata
- dizendo que gostamos de fazer festas, querendo ficar em casa na frente da tv
- dizendo que gostamos da vida de casados, sentindo aquela saudade de não ter alguém "vigiando teus passos"
- dizendo que filhos são tudo, mas queremos passar o dia curtindo o que der na telha, sem cuidar de ninguém
- dizendo que somos independentes e auto suficientes e morrendo quando recebemos um carinho e um colo, pensando "como posso viver sem isso?"
E assim vivemos nossas vidas:
- olhando pra menina de saia curta e dizendo que ela é puta
- olhando pra menina de saia longa e dizendo que ela é santa
- olhando pra menina que é casada e tem filhos e dizendo que aquilo que é mãe de família
- olhando pra menina que é solteira e mora sozinha, dizendo que aquilo que é mulher pra uma noite divertida
- olhando pra menina de salto alto e boca sempre pintada e dizendo que é romântica
- olhando pra menina tatuada e dizendo que aquilo é rebeldia, falta de cristianismo, desrespeito social
Não posso reclamar quanto aos meus amigos, pois vivo num meio cultural que prevalece o carinho, a liberdade de expressão e o amor pela humanidade extinta de cada um.
Mas vez que outra esbarro com "pré-conceitos" comigo e com o outro, daí vejo pessoas criando personagens, falando frases prontas de impacto e que são clichês e ridículas pra caralho.
Pessoas se descartando ou super valorizando a si mesmas... e penso:
__Ah! Devo estar tendo uma má impressão. Silencio-me e ouço um bom som.
Então resolvi falar o que penso sobre isso, já que fico questionando se realmente só temos uma chance de causar a real, a mais sincera e verdadeira impressão da essência da nossa individualidade, de "cara", tipo um carimbo.
__Pá! Carimbei! É isso que sou! Fim.__
E com propriedade digo meus caros: A primeira impressão não necessariamente será a que marcará e será referência do caráter ou da personalidade de uma pessoa.
E confesso que seria até assustador conhecer alguém que consiga transparecer e passar tantas características e sutilezas individuais em um primeiro momento.
Eu sou exemplo disso. Tenho sérias dificuldades de demonstrar meus interesses, pensamentos e sonhos para pessoas que mal conheço. Então com o tempo desenvolvi uma placa protetora de identidade e visto ela todos os dias, assim como escovo os dentes e faço poesia.
E assim vivemos nossas vidas:
- dizendo que somos vegetarianos, amando picanha
- dizendo que somos ecléticos, odiando aquela música chata
- dizendo que gostamos de fazer festas, querendo ficar em casa na frente da tv
- dizendo que gostamos da vida de casados, sentindo aquela saudade de não ter alguém "vigiando teus passos"
- dizendo que filhos são tudo, mas queremos passar o dia curtindo o que der na telha, sem cuidar de ninguém
- dizendo que somos independentes e auto suficientes e morrendo quando recebemos um carinho e um colo, pensando "como posso viver sem isso?"
E assim vivemos nossas vidas:
- olhando pra menina de saia curta e dizendo que ela é puta
- olhando pra menina de saia longa e dizendo que ela é santa
- olhando pra menina que é casada e tem filhos e dizendo que aquilo que é mãe de família
- olhando pra menina que é solteira e mora sozinha, dizendo que aquilo que é mulher pra uma noite divertida
- olhando pra menina de salto alto e boca sempre pintada e dizendo que é romântica
- olhando pra menina tatuada e dizendo que aquilo é rebeldia, falta de cristianismo, desrespeito social
Não posso reclamar quanto aos meus amigos, pois vivo num meio cultural que prevalece o carinho, a liberdade de expressão e o amor pela humanidade extinta de cada um.
Mas vez que outra esbarro com "pré-conceitos" comigo e com o outro, daí vejo pessoas criando personagens, falando frases prontas de impacto e que são clichês e ridículas pra caralho.
Pessoas se descartando ou super valorizando a si mesmas... e penso:
__Ah! Devo estar tendo uma má impressão. Silencio-me e ouço um bom som.
domingo, 3 de agosto de 2014
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