na sala do exame uma máquina milagrosa
dizia o doutor que saberíamos o que eu tinha
no revelar de fotografias enigmáticas
entrei na máquina fotográfica
retratos tiraram de dentro de mim
curiosa esperei os resultados
queria saber o que tinha guardado
momentos seguintes
radiografias encheram minhas mãos
naquelas figuras
tornei-me ossos, desenhos sincronizados
nada havia de belo ou encantado
naquele interior registrado
decepcionada com a máquina
entendi seu sábio recado
daquele raio x em diante
meu interior tornou-se
privado
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