segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Caixão Poético

aprendo

ora com erro
ora com acerto

quando resisto
aprendo

mas com dor

depois do entendimento
restos enchem minhas mãos

não sei onde colocar
não servem mais

experiência filtrada
sobram os dejetos

preciso exterminar

morto nas minhas mãos
aquilo não pode ficar

com certo apego
decido enterrar

em local belo
desfaço-me de coisas
que deixei passar

encontro o abrigo
cremando palavras

cada poesia um caixão

versos são cadáveres
enterrados com paixão

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