sentei-me ao lado de um ninho
observando a vida que escondia-a dentro
havia pequenos galhos amarrados
todos protegendo o centro
olhei entre os emaranhados que envolviam
lá naquele pequeno orifício escuro
e protegido da luz
guardava-se uma vida
voltei meus olhos ao horizonte
a poluição da cidade
a hipocrisia da humanidade
a agitação do mar
nada tinha conexão
voltei a olhar o ninho
encontrei-me com um frágil olhar
que brilhava em tom lacrimal
uma vida esperava o seu momento
de libertar-se de um ninho
mas antes mesmo que eu pudesse lhe ver
seus olhos me traíram
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