restam-me agora todos os dias
encobertos pelo crepúsculo
protegidos pelas noites escuras
resta-me agora toda a vida pela frente
regrada de boa saúde mental
desconhecida de suas novidades banais
restam-me agora todas as viagens que eu queira realizar
sejam elas para países diferentes do oriente
sejam elas pro interior fascinante que é a mente
resta-me agora toda a inveja por mim ignorada
das pessoas mal amadas por si mesmas
e também daquelas solitárias que observam-me anônimas
resta-me agora o prazer dos verões quentes
das primaveras que serão florescentes
e dos invernos frios que unem as amizades
restam-me agora os amigos que ficarão após o furacão
aqueles pelo qual o meu mau humor, mau hálito e fracasso
seguirão ainda comigo mais apaixonados e loucos
sem sequer piscarem ou pensarem em desistir
resta-me agora um futuro inteiro de amor ainda não descoberto
aguardando em silêncio e mistérios
a bendita hora de se perder por mim
É o que me resta!
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