quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Madrugada

Para variar é madrugada e eu estou com
um papel e caneta na mão

mais uma vez.

Escolhi a cor vermelha de uma caneta,
pois me sinto em sangue.

Esse sangue me lembra o amor.

Como li em um livro de Rubem Alves,
sinto que meu corpo padece desta doença,
chamada amor.

Seu limite não é a pele.
Ele contém o universo inteiro!

"Comeria toda a terra. Beberia todo o mar"

Amaria só você

Dúvida

As vezes parece que não conseguimos acertar
o nosso tempo,

ou será que fui eu quem mexi no meu relógio?

Tempo

Calei-me no tempo

não ouço mais nada,
nem vento, nem sopro, nem nada

Calei-me no tempo

o telefone não toca e tão pouco eu o aguardo

Tem coisas que são previsíveis e esperadas
uma delas é a repetição dos mesmos erros

Se sabes que o que faz não te fará bem
para que o fazer?

O tempo é fantástico!

sabia?

O tempo leva cada farelo de coisa e espalha de um jeito
que nem se consegue juntar, e daí... FOI

Sem encontros, sem olhares, sem palavras
sem perfume, sem sorrisos, sem fumaças, sem músicas,
sem comidas, sem cheiros, sem favores

Tudo vai com o tempo
E com o tempo se perde
E com o tempo se esquece


Quando for chegar o dia que tudo se encontra
quem sabe não tem nada pra encontrar

Talvez um olá... um olhar... um segredo

E só.

Fim

perdi meu coração
quem vos escreve
é um corpo sem alma

quando dele saíram as palavras de Adeus
alí ficou
meu coração
então o perdi
mais uma vez

como estará agora
tão distante
ausente do peito

será que estás melhor
será que ainda bate

será que vai viver
sem mim

meu coração
é imenso
parece caber o mundo
abriguei no calor do meu corpo
ofereci tudo que possuia
agora longe
sei que está sem mim
e estou sem ele

agora choro sobre este espaço vazio
lamento porque talvez não o entendia
pouco fazia para deixá-lo aquecido, confortável
bem sei que quase o esquecia
não o alimentava
deixava-o no seu lugar
sem muito fazer

enfim
acho que não perdi meu coração
ele quem decidiu abandonar-me
cansou do lugar desconfortável
resolveu se libertar

se eu tive um coração
agora não o tenho mais
tenho comigo
o gelo das noites
um inverno sem fim
um corpo sem alma

Meus Tantos, Seus Nadas

São tantos planos, tantos sonhos
tantos desejos, tantas vontades
tantas coisas, tantas... tantas...

E eu aqui,
No meio do tanto
Perdida no nada

05/08/2008