sua tristeza é tão mediocre
infundada de competências
ausente de compaixão
lamentas tua vida
como se fosse exclusiva
sentir solidão
culpa as más decisões
avalia os outros com
exatidão e certezas de
suas contribuições derrotistas
culpados pela incompetência
que se tornou tua vida
meros seres podres
incapazes de produzir
felicidade
destruidores de lares
e felicidades perpétuas
no cair da noite
a sombra faz contraste
tua máscara revela
o espelho do teu coração
mentiroso e sem perdão
vês com olhos incrédulos
quem és sem justificativas
sem desculpas covardes
nega ao encarar sua imagem
a ilusão da máscara que invade
devido o absurdo de sua enganação
não existe
roupagem
máscara
maquiagem
desfarce
trairagem
sabotagem
macumba
és aquilo que reflete
na insignificância
do reflexo que devolve
à carne sua existência
quando toca em seu
rosto com as duas mãos
a realidade assusta
devasta com dentes e unhas compridas
sua proteção de alienação
não és ignorante de ti
pois se quer se ver em um espelho
é porquê te dás valor
na cegueira do ser
diante da face escondida
na luz que penetra e revela as
feridas provocadas por ti mesmo
lava em ti tuas próprias mãos
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