sexta-feira, 2 de março de 2012

Máscara

sua tristeza é tão mediocre
infundada de competências
ausente de compaixão

lamentas tua vida
como se fosse exclusiva
sentir solidão

culpa as más decisões
avalia os outros com
exatidão e certezas de
suas contribuições derrotistas
culpados pela incompetência
que se tornou tua vida

meros seres podres
incapazes de produzir
felicidade
destruidores de lares
e felicidades perpétuas

no cair da noite
a sombra faz contraste
tua máscara revela
o espelho do teu coração
mentiroso e sem perdão

vês com olhos incrédulos
quem és sem justificativas
sem desculpas covardes

nega ao encarar sua imagem
a ilusão da máscara que invade
devido o absurdo de sua enganação

não existe
roupagem
máscara
maquiagem
desfarce
trairagem
sabotagem
macumba

és aquilo que reflete
na insignificância
do reflexo que devolve
à carne sua existência
quando toca em seu
rosto com as duas mãos

a realidade assusta
devasta com dentes e unhas compridas
sua proteção de alienação

não és ignorante de ti
pois se quer se ver em um espelho
é porquê te dás valor

na cegueira do ser
diante da face escondida
na luz que penetra e revela as
feridas provocadas por ti mesmo
lava em ti tuas próprias mãos

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